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Escrito por José Joaquim

Assistimos diversos jogos da Série A do futebol brasileiro no final de semana, fechando o ciclo na última segunda-feira, com Chapecoense e Internacional.

O que vimos com exceção desse último foi um futebol macambúzio, com uma tristeza e um mau humor sem limites.

Times fechados, retrancas com zagueiros e volantes em excesso, e ataques inoperantes, chutões para o alto e as bolas Infraero voando sobre os gramados.

A troca de passes que era o sonho de todos os treinadores, está sendo substituída pela única bola. Todos estão querendo jogar nesse sistema.

O time já entra em campo com um objetivo de apenas não perder, impedir que o adversário jogue e se possível ganhar. A vitória é o último ponto a ser alcançado.

O número de faltas dos jogos em nossos gramados é o dobro ou o triplo do que acontece no futebol da Europa. O modelo aodotado é o de paralisar e intimidar a equipe contrária.

A prática do carrinho que quase desapareceu em outros países, tem no Brasil um grande centro de atuação. Tal procedimento é usual nas partidas realizadas, sob os olhares amigos da arbitragem.

São tantos volantes que nos fazem pensar que os times são das montadoras de veículos. O volante não tem mais a técnica, tornou-se um brucutu de carteirinha, com gosto de sangue na boca e que parte para os adversários como um vampiro na busca do alimento.

Alguns jogos são grotescos, daninhos, sem a qualidade de ponta a ponta. Os jogadores se forem colocados em uma batedeira industrial não sairá um único que tenha aparência com um craque.

O processo de autofagia que tomou conta do esporte da chuteira tem como responsável a relação entre o cartola e o treinador, sendo que o segundo vive pendurado no fio de um arame, para atender os desejos do seu chefe.

Como vivenciamos um futebol brasileiro bem diferente, de muitos gols, de muito brilho, e sobretudo com uma multidão de talentos, ficamos penalizados com uma nova geração, que tem de se contentar com o que recebem, um produto ruim, jogadores medianos, e com a gravidade, metidos a craques.

O craque brasileiro desapareceu já por um bom tempo, e hoje temos que conviver com o novo jogador, o do twitter, das páginas de celebridades, e de um futebol mequetrefe.

No último encontro da 25ª rodada, vimos uma tênue luz no fundo do poço, quando Chapecoense e Internacional fizeram uma boa partida e com o objetivo de uma vitória. A bola rolou satisfeita no gramado da Arena Conda.

O culpado pelo início da decadência técnica do futebol brasileiro foi Luiz Felipe Scolari, com a seleção de 2002, em que foi introduzido o sistema do futebol pragmático, e com a conquista do título a praga dizimou-se e até hoje somos suas vítimas.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SPORT HIPOTECOU O FUTURO

* O Itaú BBA, que faz uma analise anual sobre as finanças dos clubes brasileiros, chegou a uma conclusão obvia que já tínhamos postado em um dos nossos artigos quando analisamos o Balanço do Sport, o da sua inviabilidade.

Diante dos números que foram apresentados em 2017, os analistas do Banco afirmaram que era ¨muito difícil analisar o Sport, pois os dados estão condensados, sem aberturas ou detalhes¨.

Na realidade o pedido da convocação de uma AGE formulado pelos sócios do clube e que foi engavetado pelo seu Conselho, tinha como motivo abrir a caixa preta, desde que os dados apresentados não condiziam com a realidade.

Segundo o Itaú BBA, são poucos os pontos positivos destacados, e que o clube gastou além de sua capacidade. Fato esse que estamos afirmando por um bom tempo.

O ano de 2017 mostrou um Sport apostando alto nas contratações, mesmo sem dinheiro suficiente, investiu bem mais alto que sua capacidade, mas de forma financiada.

Repetindo o que temos debatido, o Banco afirma que a conta virá nos próximos anos. O financiamento sem um garantia de novos recursos coloca o futuro em risco.

Segundo a analise o fluxo de caixa foi insuficiente para o elevado montante de investimentos que precisaram ser financiados. O déficit foi coberto com o aumento da divida bancária, e que não tem geração de caixa para amortiza-la.

A divida do Sport deu um salto em 2017 de R$ 80 milhões para R$ 135 milhões.

Para nós que tínhamos analisado o precário balanço do rubro-negro, nada que foi apresentado pelo Itaú-BBA foi novidade, e sim o retrato de um clube mal gerenciado, passível de uma recuperação judicial.

