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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM SHOW DE HORRORES 

* Jamais o jogo entre Itabaiana e Náutico pela pré-Copa do Nordeste poderia ter sido realizado sem a devida preparação dos times, com uma pré-temporada nos padrões exigidos pelo futebol.

No primeiro tempo dois jogadores saíram do gramado com lesões.

Por outro lado assistimos um show de horrores, com os participantes agredindo a bola, e com nada parecido com uma partida de futebol.

Nem nas peladas das várzeas assistimos tanta falta de qualidade.

Não vamos exigir uma melhor formatação tática que seria impossível por conta do tempo de preparação, mas que pelo menos tivéssemos apenas um  jogador fazendo uma jogada positiva.

Foi um encontro de dois times desprovidos de tudo, e sem algo que pudesse nos mostrar que poderão melhorar no futuro.

O Náutico contratou vinte profissionais nessa temporada, mas pelo que assistimos na noite de ontem, mais vinte irão chegar para que o time não vire um saco de pancada nas competições.

O placar de 0x0 foi injusto para o Itabaiana, que foi o menos ruim entre os ruins.

O torcedor sergipano prevendo o nível do jogo não compareceu, e o estádio recebeu apenas 1.094 testemunhas.

Pelo que estamos prevendo a Copa do Nordeste será sem duvida a fotografia real da pobreza do futebol da Região, e os clubes baianos deverão entrar como favoritos absolutos.

O que fizeram com o nosso futebol?

NOTA 2- ABISMO FINANCEIRO 

* Não sabemos se o Sport receberá de forma integral o valor que foi publicado pela negociação de Diego Souza, ou se existem algumas fatias nesses R$ 10 milhões.

Vamos acreditar que tudo pertença ao clube da Ilha do Retiro, o que não é provável por conta do que chegou aos nossos ouvidos e que estamos pesquisando. 

A transação representou cerca de 2,5 milhões de euros, um pouco mais do que foi pago pela transferência do atacante Joelinton também do rubro-negro da Ilha do Retiro, para o Hamburgo da Alemanha, no total de R$ 2,2 milhões de euros, ou seja o fato não é coisa para um espanto tão generalizado.

A fragilização financeira do nosso futebol, fica caracterizada quando da sua comparação com o europeu que mostra a pobreza franciscana desse esporte no pais.

Os 2,5 milhões de euros pagos pelo São Paulo, é 68 vezes inferior ao que o Barcelona pagou por Phillipe Coutinho,  ou seja 160 milhões de euros, e 22 vezes à menos do que a proposta do Liverpool para o Leicester, para a negociação de Mahrez no total de 55 milhões de euros.

Por outro lado o Vasco da Gama irá receber R$ 15,5 milhões por conta do mecanismo de solidariedade da Fifa, para o clube formador considerado até os 23 anos do profissional.

Ou seja, os 2,8% de uma transferência, terá uma cobertura maior do que a da negociação que emocionou a todos.

O nosso futebol é pequeno em comparação com os maiores centros, e os números atestam de forma clara essa realidade.

O abismo financeiro é profundo, e nós somos apenas os tupiniquins do futebol.

NOTA 3- ATÉ TU FLAMENGO?

* O Flamengo foi o clube brasileiro que mostrou sinais de uma boa gestão nos últimos três anos, inclusive na consolidação financeira.

Apesar disso, de vez em quando aparecem noticias que mostram que nem tudo corre bem no Reino da Dinamarca.

A contratação de Marcelo Cirino no ano de 2014 foi realizada através da participação da empresa Doyen Sports que trata de agenciamento de jogadores.

Nesse acordo o grupo entrou com o atleta, e os gênios financeiros do futebol rubro-negro da Gávea fizeram uma previsão de que o jogador seria negociado para ressarcir o valor referente a 50% dos direitos do atleta.

Em caso contrário, e foi o que aconteceu, o clube teria que pagar US$ 3,5 milhões, com juros de 10% ao ano, ao final de dezembro de 2017.

Na realidade fizeram um negócio vendendo o ovo quando esse ainda estava dentro da galinha, e gorou.

O valor atingiu o montante de R$ 15 milhões, que deverão ser pagos.

Embora o clube tenha condições de quitar tal divida, está negociando com a Doyen, para paga-la de forma parcelada. 

Isso se chama em economia o fator custo-benefício negativo, desde que Cirino não foi o titular no período, e jogou poucas vezes.

Esse é um retrato colorido do que acontece no futebol brasileiro, com o agravante de um acontecimento vindo de um clube que se diz organizado. 

Até tu Flamengo?

Imagine o resto. 

NOTA 4- O LATERAL MENA ESCOLHEU O BAHIA

* O lateral esquerdo Mena que fez um 2017 razoável no Sport, foi devolvido ao Cruzeiro detentor dos seus direitos federativos, que rescindiu de forma amigável o seu contrato, deixando-o livre para a busca de um novo clube.  

A lógica seria que esse procurasse o time da Ilha do Retiro para continuar na temporada de 2018, mas o chileno optou pelo Bahia, que já deu um drible no time de Pernambuco ao contratar o meia-atacante Élber.

