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Escrito por José Joaquim

O Brasil futebolístico está encantado com o trabalho do técnico Jorge Jesus à frente do Flamengo. As mídias esportivas o tratam como um salvador, que em seis meses alterou o panorama esportivo do país.

Óbvio que a sua presença sacudiu a poeira que estava encobrindo a realidade do futebol brasileiro que estagnou por conta do fim da ousadia da parte dos nossos treinadores.

Há mais de duas décadas pararam no tempo e no espaço quando deixarem de ousar na formação tática, dando a preferência ao pragmatismo, que hoje vem sendo adotado na grande maioria dos nossos clubes.

Jesus com uma varinha de condão mostrou que tudo poderia ser diferente. Antes já tínhamos o Jorge Sampaoli no Santos, outro estrangeiro.

O maior problema para tal estagnação está fixado numa norma fora de propósito, de que a defesa do emprego cria um mecanismo automático contrário a qualquer opção de mudança, e sobretudo, que possam correr os riscos com tal procedimento, além das criticas que certamente advirão.

Quem enfrenta desafios não tem medo de errar, pois faz parte do sistema, e nessa geração de técnicos ninguém pareceu disposto a correr qualquer risco. Fernando Diniz o fez e vive recebendo criticas dos jornalistas que entendem tanto de futebol, como nós da Física Quântica.

Jorge de Jesus deve ter lido algo sobre João Saldanha, Telê Santana, Claudio Coutinho e Cilinho já falecidos, e de Pep Guardiola que está na ativa, que sempre tiveram a coragem de se situarem à frente dos seus tempos, com procedimentos das mudanças no comportamento tático do futebol. Todos ousaram e se tornaram vitoriosos.

Telê Santana até hoje é uma referência no esporte brasileiro, João Saldanha, um revolucionário com as suas mudanças táticas, assim como Cláudio Coutinho, que para nós até hoje está em um patamar bem alto entre os técnicos de nosso futebol.

Cilinho conhecemos de perto. Era uma estrategista, que preparava as jogadas nos treinos, e durante os jogos essas se concretizavam. Os famosos "menudos" de 1987 no São Paulo até hoje são relembrados.

Pel Guardiola é o maior representante da ousadia atual. Baseado em Marcelo Bielsa, técnico argentino e seu mentor, mudou o formato do futebol quando dirigia o Barcelona, quando trocava de tática em pleno jogo, com alterações nas posições dos atletas, e incentivando a troca de passes.

No atual futebol brasileiro não existe ousadia. Quantas vezes assistimos a um time em campo com 11 jogadores contra 10, quando os torcedores ficam na espera de uma maior agressividade na formação tática, o treinador resolve se acautelar para garantir o resultado?

Por que um time sempre sofre um apagão quando está com a vantagem numérica de jogadores? A resposta é simples, os comandantes não sabem proceder com tal situação e se encolhem.

Fomos acostumados com um futebol ousado, que além da vitória se visava ao espetáculo, e quando uma equipe ficava com vantagem numérica, o treinador fazia a substituição certa para explorar as dificuldades dos adversários. Eram ousados e hoje são medrosos.

Atualmente temos mais volantes em campo do que atacantes, que é uma forma de proteção contra as derrotas, e sempre na espera de uma única bola.

Se discute muito os problemas do futebol brasileiro, mas os detalhes maiores são esquecidos, e um desses é o da morte da ousadia, que nos levam a jogos pobres e sem a menor emoção.

Os "Jorges" que estão no Brasil trouxeram de volta a ousadia, e com essa o retorno do bom futebol de antigamente, quando os clubes queriam as vitórias, mas sem relegarem a qualidade e a beleza do espetáculo.

São coisas do futebol.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA DÍVIDA COM O ATHLETICO-PR

* O jornalismo esportivo brasileiro tem uma visão totalmente focada no eixo Rio-São Paulo e esquece o que acontece em outros estados.

O maior exemplo que temos está relacionado ao Athletico-PR, cuja performance nessa temporada teria que ser exaltada por conta do futebol que o time apresentou, e sobretudo pelos números obtidos nas diversas competições.

Conquistou o título da Copa do Brasil, e no Brasileiro está na quinta posição com 63 pontos.