O processo eleitoral se avizinha, e a situação do rubro-negro não permite uma aventura, desde que terá que planejar um caminho de refundação que demandará mais de dois anos.

O Sport é viável, mas com pessoas que pensem e sejam responsáveis no seu comando.

NOTA 2- O GOL DE BOLSONARO

* Felipe Bevilacquia, Procurador Geral do STJD, estava estudando uma maneira de punir o jogador Felipe Melo, por dedicar o seu gol a Jair Bolsonaro, numa entrevista após a partida contra o Bahia.

Voltou atrás por não encontrar subsídios para tal desejo. 

Nem na ditadura era assim.

O mais estranho foi o silêncio dessa procuradoria com relação aos três últimos presidentes do Circo, que foram defenestrados dos seus cargos por conta da corrupção generalizada.

A sua obrigação seria a abertura de processos investigativos contra esses e nada fez. 

Felipe Melo usou apenas do seu direito de liberdade de expressão sem desrespeitar outros candidatos, apenas dedicando o seu gol ao seu escolhido, que faz parte de uma democracia. Esse tem o direito de ter um candidato, como nós temos o nosso. 

O jornalista Marcel Rizzo do Portal Uol, foi feliz em uma matéria publicada ontem sobre esse tema, quando lembrou o posicionamento dos atletas corintianos na década de 80, liderados por Sócrates, que defendiam nos jogos a campanha das ¨Diretas Já¨, inclusive com frases no uniforme, que pedia a volta do voto direto no Brasil que vivia no regime militar.

Por outro lado não sabemos qual o artigo do CBJD que o procurador iria enquadrar o jogador, desde que esse não prevê sanções para tais casos.

Felipe Melo, gostem ou não do seu comportamento dentro de campo, é um cidadão brasileiro que pode em uma entrevista manifestar suas convicções pessoais, e com um detalhe importante, o fato aconteceu fora do gramado.

Não precisamos de novos Torquemadas. 

NOTA 3- PALMEIRAS LIDERA O RETURNO

* A tabela de classificação do returno é muito diferente daquela que fechou o turno. O Palmeiras lidera essa fase, com 14 pontos dos 18 disputados.

O São Paulo que fechou o turno da liderança está na 8ª colocação, com um aproveitamento de 50%.

RANKING DO RETURNO

1- PALMEIRAS - 14 pontos- 77,78%,

2- SANTOS- 12- 68,67%,

3º- CEARÁ- 11- 61,11%,

4º- INTERNACIONAL- 11- 61,11%,

5º- VITÓRIA- 10- 55,56%,

6º- ATLÉTICO-PR- 9- 50,0%,

7º- ATLÉTICO-MG- 9- 50,0%,

8º - SÃO PAULO- 9- 50%,

9º- GRÊMIO- 9- 50%,

10º- FLAMENGO- 8- 44,44%,

11º- AMÉRICA-MG- 8- 44,44%,

12º- FLUMINENSE- 8- 44,44%,

13º- CRUZEIRO- 8- 44,44%,

14º- CORINTHIANS- 7- 38.89%,

15º- BOTAFOGO- 7- 38,89%,

16º- CHAPECOENSE- 7- 38,89%,

17º- VASCO- 5- 27,73%,

18º- BAHIA- 4- 22,22%,

19º- SPORT - 4- 22,22% e,

20º- PARANÁ- 2- 11,11%.

NOTA 4- COMEÇOU O FUTEBOL DE VERDADE

* Depois de tanto castigo assistindo jogos dos nossos times, enfim começou o futebol de verdade com a Liga dos Campeões com boas partidas e belos gols.

O Barcelona enfrentou o PSV da Holanda e em um bom jogo aplicou uma goleada de 4x0, com três belos gols do seu astro Lionel Messi. O time catalão começou bem a competição mandando um recado para os demais participantes que está vivo.

O outro jogo que assistimos foi um baile do Liverpool no Paris Saint Germain, que mostrou mais uma vez que é bom na França onde o futebol é fraco e sem adversário.

O time inglês fez um primeiro tempo arrasador com o placar de 2x0 com chances de ser mais elevado. A equipe francesa observou o adversário jogar.

Neymar pouco produziu, uma figura apagada, o que aliás vem acontecendo há muito tempo, mas os puxas do Brasil continuam endeusando-o.

