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Escrito por José Joaquim

O Brasileirinho fechou a sua 22ª rodada no último domingo, com 58% dos seus jogos já realizados, com cinco personagens em busca de uma Taça.

São Paulo, Internacional, Flamengo, Grêmio e Palmeiras já estão dobrando a curva para a reta final da competição, com chances de que isso possa acontecer.

São Paulo e Internacional tem chances iguais de 34%. Os demais corredores estão bem abaixo desses percentuais.

O Palmeiras teve um grande crescimento no Pós-Copa, e conta com 19% de possibilidades de chegar no Photochart no primeiro lugar, seguido pelo Grêmio, 13%, e Flamengo que era o favorito, hoje conta com apenas 6%.

Os números desses clubes nas 12 rodadas antes da Copa, e nas 10 após, dão a orientação do que poderá acontecer, conforme o ranking estabelecido:

SÃO PAULO- 12 Jogos (63,8%)- 10 jogos (76,6%),

INTERNACIONAL- 12 jogos (61,1%)- 10 jogos (70,0%),

PALMEIRAS- 12 jogos (52,7%)- 1O jogos (70,0%),

GRÊMIO- 12 jogos (55,5%)- 10 jogos (66,6%) e,

FLAMENGO -12 jogos- (75,0%)- 10 jogos (38,8%).

Como podemos observar no período do Pós-Copa, o time que mais cresceu foi o alviverde paulista, enquanto o rubro-negro carioca teve a maior queda. Rolou a ladeira de vez.

Algumas variantes poderão interferir no resultado final.

Flamengo, Grêmio e Palmeiras estão em competições paralelas, e deverão utilizar times alternativos que refletem muitas vezes nos resultados, enquanto São Paulo e Internacional só tem pela frente o Brasilerinho.

Restam 16 rodadas e 48 pontos à serem disputados, e a luta será cabeça a cabeça até a linha de chegada entre o tricolor do Morumbi e o Colorado, embora o alviverde de São Paulo sob o comando de Scolari tenha conquistado um crescimento inegável, mas conta com mais duas disputas, e é bem obvio que não poderá utilizar o mesmo elenco nas três. O caminho do Brasileirinho será afetado.

Entre todos os que foram citados, o Grêmio é disparado o melhor time da competição, mais entrosado, mas a sua opção ficou com a Copa Libertadores, embora tenha tido um crescimento na pontuação do Pós Copa. 

A TAÇA está no pavilhão de chegada, e o clube que tiver o melhor Sprint final irá levanta-la.

Contra números não existem argumentos, e por isso temos a certeza de que o título ficará com um desses corredores.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- NOVE PERSONAGENS FUGINDO DA DEGOLA

* A luta contra dos clubes contra a degola no atual Brasileirinho será mais emocionante do que a do título. Sem duvida uma demonstração da decadência latente do futebol brasileiro, fato esse que a nossa altaneira imprensa não enxerga. Nove clubes tem chances de serem degolados pela foice da Caetana.

Um campeonato paralelo da mediocridade.

A maioria desses personagens desde o inicio do competição já namoravam com  zona perigosa. Nos 12 jogos iniciais que foram realizados antes da paralização da Copa do Mundo da Rússia, Vasco, Chapecoense, Vitória, Bahia, América-MG, Paraná e Ceará, ou estiveram no Z4 ou bem próximo desse.

No Pós Copa chegaram mais dois componentes dessa caravana, Sport e Botafogo. Alguns melhoraram as performances no segundo período, como o tricolor baiano e o Coelho Mineiro, enquanto, o alvinegro carioca e o rubro-negro pernambucano rolaram na ladeiras do Corcovado e da Sé em Olinda.

O time pernambucano terminou a fase Pré-Copa com 19 pontos (52,7%), enquanto o alvinegro carioca estava na 9ª colocação, 17 pontos (47,2%). No Pós-Copa conquistam apenas 4 (13,3%) e 8 pontos (26,6%) respectivamente.

Os percentuais de chances de degola desses nove clubes são os seguintes: PARANÁ- 99,5%, SPORT- 63,2%, CEARÁ- 46,0%- CHAPECOENSE- 42%, BOTAFOGO- 39%, VITÓRIA- 37%, VASCO- 28,2%, AMÉRICA-MG- 17% e, BAHIA- 7,8%.

