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Escrito por José Joaquim

Temos uma simbiose com os esportes em geral, em especial o futebol por um longo tempo, o que facilita as nossas análises sobre o tema, e sempre estamos observando algo que passa despercebido pelas mídias, que tem uma visão ligada a espetacularização do esporte do que o trato de sua realidade.

Não temos a menor duvida de que o futebol brasileiro está atuando como uma ferramenta de manipulação e controle social. Enquanto arte e espetáculo verdadeiro, esse esporte é muito distorcido pelos meios de comunicação, perdendo assim a sua essência e raízes.

Essa modalidade esportiva da maneira como ela é apresentada pela mídia pode ser traduzida como um pão sem nutrientes, que somente engorda os detentores do poder e, como o circo, apresenta pouco ou quase nada de útil para a formação de um pensamento crítico do seu torcedor.

Quando a seleção do Circo atua, e obtém uma vitória muitas vezes perante um adversário mequetrefe, o ufanismo com essa conquista representa realmente as distorções dos fatos. Trata-se de um modelo indutor do que o adversário era potente, e que o time circense foi extraordinário, manipulando as mentes daqueles que os assistem.

Os atletas tornaram-se celebridades, são tratados como tal, e todos os seus movimentos fora do campo são destacados. Neymar indo ao sanitário é uma manchete nos meios de comunicação. A bola da vez agora é Gabigol e o seu namoro com a irmã desse jogador.

Os clubes são secundários, e o mais importante é o individual.

Quando lemos, assistimos ou ouvimos a divulgação de tais fatos, ficamos certos de que o futebol que deveria ser um espetáculo coletivo transformou-se em algo individual, movido a interesses financeiros, e que os segmentos do setor pouco se importam com os clubes, e sim com os seus ídolos.

Óbvio que o esporte para crescer necessita de astros, mas esses não estão acima das bandeiras. O mundo tornou-se individualista, e o futebol é coletivo, e o que importa é o sucesso do clube no geral, mas isso tornou-se apenas um pequeno detalhe quando observamos a maneira como os nossos astros são tratados.

Na realidade a imprensa é comprometida com os patrocinadores, e segue a linha editorial de suas empresas, vendendo muitas ilusões para uma multidão de iludidos.

Uma certa vez, lemos um documento da Sociedade dos Jornalistas da França, em que textualmente dizia: "A imprensa só é livre quando depende nem do poder governamental, nem no poder do dinheiro, e sim exclusivamente da consciência dos jornalistas e leitores.

Aplicando-se isso, o ufanismo chapa-branca seria extirpado. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM JOGO COMPLICADO PARA O SPORT  

* O Sport que tem 99,88% de chances para o acesso, virtualmente já conseguiu, esperando apenas uma vitória para sacramentar a sua subida para a Série A de 2020 conforme a matemática.

O rubro-negro terá pela frente na noite de hoje, o time do Botafogo-SP que o receberá no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto.

O tricolor foi um dos quatro clubes que tiveram o acesso em 2018, e que realizaram excelentes campanhas na competição, entre esses o Bragantino que já conseguiu o acesso com antecipação.

O Botafogo-SP está na 10ª colocação, com 47 pontos, garantindo a sua permanência em 2020 na Série B Nacional. O rubro-negro é o 2º colocado, com 60 pontos, e não corre nenhum risco que possa tira-lo de uma das vagas.

Os números são favoráveis ao Sport, mas o futebol que esse está jogando é que pode complicar no placar final dessa partida, desde que o adversário atuando em casa tem conseguido bons resultados.

Nos últimos 10 jogos, o time rubro-negro somou 16 pontos (53,3%), enquanto o tricolor totalizou 11 (36,6%).

No returno em 15 jogos realizados, o Sport conquistou 29 pontos (64,4%), e o Botafogo-SP somou 20 (44,4%).

Como mandante o time do interior de São Paulo tem 45,9% de aproveitamento, e o rubro-negro como visitante, tem 47,06%.

Um jogo em que o empate é bom para a equipe de Pernambuco. 

NOTA 2- FLAMENGO QUER RENOVAR POR DOIS ANOS COM JESUS

* Embora as mídias brasileiras garantam que a renovação de Jorge Jesus com o Flamengo será discutida em dezembro, os jornais de Lisboa divulgaram ontem que o técnico tem em mãos uma proposta milionária do clube para os próximos dois anos.

Segundo esses veículos, Jesus está analisando a situação.

O trabalho realizado por JJ nestes cinco meses em que se encontra na liderança do time do Rio de Janeiro- operando uma reviravolta sensacional, e por esta altura, tem 10 pontos acima do Palmeiras faltando apenas seis rodadas para o final do Brasileiro, pesa muito para a sua continuidade. 