Mbappé também teve poucos momentos de bom futebol e marcou um dos gols do seu time.

No segundo tempo mesmo jogando bem melhor, o Liverpool abriu a guarda e de forma injusta o adversário empatou.

Firmino que estava no banco de reservas por conta da contusão no olho, entrou no final e chamou o feito à ordem, desempatando a partida com um bonito gol.

Os Deuses do Futebol sentiram que o empate não era justo para a equipe inglesa que tinha dominado a partida de forma integral, deixando o Saint Germain como mero observador.

Não assistimos em nenhum dos dois jogos reclamações contra os árbitros, nem violência entre os jogadores.

Um jogo limpo entre times de países civilizados. Nós estamos na era dos Dinossauros.

NOTA 5-  O FLAMENGO LIDERA NAS EXPULSÕES

* O Flamengo é o líder disparado no ranking dos cartões vermelhos no Brasileirinho. Nas 25 rodadas somou nove expulsões.

A seguir vem:

América-MG (7),

Vasco (6),

Botafogo (5),

Atlético-PR, Palmeiras, Paraná e, São Paulo (4),

Vitória e Internacional (3),

Atlético-MG, Ceará, Sport e, Chapecoense (2),

Bahia, Cruzeiro, Fluminense, Grêmio, Corinthians e, Santos (1).

NOTA 6- O FIM DA CLÁUSULA VASCO EM 2019

* A famosa cláusula Vasco foi implantada quando do rebaixamento do time vascaíno, que ficou recebendo a cota integral dos direitos de transmissão mesmo na Série B.

Depois disso todos outros times ficaram com esse direito.

O grupo é composto por 18 clubes, Vasco, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Cruzeiro, Sport, Goiás, Bahia, Vitória, Coritiba, Grêmio e Internacional.

De acordo com o novo contrato com a televisão para os direitos de transmissão, qualquer um desses clubes que for rebaixado para a divisão inferior terá uma cota de R$ 6 milhões.

Sem duvida um desastre.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- BONS PÚBLICOS E POUCO FUTEBOL

* A 25ª rodada manteve o bom público das anteriores, com 233.526 pagantes, com uma media excelente de 23.356 por jogo.

Apesar disso, nove dos jogos realizados tiveram pouca qualidade, com times escalados com três zagueiros, três volantes, proibindo os gols. O que salvou a rodada foi o jogo de ontem entre a Chapecoense e Internacional.

Foram 19 gols com uma média de 1,9 por partida.

O futebol que está sendo jogado em nossos gramados vai terminar espantando os torcedores, desde que os times estão jogando com muros à frente das defesas, e os empates e resultados diminutos tomaram conta.

Nessa rodada os mandantes venceram seis partidas, e com quatro empates. Um campeonato de abarrancados.

No TOP 10 somente o Grêmio e Corinthians venceram. São Paulo, Palmeiras, Flamengo, Atlético-MG, Cruzeiro e Santos empataram, e o Fluminense e Internacional foram derrotados.

Na parte mais baixa, apenas o Ceará, Botafogo e Atlético-PR e a Chapecoense tiveram vitórias, enquanto América-MG, Sport, Vitória e Paraná foram derrotados. Bahia e Vasco empataram.

Foram realizadas 249 partidas, com 134 vitórias dos mandantes, 42 dos visitantes e 73 empates. O placar de 1x0 aconteceu por 47 vezes, o 1x1 por 33 vezes e o 0x0 foi anotado em 30 jogos.

A média do público estabilizou com 18.230 pagantes por jogo.

Tal fato é sem duvida a única coisa boa que está acontecendo no atual Brasileirinho.

NOTA 2- EM PLENA RETA FINAL DA SÉRIE B A DANÇA DOS TÉCNICOS CONTINUA

* O futebol brasileiro é inigualável em suas lambanças. Entre essas a dança dos técnicos que continua em vigor na Série B Nacional.

Na fase do desespero os clubes continuam tocando a musica, tirando as cadeiras e demitindo técnicos. Nesse final de semana duas cabeças rolaram. Doriva no CRB e Tcheco no Coritiba.

O clube paranaense é recordista na dança das cadeiras, com quatro demissões na temporada enquanto o time alagoano concretizou a terceira. Isso faltando apenas 11 rodadas para o final da competição.