Para que se tenha uma ideia exata da realidade, o Sport nos 10 jogos que foram realizados após a Copa, conquistou 4 pontos (13,3%), o Paraná somou apenas 5 (8,33%), a Chapecoense, 7 (23,33%), Botafogo, 8 (26,6%) e, Vasco, 9 (30,0%). O Ceará ficou entre os sete melhores dessa fase, com 15 pontos (50%). Se continuar com essa sustentabilidade poderá fugir da degola.

Na realidade somente o time paranista está praticamente rebaixado, enquanto os demais poderão fugir da foice, inclusive o Sport, cujo time não merece confiança, mas apesar disso tem 36,8% de chances para conseguir esse objetivo.

NOTA 2- O NOVO PONTO DE CORTE DA SÉRIE A

* Um fato que está passando despercebido está relacionado ao ponto de corte para o rebaixamento.

Foram realizadas 22 rodadas e até o presente momento o percentual para lutar contra a queda é de 36%, com uma projeção de 41 pontos, com alguns clubes empatados, e com uso dos critérios técnicos para o desempate.

É relevante lembrar que esse limite para que uma equipe permaneça na Série A muda de rodada em rodada, mas persiste com 58% dos jogos realizados no mesmo aproveitamento.

Como a luta deverá terminar com a aplicação de critérios técnicos, as vitorias do Sport, Vitória e Ceará foram importantes. Já Vasco, Paraná, Chapecoense, Bahia, Botafogo e América MG foram derrotados e sentiram a queda de suas chances.

Tais resultados aumentaram a relevância dos três pontos.

De uma coisa temos a plena certeza de que os 45 pontos antes projetado não serão necessários, e segundo nossas projeções esse ponto de corte ficará em 43, que já está acontecendo com o Vasco o primeiro de fora da zona da degola. 

Tudo caminha para que isso aconteça, desde que a competição está nivelada por baixo. 

NOTA 3- O ICASA VENCE O CIRCO NA JUSTIÇA

* O Icasa, um pequeno clube de Juazeiro do Norte , terra do Padre Cicero, teve a coragem de enfrentar a poderosa Rede Globo, dona de nosso futebol, algo que os chamados grandes não tem coragem de fazê-lo. Se ajoelham perante o dinheiro.

O clube conseguiu uma vitória não nos gramados, mas nos tribunais.

O Circo foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro, a pagar uma indenização ao clube cearense no valor de R$ 21 milhões, por danos morais e materiais.

Motivo, no ano de 2013, o Figueirense (SC) escalou irregularmente um jogador na Série B do Brasileiro. O Icasa protestou, mas a entidade não detectou o erro e o assunto foi arquivado.

Depois de algum tempo quando essa irregularidade foi comprovada o Brasileirinho já estava em andamento, com a presença da equipe catarinense, que terminou em 4º lugar, com o time cearense em 5º.

Os clubes devem ter o sentimento de que devem lutar por seus direitos, mesmo contra poderosos agentes.

Obvio que cabe recurso à tal decisão, mas a vitória inicial é o ponto de partida para que as outras instancias possam acompanhar.

Com as bênçãos de Padre Cicero certamente o clube terá sucesso.

NOTA 4- UMA RODADA COM BOM PÚBLICO E POUCOS GOLS

* Muitos jogos e poucos gols é a realidade do futebol brasileiro. A busca de um gol foi substituída pelos ônibus biarticulados, que fecham as defesas de times.

A 22ª rodada foi trágica com relação as bolas nas redes, quando em 10 jogos essas só foram vazadas por 19 vezes, com uma média ridícula de 1,90 por jogo.

Na contrapartida o publico dessa rodada foi de 236.234 pagantes, com uma excelente média para os padrões brasileiros de 23.623 torcedores por jogo.

Pela primeira vez na era dos pontos corridos a média geral suplantou o limite de 18 mil pagantes.

Nessa rodada que foi encerrada no último domingo, essa passou de tal faixa, com 18.083 por jogo.

Futebol sem gols, mas com um bom público.

Houve um equilíbrio entre os mandantes (114), visitantes (41) e empates (63).