O Furacão tem algo que o diferencia nos gramados, não é um rico de fachada, mas tem uma gestão que se coloca ao lado do Flamengo como as duas melhores do país.

O time perdeu o seu técnico para o Corinthians, não contratou o substituto e continuou no mesmo caminho com vitórias.

O encontro da última quarta-feira contra o Santos, apresentou-se como um time humilde, aceitando que o time paulista poderia ser superior. No segundo tempo deu uma aula de futebol em um grande jogo, e terminou com o 1x0, completando 12 partidas sem derrotas na competição.

Enquanto isso as mídias de São Paulo festejaram a presença dos seus quatro maiores clubes na Copa Liberadores, e esqueceram as pontuações do São Paulo (60) e Corinthians (56), abaixo do Furacão paranaense. 

O Athletico-PR pelas suas condições financeiras, longe dos chamados maiorais, foi sem duvida a única esperança de que existe o futebol fora do eixo que o domina.

NOTA 2- PAGANDO PARA JOGAR

* Assistimos vários jogos da Championship, Segunda Divisão inglesa, com os estádios lotados. A sua média de público está bem acima da Série A Brasileira que melhorou nessa temporada.

No Brasil, 10 clubes que disputaram a Série B pagaram para jogar, acumulando prejuízos em seus jogos.

Até o campeão, Bragantino, fechou os movimentos financeiros como mandante, com um vermelho de R$ 354.889,34. O maior rombo foi do América-MG com -R$ 983.878,65. A Ponte Preta teve que cobrir as despesas no total de -R$ 347.613,32, e o São Bento com -R$ 382.304,89. 

Londrina (-R$ 91.792,28), Vila Nova (-R$ 95.665,23), Guarani (-R$ 111.450,29), seguidos pelo Oeste (-R$ 177.640,87), Operário-PR (-R$ 183.101,91), Botafogo-SP (R$ -185.202,31) e, Cuiabá (R$ 189.713,20), fecharam a lista dos clubes com prejuízos.

Por outro lado outros 10 participantes tiveram receitas liquidas positivas, com o Sport liderando-os com R$ 3.324.226,57, seguido pelo Coritiba que teve o maior público, mas com ingressos mais baixos, somando R$ 1.476.286,66.

Que futebol é esse quando se paga para jogar?

NOTA 3- O BOM SENSO DO SÃO PAULO

* A diretoria do São Paulo agiu de forma correta ao garantir em 2020 a presença do técnico Fernando Diniz à frente do elenco tricolor.

Na realidade esse profissional assumiu o comando da equipe do Morumbi para apagar as chamas que tomaram conta do time que culminou com a queda de Cuca, e com um único projeto de ficar com a vaga direta na Copa Libertadores.

Tal fato aconteceu com a vitória por 2x1 sobre o Internacional na última quarta-feira.

Diniz precisa de um tempo maior para mostrar o seu trabalho, e o terá agora no São Paulo, desde que não teve o tempo necessário para que implantasse o seu projeto no meio de uma competição.

Os seus números não são ruins, desde que em 16 jogos pelo tricolor teve sete vitórias, quatro empates e cinco derrotas.

Um aproveitamento de 52%.

O que mais pesou nessa decisão foi sem duvida o apoio público de vários atletas ao treinador após o jogo contra o Colorado. Os elogios sobraram nos canais das televisões.

Fernando Diniz é sem dúvida um dos melhores técnicos do Brasil, e necessita um pouco de paciência para que o seu trabalho possa ser destacado.

Quem saiu ganhando foi o futebol brasileiro.

NOTA 4- O SOBRENATURAL DE ALMEIDA

* Uma matéria do jornal O POVO do Ceará, de autoria de Gabriel Lopes, nos mostrou algo interessante sobre os destinos do Ceará e Fortaleza após o encontro entre ambos na 32ª rodada, com a vitória do tricolor.

Não vamos defini-la como algo definidor na situação de ambos, mas na verdade alguma coisa deve ter acontecido, desde que nessa rodada os dois clubes estavam empatados com 36 pontos cada um, porém com vantagem para o Vovô no saldo de gols.

Desde aquela partida, o alvinegro que foi derrotado não venceu mais, enquanto o tricolor está invicto.

