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Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro perdeu a sua qualidade à partir do ano 2000, e tal fato é comprovado através de pesquisas nas décadas de 50 a 90, que mostram as mudanças que aconteceram de forma invertida, do bom para o pior desse esporte.

O esporte da chuteira perdeu a sua essência, perdeu as suas raízes históricas, quando os craques proliferavam nos gramados, e um jogo era um espetáculo, e não um evento grotesco e que assistimos nos dias de hoje.

O mercantilismo roubou a magia desse esporte, que era constituída por grandes jogadores que desfilavam em nossos gramados, com uma maioria formada em casa, ou das outras regiões, em especial no nosso estado.

Precisamos trazer de volta a alegria futebolística, que foi destruída pela falta de competência e criatividade dos novos cartolas. O físico passou a dominar, superando a técnica.

Os brucutus tomaram conta do pedaço, instigados muitas vezes por seus treinadores.

O volume de recursos que chega ao futebol é mal aproveitado nesse sistema de mercantilismo que ajudou bastante para a penetração da corrupção.

Criou-se no futebol ¨moderno¨ uma nova fórmula de jogo, a de não querer ganhar e também o de não perder. Esse esporte virou uma prova de Fórmula 1, onde quem corre mais ganha. Os gramados ficaram pequenos por conta do defensivismo. Vários ônibus são postados à frente das defesas. O placar de 1x0 é uma goleada. Os empates proliferam.

O cabelo, as roupas psicodélicas, as namoradas dos jogadores, os ¨fakes¨, representam para os marqueteiros, uma maior valia do que esses apresentam em campo. Tem jogador que conta com um maquiador em sua ¨entourage¨ atuando antes dos jogos. Vivemos uma época em que o marketing é grande e o futebol bem pequeno.

O improviso desapareceu, e dar um chapéu, uma pedalada, ou uma caneta no adversário é crime de lesa-pátria. As táticas dos novos ¨professores¨ para manterem seus empregos não deixam que isso possa acontecer.

Quando se disputa hoje uma competição, sabemos quem vai ganhar ou perder, tornando-se impossível que um clube de menor porte tenha condições de pensar em algo mais, a não ser escapar da degola.

Todos jogam e forma igual e a criatividade deixou de existir. Até as camisas dos clubes foram estupradas, perderam as suas verdadeiras cores, e deram seus lugares às ¨obras de arte¨ dos marqueteiros, com um verdadeiro arco-íris.

Na realidade, o que nós gostaríamos era o retorno dos bons tempos, quando o futebol fazia parte do lazer, e que foi transformado em uma grande enganação. Todos os seus segmentos se apequenaram.

Precisamos partir na busca da qualidade perdida para que possamos ter de volta o bom futebol, e não o que estamos vivenciando nos dias de hoje.

O ¨TITÊS¨ NÃO PODE PROSPERAR.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- APITO AMIGO E MAGRÃO SALVAM O SPORT

* O Sport mais uma vez teve a ajuda do apito amigo para não sofrer uma derrota frente ao Cruzeiro. Um gol legitimo foi anulado pelo apitador Vinicius Dias, que ficou com tanta vergonha que no final do jogo pediu desculpas ao técnico Mano Menezes.

Todos os anos os árbitros escolhem um time para prejudicar, o dessa temporada o sortudo foi o time celeste com cinco gols anulados.

Apesar de ter atuado com um time misto, o Cruzeiro foi melhor em campo, embora sem jogar um bom futebol, o que vem fazendo há algum tempo. Esse foi o terceiro empate seguido nos jogos da Raposa.

O jogo foi tão medíocre, um nível técnico baixo que não conseguimos detectar um único destaque. O Sport esforçado, mas sem qualidade.

Aliás o time da Ilha do Retiro com as substituições procedidas estava com cara de Série B, misturada com a C.

Utilizando mais uma vez o sistema Infraero, o time rubro-negro não conseguia aproveitar as bolas voadoras.

Poucas ações renderam chances reais de gol.

O Cruzeiro foi o menos ruim entre os ruins, e anda teve um pênalti cobrado por Raniel, defendido por Magrão.

O Sport na segunda etapa atacava na base de inspiração, mas sem jogadas organizadas. O time é ruim, e mesmo se esforçando não conseguia jogar de forma condizente.