O placar de 1x0 aconteceu por 40 vezes.

NOTA 5- AS LOUVAÇÕES AO FUTEBOL EUROPEU

* Sem duvida o futebol europeu tem uma distancia para o brasileiro igual a da Terra para o Planeta Marte.

Maiores recursos, jogadores de alto nível, de todos os rincões, fazem parte do sistema.

Apesar disso os jogos das primeiras rodadas estão bem longe da qualidade de anos anteriores, embora as nossas mídias façam um estardalhaço de algo bem diferente da realidade.

Na Espanha o próprio torcedor que sempre lotava os estádios, está deixando-os na ociosidade, inclusive nas partidas do Barcelona e Real Madrid.

Assistimos os últimos jogos desses dois times, contra adversários tão fracos como o nosso Íbis. O Real goleou o Laganés por 4x1, em uma partida insossa e sem o menor gosto. Foi elogiada pelos analistas brasileiros.

A capa de nossos sites esportivos foram dedicadas ao brilhantismo de Lionel Messi, com dois gols na goleada por 8x2 contra um time igual aos piores do Brasil, o Huesca.

Se o portenho não marcasse gols contra um time mequetrefe deveria se aposentar.

Na Premier League poucos são os jogos com qualidade técnica como outrora. O público continua excelente, mas o futebol é mediano.

O Manchester City ainda não apresentou o que jogou na temporada anterior. No último jogo derrotou na bacia das almas o Newcastle por 2x1. Pep Guardiola sofreu no banco.

O Manchester United de José Mourinho penou para ganhar do frágil Burnley por 2x0. Uma pelada inglesa.

Um clube mediano, o Wattford derrotou um dos invictos, Tottenham, por 2x1. O melhor da partida foi a presença de Elton John, que já foi presidente desse clube.

Jogos bem aquém do que é na verdade o futebol da Premier League.

Na Itália apesar de Cristiano Ronaldo, que ainda não marcou gols pela Juventus, tudo continua como dantes.

Falar do Campeonato Frances não é necessário, desde que é o mais fraco de todos, e quem está salvando-o é o futebol de Mbappé, que perdeu a cabeça no seu último jogo quando foi expulso.

Parece que o futebol europeu foi inoculado pelo vírus do futebol de nosso país. Obvio que irá melhorar pelo que tem, mas hoje está concorrendo com o Brasil com seus jogos mequetrefes.

Não adianta se elogiar algo que não merece, desde que aqueles que assistem os jogos dos times do Velho Continente em nosso país não são torcedores alienados, e sabem reconhecer o que é bom e ruim.

NOTA 6- A FAVELIZAÇÃO DO ARRUDA

* Um artigo do blog do jornalista Claudemir Gomes deve ser lido por todos os que acompanham o futebol de nosso estado, e que tem um título assustador, mas real: ¨A FAVELIZAÇAO DO ARUDA¨.

Esse relata uma visita às dependências do tricolor pernambucano, e mostra a triste realidade em que essas se encontram.

Um texto excelente, que caracteriza muito bem a vida de um clube tradicional de nosso estado que vem rolando a ladeira.

Vale a pena acessar o blog desse jornalista que sem duvida é um dos últimos dos moicanos na sua profissão.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O APITO AMIGO AJUDOU O SPORT

* O jogo do Sport e Paraná foi um show de horrores.

O futebol apresentado pelos dois times na realidade ficou por conta do desespero de ambos na competição. Sem nada a ser destacado, a não ser os passes errados, e a alegria da torcida com uma vitória que só aconteceu por conta de Emerson de Almeida Ferreira, o apitador amigo das Minas Gerais.

O gol anulado da equipe paranista foi legitimo, mas como o árbitro observou de outra maneira em conjunto com auxiliar amigo, resolveu dar uma mãozinha ao time rubro-negro, com pena do sofrido Leão.

O placar justo seria o empate pelos que os dois apresentaram, o que aliás foi muito pouco.

Os erros foram grotescos, a defesa do Sport foi uma avenida aberta, com espaços para os jogadores adversários, que só não colocaram a bola na rede por conta de serem incompetentes.  