O Ceará acumula seis partidas sem vitória, com quatro derrotas e dois empates, além de nove gols contra e três a favor. No mesmo período, o Fortaleza venceu quatro jogos e empatou dois, com dez gols a favor e quatro contra, a sua maior sequência invicta na competição.

Essa grande diferença no desempenho fez com que a distância entre os cearenses chegasse a 12 pontos na 37ª rodada. A situação dos clubes mudou bastante nesse período.

O Fortaleza garantiu a sua presença na Série A de 2020 e na Copa Sul Americana com os 50 pontos acumulados. Já o Ceará está em uma situação difícil, faltando uma rodada e com a obrigação de pelo menos empatar com o Botafogo, independente do resultado do jogo do Cruzeiro e Palmeiras. 

Será que o abalo se deu com a derrota no Clássico Rei?

Sem duvida houve alguma interferência do personagem de Nelson Rodrigues, o Sobrenatural de Almeida, uma entidade invisível que modificava bruscamente alguma situação durante uma partida de futebol. Vivia por exemplo, interferindo nos jogos do Botafogo.

São coisas do nosso Nelson Rodrigues.

NOTA 5- NEM UM MILAGRE IRÁ AJUDAR O CRUZEIRO

* O Cruzeiro está pagando pelos erros de uma gestão atabalhoada que o conduziu ao calvário.

Os Deuses do Futebol deram o recado na noite de ontem em mais uma derrota do time Celeste, quando esse passou a jogar com 10 jogadores graças a contusão de Robinho substituto de Ariel que tinha escapado de uma de uma expulsão graças a bondade do apito amigo.

Com onze já estava sob pressão, com 10, o Grêmio ficou solto no gramado e marcou os seus dois gols que mataram a equipe mineira. Para escapar da degola o Cruzeiro terá que vencer o Palmeiras na última rodada, e esperar que o Botafogo derrote o Ceará. Isso jamais irá acontecer.

Nos demais jogos da noite, o Bahia deixou o gramado da Fonte Nova debaixo das vaias dos seus torcedores, ao empatar com o Vasco em 1x1, após segurar uma vitória até os 38 minutos do segundo tempo. Um jogo horrível.

O Palmeiras jogando no Brinco de Ouro massacrou o Goiás por 5x1 e enfrentará o Cruzeiro no Mineirão para superar o Santos na segunda colocação.

O último jogo da noite foi mais um baile do Flamengo ao massacrar o Avaí com uma goleada de 6x1.

O rubro-negro chegou aos incríveis 90 pontos, e teve uma grandiosa despedida do Maracanã na atual temporada.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A IMBECILIDADE NO FUTEBOL BRASILEIRO

* A Era da Imbeciidade no Brasil tem no futebol o seu maior celeiro.

A cada dia uma novidade e um ato imbecil de quem o promove.

Não bastasse o racismo e a homofobia nos estádios, a violência propagada pelas torcidas organizadas dentro e fora dos locais dos jogos, uma série de ofensas vem agredindo esse esporte em todo o país.

Vários exemplos foram observados nos últimos dias, mostrando de forma clara que os imbecis a cada dia se "tornam mais imbecis".

Nunca na história de um Brasileiro na era dos pontos corridos teve um jogo com uma única torcida, que mostra a ineficiência de quem comanda esse esporte no país, e consequentemente uma vitória das organizações criminosas.

Faltou coragem para o enfrentamento.

O mais grave foi a intolerância de alguns torcedores do Palmeiras, que nesse jogo agrediram duas pessoas que estavam sem a camisa do clube, sob a alegação de que eram seguidores do Flamengo.

A realidade era bem outra, ambos eram adeptos do alviverde. Uma imbecilidade grotesca ao exigir uniforme do clube para quem vai aos seus jogos. Um foi detido após a péssima repercussão.

Por outro lado no mesmo Allianz Parque com a torcida única do dono da casa, cadeiras voaram das arquibancadas para os gramados. Um ato imbecil na destruição do patrimônio do clube.

Para fechar essa página escrita para o livro da Era da Imbecilidade, a ofensa ao futebol foi a mais grave entre todas que acompanhamos, quando torcedores dos times rivais do Cruzeiro, inclusive do Corinthians que tinha o seu jogo contra o Ceará, pelas redes sociais solicitavam a entrega do resultado da partida para derrubar o time Celeste.