A torcida mesmo sem pagar ingresso já entendeu do que acontece na Ilha do Retiro e começou a abandonar o clube, com a presença de um pouco mais de oito mil torcedores.

Somou mais um ponto, mas vai terminar a rodada na zona da degola, e terá que lutar muito para fugir dessa.

Mais uma vez a personagem do jogo foi o soprador do apito, que vinha tendo uma boa atuação, e melou ao anular o gol cruzeirense.

O mais grotesco foram as declarações do técnico Eduardo Baptista após o jogo, afirmando que o time estava melhorando.

É de fazer chorar.

NOTA 2- O TIME DE TITE

* Não assistimos o ¨importante¨ jogo da seleção do Circo contra os Estados Unidos, mas ao lermos e ouvirmos algumas análises ficamos perplexos com o retorno do ufanismo das mídias do Sudeste do país.

Parecia que esse time tinha atuado contra uma seleção de alto nível, e que mostrou um maravilhoso futebol.

Por conta disso procuramos o vídeo do Sport TV, e o que vimos foi a continuidade de uma mesmice patológica.

Começando com a narração de Luiz Carlos Junior, que dava uma falsa impressão que estava acontecendo um belo jogo de futebol, quando na verdade era uma pelada internacional, um caça níquel para encher os cofres do Circo.

Um dos veículos de mídia publicou na sua capa o seguinte texto: ¨Rumo a Qatar¨. O mesmo pensamento de sempre, que já rola há 16 anos e vai continuar até o fim do século.

O time de Tite sem duvida é comandado por um pastor, que perdeu uma parte do seu poder de convencimento por conta do papelão na Copa do Mundo da Rússia.

A dependência do treinador com Neymar é grotesca, e que é notada por todos, inclusive os atletas.

Na coletiva onde anunciou o retorno da braçadeira de capitão para o atleta, como se isso fosse uma grande coisa, deixou os repórteres emocionados com tantos obas, obas. Essa faixa jamais deveria ser usada para recuperar alguém, e sim por merecimento.

O time de Tite foi instruído para falar bem do novo capitão, e por uma ¨mera¨ coincidência aqueles que foram entrevistados falaram sobre o assunto, elogiando o sempre ¨garoto¨ Neymar, que vai ficar velho sendo menino.  Uma orquestra afinada.

Neymar na seleção brasileira é aquele que foi sem nunca ter sido, e se depender desse para a Copa de 2022 é um sinal de que o esperado Hexa não irá chegar.

Quanto ao jogo é obvio que esse não merece ser comentado, desde que o adversário era um time sub-23 de um futebol incipiente, que deu o seu lugar na Copa do Mundo ao Panamá. Sem nada a destacar, e sim a continuidade do que aconteceu na Rússia.

O futebol brasileiro hoje é uma pequena sombra do que já foi, e o time de Tite não tem um bom conteúdo.

Se alguém achou que teve algo de positivo nesse encontro, deveria procurar com urgência um oftalmologista para a troca das lentes.

NOTA 3- O RANKING DOS PASSES CERTOS 

* Segundo as estatísticas do site Footstats, os laterais dominam o TOP 5 dos melhores passadores do Brasileirinho.

Quem lidera é René, do Flamengo, que é muito criticado pelas mídias cariocas de forma injusta, desde que esse tem sido um dos melhores jogadores do time rubro-negro, e os números atestam.

O interessante é que entre os cinco atletas com um maior numero de passes certos não observamos nenhum meia armador, posição essa que foi eliminada de nosso futebol.

TOP 5 DE PASSES CERTOS

RENÉ- lateral do Flamengo- 1.204 passes certos, 21 jogos,

MAICON- volante do Grêmio- 1.144 passes certos,14 jogos,

FÁBIO SANTOS- lateral do Atlético-MG- 1.111 passes certos,19 jogos,

DODÔ- lateral do Santos- 1.010 passes, 21 jogos,

SANDER- lateral do Sport-  983 passes certos, 21 jogos.

O futebol mudou e o atual no Brasil quem dá os passes nos jogos são os laterais, que na verdade deixaram de sê-los quando tornaram-se atacantes.

NOTA 4- O COLORADO SOB PRESSÃO 

* As vitórias do São Paulo e do Flamengo nos jogos realizados na noite de ontem, deixaram o Internacional sob pressão no seu jogo contra o rival Grêmio.