Tal fato tem motivado muitos elogios ao redor do Flamengo e, por essa razão, os dirigentes do clube carioca pretendem segura-lo, o quanto antes. Jesus tem contrato até maio de 2020, mas no qual consta uma cláusula que possibilita sua saída em dezembro próximo.

A ideia do rubro-negro passa pela renovação por mais dois anos, sendo que para seduzir Jesus, oferecem salários de 6 milhões de euros por cada temporada.

Segundo o jornal "A BOLA", o técnico além da brilhante campanha desportiva, sente-se bem no Brasil. Algo que é fundamental para o acordo.

Convertendo a proposta em real, o valor total é de R$ 55,2 mil, ou seja R$ 2,3 mil por mês.

Uma proposta de um time europeu.

NOTA 3- O MODELO DE "GESTÃO" DO SPORT 

* Planejamento é uma pornografia para os nossos clubes, quando tudo é feito no aleatório.

O Sport é um exemplo de erros em diversas contratações, que muitas vezes sequer são utilizadas.

Quando o São Paulo liberou o lateral Bruno Peres e o rubro-negro caiu no canto da sereia, em uma Nota afirmamos que esse não iria jogar no Brasileiro.

Erramos por 14 minutos que o atleta atuou em um único jogo.

Na manhã de ontem, o Sport anunciou que o atleta terá o contrato rescindido antes mesmo do fim do ano. O jogador pertence ao Roma, e estava emprestado ao São Paulo.

Chegou à Recife no mês de setembro repassado que foi pelo tricolor paulista, que ainda paga parte dos seus salários.

O diretor do time da Ilha do Retiro justificou a sua saída antecipada porque não estava integrado ao elenco. Uma desculpa esfarrapada.

Como Bruno Peres, o Sport tem um grupo de jogadores na mesma situação, que "não estão integrados ao clube".

São coisas de nosso futebol.

NOTA 4- O PÚBLICO VOLTOU NA 32ª RODADA DA SÉRIE A

*Na 31ª rodada aconteceu uma queda vertiginosa com relação ao público da Série A Nacional.

Na 32ª rodada que encerrou na última segunda-feira, houve uma grande recuperação, com uma soma de 258.746 pagantes, com uma média excelente de 25.875 torcedores por jogo.

No tocante aos gols, a média continua baixa. Nos dez jogos as redes foram vazadas por 20 vezes, com uma média de 2,0 por partida.

Os mandantes venceram por quatro vezes, os empates tiveram o mesmo número, e os visitantes com duas vitórias.

A novidade foi o aumento da distância entre o Flamengo e Palmeiras, para 10 pontos, e a consolidação do Grêmio no G4.

Na zona da Caetana, o Avaí foi o primeiro time a ser rebaixado pela matemática.

A Chapecoense com mais uma derrota também será ceifada (99,0% de chances).

O CSA está rebaixado virtualmente com 92,3% de chances para tal, embora na matemática poderá escapar, que só poderá acontecer por conta de um milagre.

Na rodada que começa hoje, com mais uma derrota teremos o seu adeus.

Restando apenas uma vaga que será refugada por 4 clubes, e o mais provável de não escapar é o Fluminense (41,3%), Cruzeiro (25,7%), Ceará (20,8%) e Botafogo (15,9%), completam o quarteto.

Será bem emocionante essa final, já que o campeão há tempo está decidido.

NOTA 5- AS SOQUEIRAS NO BEIRA-RIO 

* Qual a razão de um torcedor de futebol ir para um jogo com uma soqueira no bolso? Sem duvida trata-se de um marginal.

Segundo o blog do jornalista Hiltor Mombach, do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, cinco ocorrências aconteceram no jogo entre Internacional e Fluminense, que foram resolvidas pelo Juizado do Torcedor e Grandes Eventos.

Um torcedor, durante a revista foi pego carregando um cigarro de maconha dentro de um maço de cigarros. Queria ficar doidão. Foi condenado a frequentar sessões de grupos de ajuda a dependentes químicos por quatro meses.

Todas as demais ocorrências foram de pessoas que estavam com "soqueiras".

Um dos torcedores está proibido de ver jogos do Internacional até o final do Campeonato Brasileiro. Na verdade trata-se de um prêmio pois evitará de assistir a pobreza franciscana do seu time.

Dois torcedores que também estavam com esse objeto, já eram reincidentes, não tiveram direito ao oferecimento de transação penal e tiveram as datas das suas audiências de instrução e julgamentos marcados.