Na verdade estavam ofendendo um clube de muita tradição, com uma torcida gigantesca, e que jamais poderia ter um comportamento desproporcional como esse.

O futebol brasileiro necessita de uma reciclagem geral, para que os imbecis não possam domina-lo.

Sem duvida uma proposta indecente.

NOTA 2- SÉRIE B REGISTROU A 2ª PIOR MÉDIA DE PÚBLICO DA DÉCADA

* A Série B nos gramados foi uma tragédia na sua qualidade técnica. Os times participantes não mostraram nada parecido com o que se chama de futebol. 

Óbvio que tal situação teve um impacto negativo na média de público, e após o seu encerramento no último sábado, segundo as estatísticas do site sr.goool, um total de 1.932.855 pagantes estiveram nos estádios, com uma média de 5.086 pagantes por jogo.

Essa só supera o desempenho de 2012, que foi a única vez que ficou abaixo do 5 mil (4.668). Em 2018, a divisão B encerrou os trabalhos com 5.218 torcedores.

O Coritiba foi o dono das arquibancadas. Com o acesso garantido, o Coxa terminou a competição com uma média de 22.420 pagantes por jogo, com um total de 425.977 torcedores.

Vice-campeão, o Sport também terminou no segundo lugar do ranking, com uma média de 13.649, bem atrás dos paranaenses. O campeão, Bragantino, por sua vez, garantiu o 4º lugar com a média de 6.208 seguidores, sua melhor marca da década. O Braga ficou atrás do Vitória (7.271).

A decepção entre os clubes que subiram para a Série A foi o Atlético-GO. O Dragão ficou na rabeira, na 14ª colocação com 3.099.

Na verdade o futebol mequetrefe que foi apresentado pelos times disputantes influenciou na média de público.

Por outro lado o nosso Circo do Futebol Brasileiro trata essa divisão como o seu patinho feio, e os resultados são esses.

NOTA 3-  O ELEVADOR DA SÉRIE A NACIONAL

* Um estudo realizado pela Foha de São Paulo, constatou que oito times tiveram ao menos cinco idas e vindas, no período de 2006 a 2020, na era dos pontos corridos no atual formato.

O Avaí é aquele que teve o maior número de viagens no elevador do sobe e desce, com nove quedas para a Série B, e apenas seis participações no A.

O clube catarinense à partir de 2014, ficou alternando nas divisões. Um ano na primeira e uma parada do elevador para a segunda.

O América-MG é o clube que tem o menor número de participações na Série A, com apenas três campeonatos. Contando com a competição de 2020, o Coelho terá 8 passagens pela Segunda Divisão, 3 pela Série C e no ano de 2007 em nenhuma.

O Atlético-GO, com 3 participações na Série C, 7 na B e 5 na A. O Figueirense subiu no elevador da Série A por 8 vezes, e desceu para o sub-solo 7 vezes. A Ponte Preta teve a presença na divisão maior por 6 campeonatos e 9 na divisão menor. O Vitória da Bahia subiu com o elevador por 8 viagens, desceu em 7 (seis na B e 1 na C).

O Coritiba tem uma performance bem melhor, com 10 participações na Série A e 5 na B. O Sport tem um equilíbrio bem razoável, com 5 quedas e atuando por 10 vezes na A.

Dos times chamados grandes, o Vasco foi o que desceu mais do elevador, com 3 rebaixamentos.

Na realidade tal fato se dá pelo total desequilíbrio desses clubes que contam poucos recursos em comparação com os chamados maiores.

Uma melhor distribuição de receitas, certamente reduziria as viagens do elevador da degola.

NOTA 4- TORCEDORES "MALDOSOS"

* Para alguns torcedores "maldosos", o Cruzeiro que está no buraco sem fundo no Brasileiro, teve um peso enorme nas suas costas com sete atletas do seu elenco que já estiveram em clubes ceifados pela Caetana.

Recebemos de um amigo mineiro, óbvio que é torcedor do Galo, essa relação que na verdade é interessante, mas sem nenhum sentido real, pois a presença de atletas rebaixados não pesou na realidade do clube que é bem outra. Trata-se de um devaneio.