O tricolor paulista jogando pouco, com um futebol pequeno, sofreu para derrotar o Bahia pelo placar de 1x0, graças ao gol de Nenê no segundo tempo.

Mesmo jogando mal a equipe do Morumbi fez o dever de casa com a ajuda de 44 mil torcedores, e colocou uma vantagem provisória de 3 pontos para o time gaúcho.

O tricolor baiano foi superior no primeiro tempo, mas não conseguiu concretizar o seu melhor futebol em gols. Após o gol no segundo tempo o São Paulo melhorou mais por conta da vontade dos seus jogadores, do que na verdade de um bom futebol, e com o agravante o de sofrer para vencer, que hoje é o sistema adotado por Diego Aguirre.

O tricolor do Morumbi tem a gana, mas sofre com as poucas opções, e isso será levado até a chegada final.

O Bahia é um time de altos e baixos que não consegue firmar uma arrancada, e é um dos que vão brigar contra a degola.

No outro jogo da noite, com um insosso futebol no primeiro tempo, embora com domínio sobre o adversário, o Flamengo derrotou a Chapecoense no segundo tempo pela placar de 2x0.

No final da etapa inicial a torcida que foi bem menor do que as dos jogos anteriores, com um pouco mais de 28 mil pagantes, vaiou o time de forma uníssona. No segundo tempo melhorou, fez o placar mas deixou duvidas sobre o seu futuro.

O rubro-negro tem um futebol desorganizado, que vai sendo levado pelo esforço dos atletas.

A equipe de Chapecó está com a cara de rebaixamento, desde que está entregue a sua própria sorte que parece não estar ao seu lado.

Pelo que estamos sabendo, o treinador Guto Ferreira não irá passar dessa semana, e Wagner Mancini retornará.

Por conta desses dois resultados, o GRENAL irá pegar fogo. 

NOTA 5- O CUIABÁ REGISTRA O SEU NOME NA HISTÓRIA

* Pela primeira vez na sua história o Cuiabá chega a uma decisão de um Campeonato Nacional.

A equipe do Mato Grosso que protagonizou uma boa Série C, jogando na tarde de ontem no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto-SP, pelo jogo de volta da semifinal, goleou o time da casa que era o favorito por conta da tradição, com o placar de 3x0. O Botafogo dançou, mas está garantido na Série B.

Terminou a primeira etapa com 2x0 favorável no marcador, e no segundo tempo quando todos esperavam que iria recuar, continuou jogando para frente e conseguiu ampliar o marcador para 3x0.

Uma vitória justa de uma equipe simples, bem organizada e que irá aguardar o vencedor do jogo entre o Operário de Ponta Grossa e Bragantino para a disputa do título.

Ainda na tarde de ontem, o Fortaleza foi derrotado pelo Criciúma de forma justa, pelo placar de 2x0.

O tricolor começou ligado, partiu para cima do rival, mas quem abriu o marcador foi a equipe catarinense, através de uma cobrança de pênalti.

Na etapa final o time do Criciúma voltou disposto a liquidar o jogo, e conseguiu nos minutos finais o seu segundo gol.

O time cearense acendeu a luz amarela, por conta da proximidade do CSA que venceu o Figueirense por 2x1, graças a um frango grotesco de Denis, goleiro da equipe catarinense.

Com essa vitória a equipe alagoana ficou com uma diferença de apenas 1 ponto para o líder, que no returno vem caindo de produção.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- HAJA SOFRIMENTO

* O Sport nessa tarde abrirá a 24ª rodada do Brasileirinho jogando na Ilha do Retiro contra o Cruzeiro.

Haja sofrimento para o seu torcedor, que deveria repetir o que está pretendendo a torcida do Flamengo que propõe ficar calada nos 45 minutos iniciais no jogo de amanhã.

Um protesto civilizado. 

A briga pelo rebaixamento está mais embaralhada do que a do título. Nessa última os pretendentes são mais reduzidos, enquanto na degola o número é maior, com pelo menos 8 times correndo cabeça a cabeça. 

O rubro-negro ocupa a 17ª colocação, a primeira na ZR. Somou 23 pontos entre os 69 disputados, com 6 vitórias, 5 empates e 12 derrotas, aproveitamento de 33%.