Não somos apaixonados e observamos o futebol sob um olhar critico, e o que vimos na Ilha do Retiro ontem foi uma partida que envolveu dois times que terão que rezar de joelhos por um milagre, para que possam escapar da degola.

O temor de uma reação do tricolor do Paraná era tão grande que o treinador Eduardo Baptista resolveu colocar um zagueiro no lugar de um volante para garantir a vitória do seu time.

Coisa de um time pequeno. Algo fora de propósito.

O goleiro Magrão, o apito amigo, e a trave salvaram o Velho Leão de mais um vexame.

As vezes o show de horrores virava um comédia pastelão.

O craque desse jogo foi sem duvida o torcedor, que é apaixonado e não enxerga a realidade do seu time. 

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 2- O CEARÁ CALOU O MARACANà

* Um verdadeiro Flamengaço aconteceu no Maracanã perante 55.147 pagantes, que presenciaram a vitória do Ceará frente ao Flamengo por 1x0, com um gol marcado aos 46 minutos do segundo tempo.

Uma conquista do tostão contra o milhão.

O rubro-negro da Gávea continua rolando a ladeira nesse período pós Copa, e na matinal de ontem tal fato foi confirmado.

Com uma posse de bola falsa, 38 bolas aéreas fazendo a festa do goleiro do time cearense Everson, o Flamengo sofreu com a falta de criatividade e de pontaria de seus atacantes.

O time carioca dominou a partida principalmente no primeiro tempo, ao não deixar o Ceará ultrapassar o seu campo de defesa nos 15 minutos iniciais.

Apesar disso as dificuldades para conseguir chances de gol eram latentes. A equipe cearense apostava a única bola, e por duas vezes perdeu a chance de abrir o marcador, após os trinta minutos.

Na segunda fase, o técnico Lisca optou por um time mais ofensivo, enquanto o adversário voltou desconcentrado, insistindo no futebol Infraero, com bolas voando na área da equipe do Nordeste.

O jogo continuou dessa maneira até os 46 minutos finais, quando Leandro Carvalho, do alvinegro do Ceará, aproveitou uma boa chance e marcou o gol salvador.

Na verdade o Flamengo deu uma errada impressão que era o melhor, mas o técnico Lisca mostrou muita competência na formação tática do seu time, que ficou esperando o bote final e o conseguiu.

O Ceará com essa vitória chegou aos 20 pontos e ainda sonha com o quase impossível, o de lutar contra a degola.

Um exemplo que o tostão pode derrotar o milhão.

No final da partida a torcida carioca vaiou o seu time, chamando-o de timinho, e mais ainda com palavras grosseiras xingou o presidente Eduardo Bandeira de Mello.

São coisas do futebol e de Lisca, que consegue tirar sangue de pedra.

O Ceará calou o Maracanã.  

NOTA 3- O ELEVADOR DA SÉRIE B

* A Série B que é esquecida pelas mídias nacionais, chegou à sua 24ª rodada bem equilibrada.

O elevador funciona sempre no sobe e desce para um clube.

No seu encerramento o Atlético-GO que foi goleado pelo Londrina por 4x1, cedeu o seu lugar para o rival goiano, o Goiás que derrotou o líder Fortaleza por 3x1.

O Avaí mesmo sendo derrotado pelo Figueirense perdeu um degrau, caindo para o 4º lugar.

O CSA que é vice-líder aos poucos vem perdendo a sua diferença para os demais. Após a goleada que sofreu do lanterna BOA (3x0), está sendo pressionado pelo Goiás e Avaí, com uma espaço de um ponto, e de três para o Guarani e Figueirense (5º e 6º colocados).

A situação do G4 ainda não foi definida por conta da proximidade até o 8º colocado, Vila Nova, que tem uma diferença de apenas 3 pontos.

O Fortaleza apesar da derrota do último sábado tem uma boa folga de 9 pontos para o 5º colocado, continuando como favorito ao titulo e garantido no Grupo de Acesso.

Seis clubes irão lutar pelas três vagas restantes, e o elevador irá continuar funcionando até o final da competição. O equilíbrio dos disputantes é muito grande, e isso motiva o seu sobe e desce.

Sem duvida é a melhor Série B dos últimos tempos, onde não existe um grandão entre os disputantes, e todos são iguais no gramado.