O Coxa irá tentar o impossível sob o comando de Argel Fucks, o de chegar ao G4. Pelo andar da carruagem tal fato não irá acontecer nem que a vaca tussa.

Por outro lado o CRB vendo o rival com as chuteiras na Série A, e depois de voltar para a zona do rebaixamento foi buscar Roberto Fernandes como a sua tábua salvadora.

Na verdade os dois clubes estão pagando por suas péssimas gestões, e mudar de comando até hoje nada resolveu.

Ambos estão apostando em técnicos com perfis idênticos que usam a força dos gritos com os seus jogadores.

Se isso valesse esses técnicos seriam convocados para a seleção do Circo.

Com essas duas danças, são 25 técnicos degolados em 27 rodadas da competição.

Isso é o futebol do Sanatório Geral, e da ala do Bloco dos Napoleões retintos.

NOTA 3- A DANÇA DOS MÉDICOS DO GRÊMIO

* Um novo modelo da dança das cadeiras foi adotado pelo Grêmio, ao demitir os médicos do seu departamento do futebol profissional. Dançaram Marcelo Bolzoni e Felipe Castro.

Segundo as mídias gaúchas a medida foi para atender o técnico Renato Portaluppi que a cada dia que se passa está mais forte no clube, com amplos poderes.

As saídas tem relação com as lesões de Jael e André.

No caso de Jael, a demora para a realização da cirurgia causou desconforto. O jogador precisava passar por uma artroscopia no dia 10, mas teve que esperar pelo retorno do médico Bolzoni que estava viajando. A demora incomodou o treinador.

A chamada gota d'água teria sido a lesão de André, que queixou-se de dores musculares antes do Gre-Nal, mas que acabou sendo liberado para o jogo, e dias depois teve constatada a lesão que irá tira-lo dos gramados por 15 dias, inclusive da Copa Libertadores.

Na verdade a pressão é muito grande da parte dos treinadores, que querem os jogadores prontos para os jogos, e os médicos são chamados para realizarem milagres, e terminam pagando quando os resultados não são positivos.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- A FIFA E AS MUDANÇAS NAS REGRAS DE TRANSFERÊNCIAS DOS ATLETAS

* A FIFA estuda algumas alterações nas regras das transferências de jogadores, cujo mercado movimenta R$ 30 bilhões por ano.

Um dos itens é o de referenciar os valores de transferências a um algoritmo de Valuation, com uma penalidade acima desse valor.

Outros pontos estão sendo discutidos, tais como: 

Limitar o total das contratações por clubes durante a temporada,

Criação de uma nova certificação para os agentes,

Criação de um passaporte digital para os jogadores, para assegurar o pagamento do mecanismo de solidariedade ao clube formador,

Limitar salários em relação ao faturamento dos clubes,

Criação de Câmera de compensação independente para registrar as transferências e,

Limitar as comissões dos agentes a 5% do valor das transferências.

Na realidade um avanço, mas irá encontrar barreiras pela frente, em especial dos agentes.

NOTA 5- UM BASTA A ANARQUIA NO FUTEBOL

* Um jogo de futebol no Brasil transformou-se em um produto da anarquia.

Dirigentes, técnicos e jogadores pressionam os árbitros sem o menor constrangimento.

Qualquer marcação surge uma roda em torno do mediador, e na maioria dos casos sem motivo.

Reclamam de forma exacerbada, ameaçadora, e os árbitros assistem de forma passiva, quando tem em mãos o mecanismo de dar um basta nessas atitudes.

Os técnicos passam os 90 minutos e mais os acréscimos reclamando junto aos auxiliares. Justificam os erros dos seus clubes jogando para a plateia culpando os apitadores. Já virou uma rotina.

As brigas entre os atletas estão se tornando usuais, transformando os gramados em octógonos de UFC.

O mais grave do processo está no final da partida, quando cercam a arbitragem para reclamações acintosas e quase à beira da violência.

No último jogo entre Santos e São Paulo, Cuca, técnico santista teve seus momentos de glória junto a torcida quando ficou desacatando Ricardo Marques no meio do campo, por conta de ter encerrado o jogo sem esperar o contra-ataque do time santista.

A medida foi correta, desde que esse tinha dado mais um minuto para a cobrança da falta contra o São Paulo, e logo após encerrou o jogo.

Além de Cuca os jogadores do Peixe o cercaram.

