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Escrito por José Joaquim

O que leva um cidadão a permanecer 25 anos à frente de uma entidade esportiva tão importante para o país, mesmo sem um trabalho que possa ser considerado como de utilidade para os nossos esportes?
Na última sexta-feira o cartola Carlos Arthur Nuzman garantiu o registro de sua chapa única para a disputa da presidência do Comitê Olímpico Brasileiro, com a assinatura de 30 seguidores, presidentes das Confederações representantes da indecência que reina nas atividades esportivas do Brasil.
Algo de bom tem que existir para tanto ¨sacrifício¨, que leva um cartola a continuidade do poder por tantos anos, com a colaboração de entidades cujos dirigentes também em sua maioria já são longevos no poder.
Os esportes brasileiros tem a cara do Brasil. Uma podridão geral em seus segmentos, e os resultados são latentes, inclusive nas últimas Olimpíadas quando gastou-se rios de dinheiro para a obtenção de duas medalhas a mais do que aconteceu em Londres, contando inclusive com esportes sem a tradição e sobretudo sem a penetração devida no meio esportivo.
Na realidade a ânsia do poder faz com que os dirigentes percam a vergonha. Transforma-se em meio de vida, quando a manipulação de milhões de reais são realizadas, com comprovações feitas pelos Mandrakes da vida.
O que podemos esperar dos esportes olímpicos brasileiros com esse modelo implantado. O COB é um guarda-chuva de alguns ungidos com altos salários, enquanto o principal que seria o legado não existe.
Os esportes no Brasil, são vitimas de estruturas pesadas e carcomidas, e nada se faz para a construção de um novo sistema. O esquema de manutenção do status quo está bem fincado, quando os clubes sustentam as Federações, que sustentam as Confederações, e finalmente essas seguram o COB e a continuidade de algo que cheira a um cadáver putrefato.
Entra ano e sai ano, e o modelo implantado, em que a velha prática do toma lá, dá cá continua como carro chefe. Não existe a credibilidade necessária ao setor, como também não existem pessoas para muda-lo. São coniventes com a anarquia, tanto o governo, com as entidades, a imprensa, e sobretudo a população que aplaude os corruptos e persegue os honestos.
As entidades que administram os esportes no Brasil, e que são responsáveis pelo COB, construíram uma estrutura de muitas toneladas, deixando os clubes, atletas e sobretudos os torcedores como figurantes no processo, quando não são consultados, e ao mesmo tempo não conseguem acabar com as amarras.
Na primeira eleição de Carlos Nuzman, a preocupação dos presidentes das Confederações estava relacionada a garantia de que o candidato não fosse repetir o seu antecessor que passou décadas no comando do COB, e na ocasião esse afirmou de que isso não iria acontecer. Mas a vida boa, o prestígio e sobretudo contratos feitos de formas não institucionais deram o mote para tanta continuidade.
Precisamos contratar uma empresa especialista em implosão, para que assim possa ser derrubada a pesada estrutura que foi implantada nos esportes brasileiros, e que leve consigo Carlos Nuzman e seus seguidores.
UMA INDECÊNCIA.

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