E outro homem que carregava uma "soqueira" no bolso da bermuda e já possuía antecedentes na Justiça, com uma condenação, também responderá a processo.

Que futebol é esse?

NOTA 6- O BRAGANTINO COM A TAÇA NAS MÃOS

* O Bragantino poderá conquistar o titulo na noite de hoje, se o Sport empatar o seu jogo contra o Botafogo-SP.

O time de Bragança derrotou ontem o Operário por 2x0 e chegou aos 71 pontos.

Nas demais partidas, o Atlético-GO voltou ao G4 com uma goleada de 4x0 sobre o Oeste. O Coritiba continuou na terceira colocação ao derrotar o Brasil de Pelotas por 2x0.

Enquanto isso, o Paraná na Vila Capanema sofreu para derrotar o lanterna São Bento, e com isso continuou sonhando com o G4, com 54 pontos.

Nos demais jogos, o Figueirense jogando fora derrotou a Ponte Preta por 3x1, e saiu da zona de degola, deixando o Londrina no seu lugar por conta da derrota desse por 2x0 contra o Criciúma.

O CRB que ainda pensava em G4 empatou com o Vitória por 2x2.

A rodada termina na noite de hoje.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ESTUDAR É PRECISO

* O Enem que foi realizado no último domingo não teve em Belo Horizonte um único jovem das bases do Cruzeiro e Atlético-MG, fato esse que traduz uma verdade dura, que esses estão parando na metade dos cursos para se dedicarem ao futebol.

Tal problema foi constatado em uma pesquisa feita pelo jornal o Tempo, de Belo Horizonte.

Trata-se de algo enganoso desde que poucos conseguem contratos com bons valores, e a maioria quando deixa os gramados, está sem os estudos, dinheiro e uma profissão.

A transição do atleta de base para o profissional requer sacrifícios nos estudos, que não são compensados.

Um levantamento feito pela Revista "Quero", baseado em dados de dezembro de 2018 a abril de 2019, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, apontou que dos 3.742 jogadores contratados nesse período, apenas 1,84% declararam possuir o ensino superior, porcentagem que representa 69 atletas. e 82,98% completaram o ensino médio.

Um outro estudo que foi feito pelo site "Indústria de Base", portal especializado na cobertura do esporte com foco nos direitos das crianças, foram identificados 448 clubes com "categorias de base" no país, partindo da idade mínima para alojamento de atletas.

Somando todas a categorias que um clube poderia oferecer, são cerca de 90 a 300 jovens por time.

Imaginando-se a presença de apenas 90 desses, são 40.320 atletas de base no país. Esse número disputa cerca de 2.700 vagas de qualidade no futebol brasileiro, ou seja, aqueles atletas que não são afetados, e possuem contratos mais longos.

Um fato bem importante que já debatemos no blog está nos registros do Circo do Futebol Brasileiro, que aponta 18 mil jogadores profissionais, e quando chega em março esse número cai para 30%, e no fim do ano é de apenas 6% em atividade.

Trata-se de uma grande ilusão, e por conta disso o estudo é uma peça fundamental para entender o sistema. 

NOTA 2- O RETORNO DA VIOLÊNCIA NOS ESTÁDIOS

* Há algum tempo que a as brigas e a violência não aconteciam nos estádios. As ruas se tornaram o palco dessas.

No último domingo o Mineirão transformou-se  em um octógono da UFC, com uma briga generalizada entre torcedores do Cruzeiro e do Atlético-MG.

Como o jogo foi ridículo, a confusão foi a marca do empate de 0x0 entre os dois clubes mineiros pela 32ª rodada do Campeonato da Série A.

Além disso uma cena de racismo aconteceu quando um segurança do estádio foi a vítima, tendo inclusive recebido uma cusparada na cara, e chamado de "macaco". 

Que pais é esse em que nós estamos vivendo?

Após o encerramento da partida, torcedores do Galo começaram a invadir os setores reservados aos torcedores da Raposa, e dai aconteceu uma briga generalizada.

Antes do jogo um outro tumulto resultou em 76 detenções e cinco pessoas feridas.

As cadeiras voavam.

A briga não ficou restrita apenas às arquibancadas e camarotes, houve tumulto no estacionamento.

Ontem conversamos com um atleticano e esse nos informou que a segurança privada falhou, inclusive com poucos homens para a ajuda ao policiamento.

Fatos como esse também aconteceram no jogo entre o Fortaleza e Ceará, com o enfrentamento das duas torcidas. As bombas foram utilizadas pela Policia como brinquedos de criança. 

O futebol brasileiro é trágico no gramado, e eficaz na violência. Uma vergonha.

Ir a um jogo de futebol no Brasil é uma passagem para o inferno. 