O Ranking é o seguinte:

EDILSON- 2005 e 2011- Atlético-MG,

EGIDIO- Paraná- 2007,

DEDÉ- Vasco-2013,

MARQUINHO GABRIEL- Avaí- 2011 e Sport- 2012,

RODRIGUINHO- América-MG- 2011,

JÁDSON- Santa Cruz- 2016 e Ponte -Preta- 2017 e,

JOEL TAGUEN, Avaí-2017.

São coisas do futebol brasileiro e de suas zebras.

NOTA 5-#NÃO TEVE ENTREGA

* Ceará e Corinthians fizeram um jogo bem movimentando, com os dois times procurando a vitória. Tecnicamente pobre, mas de uma busca intensa pelo resultado, e com chances para os dois lados.

O alvinegro do Ceará teve um jogador expulso no segundo tempo, fato esse que abriu um maior espaço para a equipe do Parque São Jorge, que conseguiu o seu gol da vitória por 1x0 em uma bola aérea e cabeceada por Gustavo.

Com esse resultado o time do Corinthians assegurou a vaga na pré-Libertadores e com as condições de entrar na fase de grupos.

O Castelão lotado não conseguiu ajudar o Ceará na fuga da Caetana.

Na verdade o Cruzeiro voltou a respirar na competição e passou a ter o seu destino nas chuteiras dos seus jogadores. Vencendo o Grêmio que não será fácil, irá passar o time alvinegro cearense na tabela de classificação, fato esse que na verdade será difícil de acontecer.

No final do jogo mudou o tom da mensagem dos torcedores, que passou a ser #Não teve entrega.

O melhor jogo da noite da quarta-feira foi aquele que envolveu o Athletico-PR e o Santos, que teve dois tempos diferenciados.

O primeiro do time peixeiro, e o segundo do Furacão que mais uma vez mostrou um bom futebol, assumindo a quarta colocação de forma provisória, completando 12 partidas sem derrotas.

O 1x0 mostrou que a equipe paranaense é um dos três times que apresentam o verdadeiro futebol.

No Independente, o Botafogo voltou a ser o verdadeiro "Botafogo" ao ser derrotado pelo Atlético-MG por 2x0.

Nos demais encontros da noite de ontem, o São Paulo ao derrotar o Internacional por 2x1 firmou-se na fase de grupos da Libertadores, o Fortaleza jogando fora de casa empatou com o Fluminense em 0x0, e no encontro dos degolados a Chapecoense atropelou o CSA por 3x0.

Escrito por José Joaquim

Por Paulo Cezar Caju- O Globo

Quem me acompanha regularmente sabe muito bem o que penso desses retranqueiros. Torço para que curtam suas fazendas, adegas e casas de veraneio, bens adquiridos ao longo desses anos de desserviço ao futebol. E os clubes são os maiores culpados pela persistência deles no trabalho.

Basta ver o que vem acontecendo nessa reta final de campeonato, uma troca frenética e absurda de "professores", alguns vistos como "salvadores da pátria". Contratações sem qualquer critério, uma palhaçada, um desrespeito ao torcedor. Mas os dirigentes convidam porque eles se submetem.

Qual o critério na contratação de Adilson Batista, a quem respeito muito? Um pedido pessoal de Zezé Perrella. O Adilson é recordista em cair com clubes para a Segunda Divisão, já foram seis vezes, justamente por aceitar esses convites tapa-buracos. Abelão pulou fora do barco para não ter esse rebaixamento no currículo.

Zé Ricardo topou dirigir o Internacional em um mandato tampão enquanto o argentino Eduardo Coudet não vem. E olha que o convite veio do amigo Rodrigo Caetano, diretor de futebol do clube. Por sinal esse cargo deveria ser extinto do futebol. Ontem, Alexandre Mattos, que o exercia " com maestria" no Palmeiras, foi demitido com Mano Menezes. Será que ele não viu que trocar Luiz Felipe Scolari por Mano era como trocar seis por meia dúzia? A Crefisa deve estar com dinheiro sobrando para ficar fazendo essas experiências. O problema é que os clubes não tem qualquer projeto a longo prazo. O Palmeiras montou um elenco milionário, mas erra na contratação dos técnicos.

O Flamengo conseguiu perceber isso a tempo. Grande parte dos treinadores tem medo de ganhar. Alberto Valentim, no jogo contra o Internacional, comprovou essa tese. Jogando em casa, o time precisando vencer, ele substituiu sei lá quem pelo Jean, volantão típico. Esquece.

