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Escrito por José Joaquim

No dia de ontem assistimos partes de alguns programas esportivos. Não conseguimos contempla-los na sua totalidade por conta do esvaziamento dos seus conteúdos. O mundo desse jornalismo é totalmente diferente de uma realidade em que vivemos.
O trabalho do jornalismo esportivo no Brasil faz parte da sua estrutura geral que está totalmente fissurada, e bem perto de romper. Não são discutidos os temas mais importantes, a razão de nossa decadência, pelo contrário o esporte na maioria dos casos é tratado de forma alienada e humorística.
O jornalismo perdeu a sua essência , quando a procura pela noticia foi deixada de lado, dando lugar a uma reprodução fixa de fontes, sem a busca pelo furo, que dá o lugar a audiência. O seu ponto principal é a apuração e isso não mais existe. O jornalista não sai mais da redação, e tem a internet como a sua maior fonte.
O futebol é um dos esportes brasileiros que vem definhando há muito tempo, e os seus segmentos deixam passar despercebido o fato. Um único jogo da seleção já transformou o treinador Tite como um novo Guardiola. Aqueles antes apaixonados por Scolari, já o adotaram. 
Nos apequenamos nos diversos setores relacionados aos esportes e em especial o futebol. Todos nós que o estudamos com afinco sabemos que os nossos problemas estão relacionados aos conceitos de gestão, que hoje na maioria das entidades estão ultrapassados. Ninguém observa, e preferem promover fatos isolados do que uma análise do contexto geral.
Não há, nem haverá melhora nesse esporte se não acontecer uma renovação em sua gestão. A modernização é necessária, para que possa atender a uma nova demanda totalmente insatisfeita na busca de novos produtos. Vivemos das glórias do passado e deixamos de lado o essencial que é o desejo do futuro.
O mais importante para os esportes em geral é o investimento nos recursos humanos, captando profissionais qualificados, para que as fissuras sejam costuradas, e novos caminhos pavimentados.
Uma entidade com boa gestão, com pessoas que pensem tem tudo para dar certo, em um país onde os esportes fazem parte de sua população. O jornalismo  serve como formador de opinião, alimenta o debate, mas infelizmente o está alimentando de forma equivocada, sem discutir que o nosso maior problema é na realidade a ausência de gestores competentes e sobretudo sérios.
Hoje Neymar dançando na concentração da seleção é noticia, enquanto os estádios estão vazios e o fato passa ao largo. Ou mudamos, ou iremos morrer de inanição. O futebol não pode fazer parte de programas humorísticos, e sim de debates sérios e produtivos.
É preciso renovar o modus operandi, inclusive no setor jornalístico. Humor é bom, mas em programas do gênero, não aqueles dedicados aos esportes.

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