Assistimos diversos jogos do futebol europeu, e a única aproximação dos atletas junto aos árbitros  é para cumprimenta-los. Nada mais. No Brasil é para agredi-los.

O problema é que temos uma entidade desmoralizada que não tem coragem de resolver o assunto, que sem duvida é muito simples com a utilização dos cartões.

Reclamou um cartão, e na segunda vez uma expulsão.

Outro fator que desmoraliza o comando do jogo são as simulações dos jogadores, para ganhar tempo, em especial os goleiros que são atendidos no campo. Esse modelo já faz parte das táticas explicadas nos vestiários.

São detalhes que apequenam o futebol brasileiro, e ajudaram em muito para a sua decadência, que só não é observada por uma mídia alienada.

NOTA 6- EM UM GRANDE JOGO A CHAPECOENSE AJUDA O SÃO PAULO E AFUNDA O SPORT

* Os jogos do final de semana pela 25ª rodada não deixaram boa impressão nos torcedores.

A salvação aconteceu na noite de ontem por conta da partida entre a Chapecoense e o Internacional, que foi sensacional, com emoções até o apito final.

Um jogo com a marcação de três pênaltis, com uma boa arbitragem e dois times buscando a vitória por 97 minutos.

O Colorado de pênalti saiu á frente do marcador, quando o time da casa estava melhor na partida. O Verdão não amofinou-se com o placar e intensificou o volume do seu jogo empatando a partida. A Chapecoense manteve o volume de jogo, inclusive com maior posse de bola.

A primeira fase terminou com o empate de 1x1.

No segundo tempo a pressão do time de Chapecó continuou e aos 36 minutos o jogador do Inter, Victor Cuesta, com as mãos impediu que a bola tivesse continuidade, e o árbitro com a ajuda do samambaia anotou o pênalti.

Leandro Pereira que tinha marcado o primeiro gol, conseguiu anotar o segundo.

As emoções não pararam, quando o Colorado partiu para o tudo ou nada, e conseguiu a marcação de um pênalti aos 47 minutos, que foi cobrado por Leandro Damião e com a defesa do goleiro Jandrei.

Os Deuses do Futebol não abandonaram o time que foi melhor, que proporcionou um dos melhores jogos do Brasileirinho, e que não merecia o empate.

Com esse resultado, a Chapecoense ajudou o São Paulo que assumiu a liderança com dois pontos de diferença para o Internacional e ao mesmo tempo afundou mais ainda o Sport que independente dos resultados da próxima rodada irá continuar na zona da degola.

Por outro lado, a alegria do Ceará durou 48 horas, quando retornou a zona da degola por conta da subida da equipe catarinense.

Escrito por José Joaquim

Com o encerramento da 25ª rodada do Brasileirinho, o Sport chegou ao ápice no percentual para ser degolado pela foice da Caetana, com 90% de chances para o desenlace.

Só perde para o lanterna Paraná com 99,9%, que ainda está salvo pela matemática, mas rebaixado pelo virtual. Não existe nenhuma possibilidade para uma fuga do time paranista, e já pode se preparar para voltar para a Segunda Divisão, local que não deveria ter saído.

O rubro-negro da Ilha do Retiro cometeu erros graves na trajetória da competição, inclusive na escolha dos seus treinadores. Na era de Claudinei Oliveira o time teve um bom inicio até a nona rodada, daí em diante entrou na roda viva com uma queda mesmo antes da paralização na Copa do Mundo.

Nessas 12 rodadas o time somou 18 pontos, e na continuação ainda sob o comando desse técnico somou apenas 1 em 4 jogos, quando pediu demissão. Tinha 39,58% de aproveitamento.

O comando do clube continuou pisando na bola, ao contratar Eduardo Baptista que vinha de uma passagem fraca no Coritiba na Série B. O time necessitava de um técnico com um outro perfil.

Em sete jogos sob esse comando o Sport somou apenas 4 pontos em 21 disputados, com 19,0% de aproveitamento, 1 vitória e 1 empate e 5 derrotas.

O retrospecto do Velho Leão é desanimador. Como mandante tem um aproveitamento de 47,22%, e como visitante, apenas 17,95%. O time está na 19ª colocação, tendo ainda dois clubes à sua frente na Zona perigosa que terão que ser ultrapassados, além daqueles que estão no entorno. 