Por sua vez, a equipe mineira está longe do perigo, mas bem longe do sucesso que seria o de brigar pelo título, fez a sua opção pela Copa do Brasil e Libertadores. Está no 7º lugar na tabela de classificação com 8 vitórias, 8 empates e 7 derrotas, um modelo balanceado, e um aproveitamento de 46,5%.

Nos últimos cinco jogos que foram realizados, o Sport somou apenas 3 pontos, aproveitamento de 20%, enquanto o Cruzeiro abusou de empates (4) com apenas 1 vitória, com 7 pontos (47%).

Como mandante a equipe da Ilha do Retiro tem um aproveitamento de 48%, enquanto a equipe Celeste como visitante, tem 30,6%.

O número de gos do Cruzeiro é grotesco. Na competição vazou as redes adversarias por 19 vezes, ou seja 0,82 por jogo, o que é muito pouco em relação a qualidade do elenco.

Apesar de atuar hoje com um time alternativo, a equipe Celeste é a favorita, pois o Sport não tem mostrado nada para uma possível recuperação, e com a gravidade de ter aprendido a perder, tanto em casa como fora.

NOTA 2- AS ESTATÍSTICAS FALAM

* A maior parceira do futebol tem um nome: ESTATÍSTICA. Essa dá o norte de uma competição quando apresenta os seus números.

Existem bons sites de estatísticas, e um dos mais seguros é Footstats de onde retiramos bons números para as nossas análises.

Ao buscarmos dados nos deparamos com um ranking de clubes das Séries A e B, com relação aos números de chutes que receberam em direção ao gol, e o momento em que a bola balançou as suas redes.

Uma estatística interessante e que mostra de forma clara a razão de alguns times estarem lutando contra a degola.

O Vasco que está à um passo de entrar no inferno futebolístico, é o time que menos precisa receber um chute em direção ao seu goleiro, para levar um gol. De acordo com o site, a cada 6,79 finalizações do adversário, o time da Colina toma um gol.

Pelo menos oito clubes que estão fugindo da Caetana, se encontram na situação do cruzmaltino. Tal fato não acontece por acaso, é uma realidade.

O segundo lugar do Ranking é o Vitória cuja campanha está sempre ligada a degola. Em cada 7,53 chutes recebidos sofre um gol. A seguir: SPORT- com 7,85, Paraná- 8,21, Chapecoense- 8,59, Bahia- 8,61, Fluminense- 9,07 e, Botafogo- 9,22.

No sentido inverso, os clubes que estão no TOP 10 tem números bem diferentes. O melhor é o líder Internacional, que para levar um gol é necessário 21,15 finalizações contrarias, seguido pelo Grêmio, com 19,0, Corinthians- 13,94, Palmeiras- 13,91, Flamengo- 13,0 e São Paulo- 12,23.

Contra os fatos não existem argumentos e os números retratam isso.

NOTA 3- POUCOS GOLS E UMA QUEDA NA MÉDIA DE PÚBLICO NA 23ª RODADA

* A 23ª rodada do Brasileirinho deixou a marca de um futebol ligado a retranca, o que motiva a ausência de gols.

Nos 10 jogos realizados apenas 18 bolas furaram as redes, com uma grotesca média de 1,80 por partida.

Por outro lado a queda do público foi gigantesca, caindo de 227.779 pagantes na rodada anterior, com uma média de 22.799 por jogo, para 167.577 torcedores e uma média de 16.577.

Por conta disso a media geral que tinha ultrapassado os 18 mil pagantes por jogo, caiu para 17.780.

Mais uma rodada em que os visitantes não tiveram vitórias.

Os mandantes ganharam 6 partidas, e as quatro restantes tiveram resultados iguais. Foi uma das piores rodadas de toda a competição, com um baixo nível de qualidade.

No total geral, nos 228 jogos que foram realizados os mandantes venceram 120 partidas (52,63%), visitantes 41 (17,98%) e com 67 empates (29,39%).

É um verdadeiro campeonato de abarrancados.

NOTA 4- O CAMPEONATO QUE DE TUDO TEM UM POUCO

* Não existe nada melhor do que assistir os jogos da Série B.

Nesses de tudo tem um pouco.