NOTA 3- FAIXA DO FORTALEZA EM PROTESTO CONTRA O VAR FOI RETIRADA APÓS ORDEM DA ARBITRAGEM

* Protestar contra o VAR é algo que vai contra a arbitragem?

Essa é uma boa pergunta para ser respondida pelo Circo do Futebol Brasileiro, que orientou o árbitro paulista Flávio Rodrigues de Souza a paralisar a partida entre Fortaleza e Ceará, por conta de uma faixa contra o VAR, com os seguintes dizeres: "Parem! VAR já chega" , com o nome do VAR de cabeça para baixo.

Qual a ofensa nesses dizeres?

Só em uma entidade ditatorial com viés fascista age dessa forma, ao coibir um protesto contra as mazelas do árbitro de vídeo que tem modificado vários resultados.

Quando um dirigente faz uma crítica mais dura nas mídias sobre o que vem acontecendo mais diversos gramados, os 'torquemadas' o encaminham para o Tribunal e no final o suspendem.

Muitas vezes são críticas corretas na defesa do seu clube, que é uma obrigação do cartola.

Da maneira que estamos vivendo, um jogo de futebol vai se transformar em uma missa campal, para atender os regulamentos do falecido Circo.

Enquanto isso os árbitros pintam e bordam nos gramados, sem que possam ser contestados.

Os torcedores deveriam ir aos jogos dos seus clubes como mordaças.

Pobre futebol brasileiro, que vive hoje em um esgoto sanitário.

NOTA 4- OS ACERTOS DO FLAMENGO

* O Santos fez boas contrataçoes, inclusive duas excelentes, as de Soteldo e Carlos Sanches, mas não chegou aos 100% de acerto, desde que no meio dessas teve Cuevas. Um mico.

O Flamengo mostrou um acerto total em suas contratações.

Por incrível que pareça nenhuma é contestada.

Todos perguntam de qual cartola o técnico Jorge Jesus tirou o zagueiro espanhol Pablo Mari.

As contratações de Filipe Luiz e Rafinha deram um refinamento as laterais do campo. São excelentes.

E Gabigol que todos os jogos balança as redes adversárias?

Bruno Henrique foi um alto investimento que já está sendo pago por ser o melhor jogador do Brasil. É assistente e goleador. Gerson caiu do céu, e é uma peça importante do time, junto com Arrascaeta que é um craque consumado.

O rubro-negro transformou Rodrigo Caio como o melhor zagueiro do país, e com os pés no Barcelona.

Dificilmente os 100% em contratações acontece, mas o rubro-negro conseguiu mais essa vitória, quando formou um time que há muitos anos não acontecia no Brasil.

São coisas da competência de uma gestão.

NOTA 5- A MAIOR INVASÃO DE UMA TORCIDA NAS AMÉRICAS

* O futebol é uma paixão, embora seja mal dirigido em nosso país, e também no Continente.

No último sábado, o Independiente Del Valle, do Equador, conquistou a Copa Sul-Americana, quando venceu o Colón, da Argentina, em final de um jogo único em Assunción, no Paraguai.

O fato incrível e que vai para o livro dos recordes, foi o deslocamento de 30 mil torcedores do Colón, de Santa Fé, até a sede do jogo.

A cidade tem 400 mil habitantes e a quase 1.000 km de distância de casa até Assunción.

Foi a maior movimentação de torcedores de um clube entre países diferentes nas Américas, superando os 25 mil do RACING-ARG que invadiram Montevideo em 1967 para a final contra o Nacional.

Com a mudança do local da final entre Flamengo e River, pela Copa Libertadores, esse número poderá ser quebrado, mas na relação habitantes e público o do Colón é imbatível.

São coisas do futebol.

NOTA 6- O AMÉRICA-MG CONTINUA LUTANDO PELA VAGA NO G4

* O América-MG derrotou ontem o Cuiabá jogando como visitante por 2x0, resultado esse que o levou de forma provisória para o 3º lugar da tabela.

Coritiba e Atlético-GO necessitam vencer os seus jogos na noite de hoje, para retomarem os seus espaços.

Tudo embolado.

Pela Série A, em um show de horrores o Botafogo derrotou o Avaí por 2x0, saindo da zona da degola e levando o Fluminense para o seu lugar.

Escrito por José Joaquim

O futebol inglês na década de 90 estava entregue à violência dos seus torcedores, os chamados Hollingans.

O Taylor Report que foi nada mais nada menos do que um plano para mudar a cara desse esporte, e conseguiu, com o integral apoio da primeira ministra Margareth Thatcher.

