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Escrito por José Joaquim

Os amigos que acompanham o nosso blog devem ter percebido a nossa insistência em postarmos os púbicos e as receitas dos filmes lançados a cada final de semana.

Na verdade trata-se de algo para alimentar um bom debate, desde que as salas dos cinemas estão lotadas e as arquibancadas dos estádios cada vez mais expostas as mariposas dos refletores.

Um único filme que estreou entre quinta-feira e domingo recebeu 1,6 milhões de espectadores, uma receita de R$ 30 milhões, enquanto o estadual paulista que é o que tem mais público entre os demais, em 63 jogos, somou apenas 471.515 pagantes, e uma receita bruta de R$ 19.304.319.

Qual a razão do futebol não ter evoluído dessa maneira, mesmo com as suas novas arenas?

Nesses últimos 10 anos, a indústria cinematográfica no Brasil dobrou o seu faturamento, assim como o seu público: o crescimento das salas de exibição (quase 200 por ano), o acolhimento pelos shoppings, e a entrada da classe C como consumidora dos filmes.

Segurança, conforto, estacionamento, lanchonetes de ótimo nível, motivaram tal evolução, quando então os exibidores entenderam que os cinemas que existiam nos bairros estavam ultrapassados, e investiram na modernidade com os novos centros comerciais.

Com relação ao nosso futebol, tínhamos um pensamento inicial que as novas arenas construídas para a Copa, seriam os cinemas desse esporte, e que obrigariam a realização das reformas necessárias nos outros estádios.

Esses novos equipamentos traziam consigo todos os ingredientes necessários para a evolução do esporte da chuteira no Brasil. Poucos tiveram um bom retorno, a sua maioria transformou-se em elefantes albinos.

Esperávamos que esses novos espaços esportivos, repetiriam os shoppings, ofertando os produtos necessários para os consumidores do futebol.

Nos equivocamos, principalmente por termos deixado de lado algo de suma importância, que distancia o cinema do futebol, que é o profissionalismo, quando os tratamentos são bem diferenciados.

De um lado executivos competentes e, do outro amadores, que não se importam com o que estão oferecendo aos seus consumidores, e tal fato redundou em uma involução do esporte no item público, maior do que pensávamos.

Nos cinemas não existem as famosas torcidas organizadas, trata-se de um espaço amplamente democrático, não existe torcida única, e junta consumidores de todas as bandeiras em suas salas.

Esses não tem a violência que serviu para afastar dos estádios uma boa parte da sociedade do bem. Não existem donos dos pedaços nos estacionamentos, riscando os carros caso não sejam pagos pelo lugar antecipadamente.

No caso do futebol acontece o inverso.

O esporte recebeu as novas arenas, mas esqueceu do tratamento que deveria ser dado aos seus consumidores, e por isso essas hoje estão com uma ociosidade geral de 80%.

O cinema é profissional em seu trato, enquanto o futebol é amador, e sem mudanças radicais nem as arenas terão a capacidade de trazer de volta um consumidor que deseja ser bem tratado, bem acolhido, fatos esses que os dirigentes não entendem.

Além de um futebol de nível duvidoso, temos uma péssima qualidade no atendimento, inclusive com horários desumanos dos jogos.

Enquanto isso, iremos continuar presenciando o elevado crescimento do cinema, e o retrocesso do futebol.

Nós bem que merecemos.

Comentários   

0 #2 Diferença básicaBeto Castro 22-02-2018 13:30
Resumindo a ópera bufa, o cinema na sua organização nacional não é subserviente ao Paraguai, Uruguai, Argentina, Bolívia, Peru, Chile, Equador, Colômbia e Venezuela. Também, não pratica o colonialismo interno impedindo o desenvolvimento de todas as regiões do país. A economia do cinema não é controlada por uma empresa monopolista da idade da pedra, nem é propriedade exclusiva dos turcos da 25 de março com a conivência de centuriões lagartixas vagabundos, cínicos, corruptos e ladrões venais. Agora, as mesmas gangues se aparelharam para levar a Nação toda ao caos social, econômico e à barbárie. Se não tomarem tendência, os brasileiros em breve se engalfinharão numa entifada fratricida permanente entre terroristas e nazistas antidemocráticos ao estilo do Califado do Vampirão Assado Neoliberalista. As tropas já estão nas ruas. Análises estatísticas superficiais não alertam para o perigo que corremos. Uma Nação não pode viver eternamente numa lavagem cerebral de mentirosos pinóquios sob pena de se extraviar numa maratona de corredores extraviados golpistas da exceção. Ontem assisti um jogo entre o clube que tem R$ 5 milhões de folha mensal com outro que gasta R$ 500 mil com muito sacrifício e escutei o demente que estava narrando se jactando que aquela era a Copa mais democrática do país. Um país de robôs e marionetes coloniais com microcefalia como o nosso não tem qualquer futuro em nenhum campo de atividade.
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0 #1 RE: O CINEMA E O FUTEBOLANTONIO CORREIA 22-02-2018 12:23
JJ: O cinema estava em extinção no Brasil por conta da ausência de boas salas. As melhores casas não tinham o conforto necessário, e faltava para essas o principal estacionamento. Com a profissionalização do setor, os shoppings foram as grandes soluções e o retorno é bem claro. O futebol brasileiro é dirigido por amadores e espertos, e estagnou por conta da falta de iniciativas. Muito feliz esse seu artigo.
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