A vontade de jogar, a luta pelos três pontos, e apesar da pouca qualidade técnica dos disputantes, as partidas são movimentadas, principalmente equilibradas.

Ontem assistimos alguns jogos da 26ª rodada, e mais uma vez o elevador funcionou quando tirou o Avaí do G4, dando o lugar ao Atlético-GO.

O sobe e desce continua a todo vapor.

A melhor partida foi sem duvida a do desesperado Paysandu, que vinha de sete partidas sem vitória, contra o Avaí.

O Papão estreava o terceiro técnico da temporada, João Brigatti, que tinha sido demitido da Ponte Preta, e parece que isso motivou o time para uma boa exibição. Jogou com a vontade de ganhar, para pelo menos sair do grupo do Z4 de forma provisória.

O Paysandu foi melhor nos dois tempos, abriu o placar, mas foi vitima do impossível acontece, quando um atleta do adversário no segundo tempo, com 13 segundos no gramado empatou a partida.

A equipe paranaense não desanimou e aos 43 minutos virou o placar para 2x1, tirando o Avaí do G4 e saindo do Z4, e irá secar o Brasil de Pelotas e o Juventude nos seus jogos de hoje.

Nos demais jogos, o Atlético-GO derrotou o Oeste por 2x1, em um jogo de boa movimentação. Foi uma partida das pornografias saídas dos bancos dos reservas através dos dois treinadores.

Como o estádio estava muito vazio, o que se ouvia era um aula de uma pornochanchada brasileira. Uma vergonha que poderia ser evitada tirando os microfones dos locais.

O time goiano voltou ao G4.

No terceiro jogo, o BOA que estava desesperado com a lanterna de Diógenes, conseguiu aos 43 minutos do segundo tempo o seu gol salvador, contra o Guarani.

Nessa partida, Douglas Baggio do time mineiro, foi protagonista do também impossível acontece, ao perder um gol sozinho, sem goleiro e numa distância de dois metros para a meta do adversário. Foi grotesco.

Finalmente o quarto jogo envolveu o CRB e Guarani, e que terminou com o empate de 1x1. O time alagoano irá rezar para as derrotas do Brasil de Pelotas e do Juventude, para que não possa voltar para o inferno.

Na realidade para quem gosta de um futebol interessante a Série B é um prato cheio. Nos divertimos.

NOTA 5- OS NÚMEROS DO COLORADO 

* Ainda falta muita água para rolar por baixo da ponte com relação ao Brasileirinho, mas o Internacional pode ser considerado como o time a ser batido pelos adversários.

Nas 23 rodadas já realizadas, os números são bem favoráveis ao Colorado. O time tem a campanha mais linear entre os que disputam o título.

O Internacional é o melhor mandante junto com São Paulo com um percentual expressivo de 81,8% de aproveitamento, assim como como visitante, também ao lado do tricolor paulista, com 52,8%.

Um número que impressiona é que a equipe gaúcha nos seus últimos 19 jogos, perdeu apenas um.

Não cai, apenas sobe na tabela, desde a 15ª rodada, quando era o 5º colocado, cinco pontos atrás do líder na época, o Flamengo. Hoje lidera.

O GRENAL de amanhã será o grande divisor de águas, e uma vitória Colorada alargará mais o seu caminho.

O Beira Rio receberá o maior publico do ano, desde que os ingressos esgotaram-se desde a quarta-feira.

Um jogo imperdível. 

* Números do Blog do jornalista Hiltor Mombach , do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre.

Escrito por José Joaquim

POR FERNANDO FERREIRA 

Estamos em época de eleições, um ótimo momento para lembrar das semelhanças entre o modelo político tradicional e o modelo político do futebol.

Como você sabe, nosso padrão politico é o de formação de coligações de partidos em torno de candidatos ao executivo, que uma vez eleitos distribuem aos seus apoiadores espaços no governo na forma de todo o tipo de benesses, cargos em ministérios, estatais, autarquias, agencias, etc.

Nos Clubes de futebol ocorre exatamente o mesmo.

Os Conselhos Deliberativos abrigam os ¨políticos¨ que se reúnem em vários grupos, cada um com suas ¨identidade e propostas¨.

Cheios de ¨bons propósitos¨ esses seres negociam seu apoio politico junto aos candidatos a presidente do clube, e caso a sua chapa seja vencedora recebem sua compensação na forma de distribuição de vantagens e privilégios dentro dos clubes.