Foram construídas arenas do mais alto nível para a acomodação dos torcedores, e os chamados Hollingans desapareceram, e hoje o país tem o melhor futebol do mundo.

O que vimos no último domingo no Anfield, a Arena do Liverpool, antes e depois do jogo entre o time local e o Manchester City, é a prova final de que a civilidade foi a vencedora dessa batalha.

Um amigo nos perguntou como o estádio com meia hora antes do início da partida estava vazio, e em pouco tempo lotou com 55 mil torcedores.

Uma pergunta simples de ser respondida, ou seja eles estavam nas suas dependências aproveitando o lazer que é oferecido, com lojas, restaurantes, lanchonetes, museu do clube, local para crianças, cinemas, entre outras coisas, além dos lugares numerados.

A Inglaterra é o país que melhor aproveita o "Match Day" no futebol. Os Estados Unidos dominam nesse setor em outros esportes. 

Antes de soar o apito do árbitro para o começo do jogo, aconteceu uma solenidade em homenagem as vítimas de Segunda Guerra Mundial. Um estádio lotado, e sem nenhum sussurro, ou mesmo um espirro.

Óbvio que isso comoveu a quem estava assistindo. É sem duvidas um país civilizado.

Enquanto isso no país em que vivemos, ir ao um jogo de futebol necessita-se de um seguro de vida, desde que o torcedor sai de casa sem a certeza de voltar.

Nos jogos que foram realizados vários incidentes aconteceram, com prisões de torcedores, ameaças de invasões, em vários estados que abrigavam as partidas das Séries A e B.

O hino nacional quando é tocado, os torcedores continuam com seus gritos de guerra, sem o menor respeito.

Por conta disso somos favoráveis que tal medida seja repensada pelas Assembleias Estaduais, desde que estão avacalhando o hino do país.

Não conhecemos nenhum lugar do mundo, com exceção do Brasil, que tal fato aconteça.

O minuto de silêncio quando é realizado em nossos estádios trata-se de uma avacalhação, os gritos continuam, as charangas não param e as famílias dos mortos ficam constrangidas.

Enquanto isso na Inglaterra e em outros países da Europa, existe a civilidade, o Brasil é um local dos incivilizados, cuja transmissão contaminou os diversos setores da sociedade, inclusive no futebol.

A falta de educação sem duvida irá dar ao nosso país o Premio Nobel da Ignorância e da Falta de Respeito.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

O modelo do futebol brasileiro é ditatorial, com as resoluções feitas de modo unilateral, sem uma consulta aos segmentos interessados. O maior exemplo é o calendário do Sr. Flores, que tem um nome bem latino americano.

O escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, em seu discurso no recebimento do Prêmio Nobel da Literatura, traçou o perfil de nosso continente, e nos ajudou a entender a razão do que acontece hoje.

O culto da personalidade sempre fez parte de seus governantes. Um general ditador do México, Antônio Lopez de Santana, promoveu um velório magnífico para enterrar a sua perna direita que perdeu numa guerra. 

Um outro general, Garcia Moreno, governou o Equador durante um período de dezesseis anos como monarca absoluto, e seu cadáver foi velado com o uniforme de gala e sua couraça de condecorações sentado na poltrona do gabinete presidencial.

Esse espírito da América Latina está bem perto de nós, com o getulismo, a ditadura militar pós-1964, de um Brasil do "Ame-o ou Deixe-o", quando até um presidente de plantão escalou o time da seleção, convocando jogadores.

No Continente tivemos o peronismo, depois na mesma Argentina a ditadura militar, com extensão para o Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru e, a do Chile que foi uma das mais duras e sangrentas.

Uma geração foi forjada no sentimento do personalismo e das forças das armas, inclusive alguns dos atuais dirigentes de nosso futebol, que não gostam do sistema democrático e atuam de forma ditatorial.

Qual o filiado do Circo que conhece os contratos firmados pelos seus cartolas? Qual os clubes filiados às Federações já conseguiram ler os seus documentos contábeis e contratos? Qual o torcedor tem conhecimento dos contratos dos seus clubes, das negociações com jogadores?

São segredos de Justiça, que ficam trancafiados nas mãos de poucos ungidos, numa ausência total de algo muito importante para todo o segmento, a transparência.

Quando se esconde documentos, certamente esses devem embutir algo de errado, que deve ser o caso do Circo, que chegou a ingressar no STF, com um pedido de liminar para não apresentar os seus contratos, em especial os valores encaminhados para as federações estaduais.

Tudo isso numa entidade séria deveria ser publicado no site, mas como vivemos a ditadura esportiva, os documentos ficam guardados a sete chaves.

O Brasil ainda vive com adoradores de um culto à personalidade.