Numa rodada que seria o divisor de água, como a 25ª, jogou por fora as chances de fugir da degola, que seria o primeiro passo. As vitórias do Ceará, Botafogo, Atlético-PR e Chapecoense foram destruidoras.

Nas 13 rodadas que faltam para o encerramento da competição, o Sport tem uma sequencia de partidas complicadas contra times que disputam o título, como classificação na Libertadores.

Nas quatro primeiras rodadas, o rubro-negro jogará com o Palmeiras (C), Atlético-MG (F), Internacional (C) e Atlético-PR (F). Os adversários seguintes serão o Vasco (C), confronto direto, Grêmio (F), Ceará (C), com confronto direto, Fluminense (F), Vitoria (C), confronto direto, Flamengo (C), Chapecoense (F), confronto direto, São Paulo (F) e Santos (C).

Obvio que são várias pedreiras e com poucas chances de vitória para o time pernambucano.

Os cálculos de probabilidades mostram a necessidade da conquista de 44 pontos para fugir da degola, e por conta disso o Leão terá que conquistar 21, ou seja 53,8% de aproveitamento quando hoje tem apenas 32%, ou seja, uma tarefa difícil.

O Sport terá 7 jogos em casa, e 6 como visitante. Se aplicarmos os seus aproveitamentos nesses dois segmentos, poderá conquistar 12 pontos, que fica muito além das necessidades.

Por mais boa vontade que se possa ter nas analises dos números, esses estão ficando cada vez mais frios, e tudo nos levar a crer que o rebaixamento acontecerá quando o Leão completar a 17ª derrota. O time terá que ganhar os seus jogos, e ao mesmo tempo torcer contra os adversários, já que nessa reta final da competição serão apenas quatro confrontos diretos.

Lamentável o que está acontecendo com o Velho Leão.

Escrito por José Joaquim

No Brasil, quando se lança uma ideia no lugar de discuti-la, essa passa a ser torpedeada mesmo sem uma analise mais profunda. Existe um vanguardismo do atraso pronto para combater qualquer iniciativa que deseja alterar o status quo dominante.

É o que chamamos de ¨Vanguarda do Atraso¨.

Na ocasião em que o Movimento Bom Senso FC divulgou as suas propostas para o futebol, os representantes do atraso procuraram as mídias para mostrar que essas eram inviáveis, sem ao menos lerem o documento completo. O abafaram.

Propostas são para serem discutidas, e não um ponto final no processo, e caberia ao Circo assumir o tema, e abrir o debate entre todos que desejam mudanças, mas isso não aconteceu e não irá acontecer quando surgirem outros movimentos como esse, desde que a entidade da Barra da Tijuca é o Sepulcro dos Vanguardistas do Atraso.

Como se pode afirmar de forma açodada que não existem recursos para a implantação de uma nova Série no futebol nacional, sob a alegação de que os clubes iriam quebrar. O mesmo aconteceu com o pleito para que a Série C tenha o mesmo formato das duas divisões maiores.

Na verdade, quebrados já estão, principalmente os menores que só jogam três meses por ano e desaparecem do sistema, esperando a safra do ano seguinte. Quebrados estão os ¨grandes¨, com débitos vultosos, vivendo uma vida mentirosa e com fausto, quando atrasam salários dos seus jogadores e funcionários.

Os vanguardistas do atraso não entendem que quanto mais times jogando, mais novos atletas irão surgir no universo do futebol, redundando em uma queda da inflação salarial por conta de uma maior oferta de talentos.

Eles desejam que a indecente concentração de renda continue a dominar o futebol nacional, onde o abismo entre pobres e ricos aprofunda-se cada vez mais, mesmo sabendo que cedo ou tarde o fato irá atingir a todos, desde que as suas sobrevivências dependem do coletivo.

A manutenção dos estaduais é mais um vitória da vanguarda do atraso, mostrando uma decadência patológica e prejuízos para os clubes.

Aqueles que defendem o atraso são os mesmos que não permitem a democratização do esporte, pela ausência de uma transparência que para eles não vale nada.

O futebol nacional deveria criar uma Vanguarda do Desenvolvimento para combater a dos atrasados que são os responsáveis pelo que acontece nesse esporte.

O problema maior do futebol é a sua administração amadora, e de pessoas que estão no cargo muitas vezes por interesses pessoais.

Está na hora dos profissionais sérios o assumirem.