Claro que os mais influentes trocam seus votos pelos cargos mais relevantes como as diretorias de futebol, marketing, comercial, jurídico, etc.

E assim como ocorre em Brasília, nos diversos clubes também não é necessário experiência prévia nem dedicação para ocupar os cargos, o importante mesmo é ser parte do grupo de apoio e dar sustentação política ao mandato.

E não para por aí.

Após as eleições eles já começam se articular para a próxima, repetindo aí também o mesmo padrão de comportamentos dos políticos tradicionais, com direito a entregar cargos e retirar apoio de presidentes que não estão indo bem, mudar de grupos políticos, etc.

Nesse cenário, as necessidades do clube são deixadas em segundo plano em comparação às ambições politicas de cada um.

Mas tudo, claro, em nome do amor ao clube.

* O autor desse artigo foi fundador da Pluri Consultoria, que hoje transformou-se em um grupo empresarial com atuação em diversas áreas do segmento esportivo, onde ocupa o cargo de diretor.

Escrito por José Joaquim

A renovação é algo fundamental em todos os setores que fazem uma sociedade.

Até as células de um corpo humano passam por transformações.

O futebol brasileiro promoveu por conta de problemas financeiros uma mudança radical no perfil dos treinadores, dando espaço para os mais novos, que seria salutar se esses tivessem o preparo adequado para tal.

Na realidade foi uma safra decantada por todos como o futuro do esporte da chuteira no país, onde achavam que os mais experientes estavam com os dias contados.

Existe algo que não foi observado de que lideres são feitos com esforço, estudo e trabalho diário, e não com um passe de mágica.

Em qualquer profissão se exige uma formação adequada, através de cursos, de contatos com profissionais experientes, e sobretudo de estágios em clubes de ponta.

Um diploma de técnico de um curso do Circo é apenas um pedaço de papel, desde que em nível mundial não é levado em consideração. Ser ex-jogador de futebol também não é a garantia de que esse será um bom técnico.

Quando a renovação começou, que deu certo no seu inicio em alguns clubes, só ouvíamos e liamos, os mais diversos elogios e projeções para um novo futebol brasileiro.  Finalmente a casa caiu por falta de um bom alicerce. 

As novidades de então não deram certo, e aos poucos foram sendo substituídos por aqueles com mais experiência de vida.

Fizemos uma relação de 16 profissionais que tinha esse perfil, e somente um está tendo o sucesso, Odair Helmann, do Internacional, desde que os demais ou já dançaram, ou continuam pendurados em um fio tênue perto de quebrar.

Idade não é documento, e sim a capacidade.

Existem profissionais jovens e competentes em todas as profissões, mas com as bases solidas de formação através de cursos dos mais diversos, de experiências em lugares mais adiantados.

Na noite da quarta-feira mais um desses jovens caiu na dança das cadeiras, Osmar Loss, do Corinthians, outro está perto de ser degolado, Mauricio Barbieri, do Flamengo.

Ambos assumiram um compromisso mais longo do que as suas pernas poderiam alcançar.

Os jovens fazem parte do futuro da nação, mas as suas capacitações são fundamentais para que os objetivos sejam alcançados.

Não se pode ser um bom técnico de futebol tendo como experiência apenas as categorias de base dos clubes, ou de auxiliares no setor profissional, isso vai mais além, inclusive estágios de pelo menos um ano em clubes europeus que tenham bons profissionais, ou mesmo na Argentina que tem uma escola da mais alta qualidade no futebol mundial.

Roger Machado, Marcos Paquetá, Eduardo Baptista, Zé Ricardo, Alberto Valentim, Jorginho, Thiago Larghi, Rogerio Micale, Marcelo Chamusca, Guto Ferreira, Fernando Diniz, Jair Ventura, Osmar Loss e Claudinei Oliveira, alguns ainda no batente, outros fora do sistema, fazem parte de uma safra que poderia ser boa, mas ficou encalhada em um silo por conta do açodamento.

Enquanto isso os mais maduros brilham, como é o caso de Luiz Felipe Scolari, com o seu futebol pragmático ressuscitou o Palmeiras, ou seja, voltamos a repetir: IDADE NÃO É DOCUMENTO.