E Argel Fucks, outro conhecido retranqueiro, que trocou o CSA pelo Ceará dizendo que subiria um degrau em sua carreira. Desrespeito é pouco. O mais engraçado disso foi um comentarista de tevê que exaltou o nome de Argel Fucks assim que soube do gol do Ceará contra o Athletico paranaense. Comentou como se em um dia de treinamento Argel fosse transformar o Ceará em um rolo compressor. Cinco minutos depois veio o empate, Kkkkk!!!

O futebol é simples, mas virou uma piada. Jogar ofensivamente é o mínimo que podemos oferecer para a torcida. O Grêmio optou por jogar com dois pontas dribladores e um centroavante, e colocou o São Paulo do Fernando Diniz no bolso. Fica um jogo muito mais interessante, que tem muito mais da nossa cara.

É claro que tem exceções. Roger Machado, no Bahia e Rogério Ceni, no Fortaleza, vem fazendo isso, mas Mano preferiu deixar Gustavo Scarpa no banco e colocar os Felipes Melos da vida. Repito, não quero mal de nenhum desses retranqueiros, apenas que vão viver a vida, usufruam de suas vinícolas, peguem o sol em suas lanchas, mas passem o bastão para outros e deixem o futebol em paz.

PS: Ricardo Teixeira foi banido do futebol, enfim um boa notícia! 

Escrito por José Joaquim

No próximo domingo teremos a rodada final do Brasileiro de 2019, um dos mais fracos entre os que foram realizados nessa era dos pontos corridos, que foi salvo pelo futebol do Flamengo que deu um belo passeio nos gramados.

Mais uma vez uma competição serve para mostrar a falta de uma boa gestão esportiva nos clubes, com exceção do rubro-negro carioca, do Athletico-PR e do Fortaleza, que juntos mostraram competência nas suas estruturações. Os demais deixaram muito à desejar.

O Brasil ainda vive no amadorismo com relação ao futebol. A gestão profissional na maioria dos clubes não foi implantada de forma efetiva, e esses quando contratam os seus gestores, procuram ex-atletas sem a devida vivência do assunto ou, então, pessoas de outras áreas, muitas vezes amigas dos cartolas, e que produzem nada ou quase nada no planejamento estratégico.

Os dirigentes embutem um temor de passar para um profissional as atividades do clube, tendo em vista que ao realizar um bom trabalho iria ofusca-los. Cartolas adoram as entrevistas. Estudam com fonoaudiólogos para emitirem uma voz que se destaque ao falarem com os jornalistas.

O gestor esportivo tem que ter a noção de como planejar a vida do seu clube, com base científica e com métodos de administração, pois não basta que passe o dia todo a seu serviço, que no final se não tiver a devida competência, a soma dos resultados positivos é muito pouco para o que se deseja alcançar.

Os maiores exemplos estão em clubes com dificuldades, e o São Paulo é um caso bem emblemático, passando de uma entidade de referência, para um caos administrativo e financeiro, sendo obrigado a vender os seus ativos intangíveis, mostrando que lhe faltou um planejamento.

O dirigente é um puro amador, na maioria das vezes é um torcedor das arquibancadas, e torna-se irracional no trato das coisas do seu clube, enquanto o gestor esportivo é o inverso, ou seja sem paixão, e com razão, sabendo aplicar todos os mecanismos que aprendeu nos bancos escolares com prática de suas utilizações.

Dirigente não é para contratar treinador ou jogador, e sim referendar a capacidade financeira do clube para que isso aconteça. Se tal fato acontecesse na realidade, não teríamos tantas contratações em uma temporada, e uma dança das cadeiras para os técnicos que supera a racionalidade.

Muitas dessas contratações são feitas de maneira açodada, e muitas vezes para o atendimento de empresários interessados, ou para dar um lustro a sua vaidade, e em alguns casos lucrar com as comissões.

Os esportes no seu contexto precisam de profissionais competentes, sérios, para gerencia-los, que saibam discernir sobre aquilo que estão administrando.

Um bom gestor evitaria as lambanças que acontecem no dia a dia do nosso futebol, mas enquanto esses não chegam os clubes agonizam.

Lamentável.