Mena estava emprestados ao Sport, e pelo que acompanhamos em sua trajetória foi o seu melhor momento no país.

O lateral tinha contrato com o Cruzeiro até dezembro, mas o clube contratou dois novos laterais e esse ficou sem espaço.

O atleta chegou ao time Celeste em 2015, e não se firmou, e foi emprestado ao São Paulo, onde teve momentos de altos e baixos, sendo encaminhado para o Sport.

Na verdade mais uma grande mancada da diretoria do rubro-negro da Ilha do Reito, que teve em suas mãos um passarinho útil para a campanha de 2018 e deixou-o voar para um clube rival.

Nem Freud poderá explicar.

NOTA 5- ACREDITE SE QUISER

* A seleta lista dos clubes brasileiros como campeões mundiais pode ganhar um integrante inusitado, o Bangu.

O time carioca pretende acionar a FIFA para o reconhecimento do Torneio de Nova York de 1960, que foi chamado na época de Liga Internacional de Futebol.

Se o pedido for aceito, o time da zona Oeste do Rio de Janeiro poderá se orgulhar de ser o primeiro campeão mundial da história do futebol mundial, embora o troféu tenha desaparecido, mas os documentos existem.

A ida ao torneio se deu por conta da desistência do Fluminense, que cedeu a sua vaga ao alvirrubro carioca.

Alguns clubes importantes participaram, como o Bayern de Munique, Sporting de Lisboa e o Estrela Vermelha da extinta Iugoslávia.

O torneio foi formado por dois grupos de seis times, e os vencedores de cada um iriam para a final.

O Bangu conquistou a vaga, com 4 vitórias e um empate, e fez a final contra o Kilmarnock, da Escócia, vencendo-o pelo placar de 2x0.

No time brasileiro um jovem de 18 anos foi a sua maior figura, e que depois tornou-se um dos grandes meias armadores do país, Ademir da Guia, além do quarto zagueiro Zózimo que foi bi-campeão mundial pela seleção brasileira em 1958/1952, e Ubirajara Motta, que depois foi goleiro com destaque no Botafogo e Flamengo.

Trata-se de um caso do acredite se quiser, e que na verdade pelos clubes disputantes foi realmente um torneio mundial.

NOTA 6- A AVACALHAÇÃO DA ÉTICA

* O futebol não tem o menor sentido de ética, que é uma palavra que soa de forma pornográfica nesse segmento.

O Clube de Regatas Flamengo no dia de ontem nos proporcionou dois fatos que merecem uma boa reflexão.

O primeiro foi o de ter confiado de forma inocente na palavra de um treinador que passou um mês sem confirmar a sua saída, paralisando toda a programação do clube.

Os cartolas rubro-negros acreditaram que Papai Noel existe, e por isso levaram um drible da vaca do seu então técnico.

Amadorismo puro.

O segundo foi o descaramento e a falta de ética do técnico Reinaldo Rueda, que utilizou o clube para barganhar os valores da proposta feita pela Federação Chilena para que assumisse a sua seleção.

Na verdade sem o menor pudor, sem a menor ética passou 30 dias cozinhando o urubu, e finalmente com a garantia de um excelente contrato chegou ao Rio de Janeiro para dizer aos cartolas do clube da Gávea que iria deixa-lo.

Tudo poderia ter sido feito se a ética fosse utilizada, e para tal bastaria uma comunicação falando a verdade de que não retornaria ao Brasil por ter recebido uma excelente proposta.

Rueda agiu como um moleque, sem a menor consideração a um clube que o recebeu muito bem e ganhou de troca uma atitude como essa.

Como não tinha plano B para resolver o problema criado pelo ex-técnico, e para não ficar sem lenço ou documento, o Flamengo que iria ter Paulo Cesar Carpegiani como gerente de futebol, trocou de posição e entregou-lhe o comando.

Trata-se de um profissional sério e ético, diferente desse colombiano que fez um grande papelão.

Uma vergonha. 

São coisas do futebol.

Comentários   

0 #1 Nota 2André Ângelo 09-01-2018 09:48
Já que o Sport vendeu (bem) Diego Souza para o São Paulo e está prestes a perder Rithelly por algum trocado que o Internacional oferecer, deverá utilizar o dinheiro dessas transações para repor o elenco com bons jogadores.
E uma grande opção para o time rubro-negro é a contratação de Ymmi Chará do Júnior Barranquila.
Esse jogador acabou com a defesa do Sport no primeiro jogo das quartas de final e fez dois bons jogos contra o Flamengo.
Ele se mostra um Rithelly mais ofensivo, pois tem boa dinâmica dentro de campo, sempre participando das jogadas ofensivas do time dele.
Além disso, também sabe fazer gols.
É um jogador em falta no mercado brasileiro.
Então o que Sport deve fazer é ser inteligente.
Deve pagar os salários atrasados e, com o que sobrar, oferecer na compra de Ymmi Chará (Júnior Barranquila), oferecendo ainda o passe de Lenis e/ou Henriquez como contrapeso, a fim de reduzir os custos da transferência.
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