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Escrito por José Joaquim

Os esportes brasileiros em quase totalidade, passam por uma fase de ostracismo e poucas expressões.

Um sério problema que o país vem enfrentando é o da ausência de referencia em cada área esportiva, que possa despertar o interesse de uma nova geração para a prática e acompanhamento do esporte.

O futebol está entre aqueles que mais sofreu com tal fato, desde que há anos não tem um ídolo maior, o seu ponto de apoio.

A referência é fundamental numa sociedade.

Essa começa na família, quando os filhos tem como exemplo os pais, passa para a escola, quando os professores são admirados, e nas atividades esportivas sempre busca o seu ídolo.

O futebol brasileiro teve grandes mitos, que motivaram a sua prática. Pelé, sem duvida, foi o maior, e serviu de mote para várias gerações.

Com a sua aposentadoria, o lugar ficou aberto até a chegada de Zico, depois Romário, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. Neymar poderia ter sido um bom substituto, mas deixou o pais antes de consolidar-se como tal.  

Hoje os ídolos dos jovens estão no exterior, inclusive no voleibol que foi o último esporte a perder as suas grandes referências e que são aplaudidos até hoje.

Os que acompanham diversos esportes, hoje tem Messi e Cristiano Ronaldo, como ídolos, no basquete depois da geração de Oscar, Marcel, Hortência e Paula, todos correram para Michael Jordan, Magic Johnson, Shaquille O'Neal, e hoje acompanham Lebron James, Dewyane Wade, Kevin Durant entre outros.

No atletismo o pais contou com Ademar Ferreira da Silva, João Carlos de Oliveira, Joaquim Cruz, e  mais recente, Maurren Maggi e Fabiana Murer, que não estão mais nas pistas. No tênis, Gustavo Kuerten mudou o nível desse esporte no Brasil, mas não conseguiu formatar seguidores da mesma qualidade técnica , e encontra-se na UTI.

Depois do futebol, quem mais sofreu com a perda de suas referências foi o basquetebol.

A modalidade foi disseminada nas escolas, que ajudou o crescimento, e todos tinham os seus ídolos, no feminino Hortência a Paula e, no masculino, Oscar e Marcel.

No momento não temos ninguém como expoente, e o esporte entrou em fase de decadência.

Pelé enchia todos os estádios em que jogava, era o craque de todo brasileiro, independente da camisa, e o mesmo se dava com os ídolos do basquete já referenciados, que lotavam os Ginásios, quando todos queriam vê-los de perto, e nós que acompanhamos esse segmento presenciávamos a empolgação dos jovens quando de suas presenças.

Na verdade não foi somente nos esportes que o Brasil perdeu um padrão de exemplo a ser seguido, e com mais força na politica, cujo espaço foi ocupado em boa parte por aproveitadores, que não fazem nada a não ser por seus interesses pessoais, ou então meterem as mãos nos cofres públicos.

É uma triste realidade de um país que passa um momento sem ter um  bom espelho para servir de miragem para uma nova geração, e o resultado é a soma de tudo isso que estamos assistindo.

Lamentável.

Comentários   

0 #2 RE: A AUSÊNCIA DE REFERÊNCIAANTONIO CORREIA 14-12-2017 14:31
JJ: O artigo refletiu uma realidade que existe e a sociedade fecha os olhos. Não é só nos esportes que a sociedade perdeu as suas referencias. Isso acontece em outros segmentos, e em especial na politica, quando os políticos estão envolvidos em falcatruas. Escolher quem para referencia?
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0 #1 Idolos em CascataBeto Castro 14-12-2017 10:24
Não só haviam os ídolos nacionais, mas os ídolos regionais, estaduais e municipais e até nos bairros, valorizados em menor escala, mas eram referências locais. Clubes regionais, estaduais e de cidades importantes também tinham os seus ídolos - Nacional, Rio Negro e Fast, Remo, Paysandu e Tuna, Sampaio, Moto e Mac, River, Flamengo e Tiradentes, Ceará, Fortaleza e Ferroviário, América, ABC e Alecrim, Botafogo, Auto Esporte, Treze, Campinense e até Nacional, Sport, Náutico e Santa Cruz e até Central e Ferroviário, e assim por diante. Até hoje, a 130 Km de distância, me lembro de um jogador chamado Baiaco do Ferroviário dos trens sucateados. Os três grandes do Recife enchiam ônibus, caminhões e caminhonetes de ídolos e compravam todos os outros dos Estados vizinhos. As usinas revelaram craques assombrosos do gabarito de Rinaldo Lambreta. Quando éramos garotos tínhamos os nossos ídolos até em clubes de várzea, nas peladas e nos nossos clubes amadores pequenos e médios. Cada um na sua escala de valor. Aqui em Jampa, eu e multidões de outras crianças tínhamos ídolos em clubes de bairros famosos como o Íbis da Torre, Estrela do Mar de Jaguaribe, Red Crossa da Vila dos Motoristas, União da Gráfica do Estado, Fiorentina dos Macacos, São Bento de Bayeux, Bonsucesso do Cordão Encarnado, Onze do Rogers, Vera Cruz de Mandacarú, e ia num crescente para os grandes das cidades. Destes pequenos clubes saíram ídolos regionais como Miruca, Coca-Cola, Morais, Prince, Bira, Zé Luis, Tarciso, Delgado, Val, Cláudio, Sílvio, Bola Sete, etc. que jogaram em grandes clubes nacionais e internacionais. São referências para os paraibanos até hoje. Assim era no vôlei, no basquete, no futsal, etc. Os turcos ladrões liderados pelo Rei que fura e seus comparsas, além dos recebedores de pixulecos do Fifagate e os intrujões dos centuriões lagartixas destruíram tudo e todos. Hoje os clubes regionais falidos e mal pagos em vez de revelar ídolos para o mundo, vivem de refugos dos traficantes de estropiados, lutadores de briga de rua e de trogloditas chifradores. Hoje os grandes clubes regionais e estaduais disputam vagas seletivas em torneios regionais ou nas série C e D e apenas passam alguns anos nas Série A e B. Pixu, Nabi Calabresa, Bode Rouco, Zé das Vacas, Zé das Placas da Villa, Zé das Medalhas e Zé das Cortesãs e os 80 ladrões comedores de bolas e da bancada da bola devastaram as queimadas fumegantes e desoladas. Nossas referências hoje são o turco satanás de asa e seus padilheiros, Cabralzinho rouba tudo, Popó da Helicoca, os carregadores e estocadores de malas em apartamentos, o vendedor de cemitérios, funerários e praças, o estuprador de trubufus do Bolso Farto, Maria Seringa da Cipó alucinógeno, Rogério 157, Teixeirinha Venenoso e outros ídolos estelionatários. Levaremos um século para restaurar a Nação arrombada. Cem por cento dos brasileiros das novas senzalas e idosos moradores de rua serão apenas caveiras de ossuários da Pátria Zumbi, na época da restauração. Tudo será vendido aos gringos na bacia das almas pelos coletores propinados neoliberais do demônio de miasmas nos cemitérios, inclusive os clubes sucateados, após as oferendas e sacrifícios de animais a São Ricardo da Destruição e São Lulya Temerário do Cemitério do Cairo. Tudo filmado pelos contrabandistas de camelos com comentários dos comediantes em pé da MentiraNews e futuros moradores de rua.
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