NOTA 4- A SAGA DA DEGOLA ESTÁ SE REPETINDO COM O VASCO

* O Vasco no último sábado foi goleado pelo Santos na 22ª rodada do Brasileirinho. Completou a nona derrota em 21 jogos, desde que o time carioca tem um a menos do que os rivais.

Está fora da zona da degola com uma diferença de 1 ponto para o seu primeiro ocupante.

A atual campanha é pior do que a de 2015, e igual a de 2013, quando em ambas o time vascaíno foi degolado.

O time do Vasco na atual competição apresenta um aproveitamento de 38,1%. Este é o mesmo desempenho de cinco anos atrás. Naquela oportunidade a diferença para a degola, no entanto era maior, com 2 pontos.

Em 2013 o time vascaíno foi rebaixado no 18º lugar, com 44 pontos, e aproveitamento de 38,6%.

Os próximos dados são bem mais desanimadores para os torcedores vascaínos.

Em 2008, ano da primeira queda à Série B, o Vasco tinha 25 pontos de 63 possíveis. A campanha de dez anos atrás era melhor do que a apresentada nessa temporada. Naquela oportunidade o time da Colina ocupava a 13ª colocação com três pontos a mais do que a degola. No final o clube foi rebaixado com 40 pontos, no 18º lugar, e 35,1%.

Os 24 pontos atuais só superam o desempenho do terceiro rebaixamento.

Em 2015, o time do Vasco acumulava apenas 13 pontos na lanterna do Brasileiro. Após as 17 rodadas, foi degolado na 18ª posição, com 41 pontos, e 36% de aproveitamento.

Um raio não cai por duas vezes no mesmo lugar, mas no caso do clube da Cruz de Malta isso poderá acontecer.

São coisas do futebol brasileiro.

* Números do site sr.goool

NOTA 5- O MELHOR JOGO DA RODADA FOI O ÚNICO COM 0X0

* O São Paulo teve pela frente um jogo difícil contra o Fluminense, que apesar dos seus problemas foi um adversário duro.

O tricolor paulista teve Diego Souza expulso no primeiro tempo por conta de um lance de UFC, com uma cotovelada em Leo. Além disso assistiu o rival carioca sair à frente do placar, através de uma lambança de Anderson Martins que cabeceou contra a própria meta.

O Fluminense sustentou o placar até os minutos finais, quando em um erro de sua defesa, o São Paulo empatou.

Um jogo bem equilibrado contando com a sorte para ajudar um time que tem pinta de campeão.

Na Arena da Baixada, o Atlético não tomou conhecimento do Bahia, e no segundo tempo definiu a partida com o placar de 2x0, registrando a sua quarta vitória seguida no Brasileirinho. Deu um salto bem alto, alojando-se na 9ª posição com 27 pontos.

Em Chapecó o time da casa foi derrotado pelo misto do Palmeiras pelo placar de 2x1, numa partida sem emoções, mas que serviu para o alviverde encostar no G4, na 5ª posição, com a mesma pontuação do Grêmio, 40 pontos.

A Chapecoense está firme no namoro com o rebaixamento e a cada rodada tal fato se acentua.

O melhor jogo da rodada aconteceu no Mineirão envolvendo o Cruzeiro e Internacional. Por ironia do destino teve o único 0x0 que é o placar mais chato de um jogo de futebol.

Os dois clubes fizeram uma partida intensa, movimentada, com mais chances de gol para o time celeste, e com uma excelente formação tática do Colorado, que usa o pragmatismo como garantia para os resultados de seus jogos.

O encontro teve de tudo de um bom jogo. Poucas faltas, chutes a gol, defesas difíceis dos goleiros, sem violência, e com um ponto alto, a bola correndo no gramado e não pela via aérea.

O time gaúcho completou sete partidas sem as redes serem vazadas.

Na verdade se tivesse que ter um vencedor esse deveria ser o time mineiro, que fez uma das melhores apresentações do ano.

Após esse jogo, tomamos conhecimento que o Colorado não acertou com o Sport a negociação de Rithely e irá devolvê-lo.

É lamentável a situação desse atleta.

No final da rodada o São Paulo agradeceu os resultados dos jogos, que o deixaram na liderança, com a mesma diferença de pontos para o vice-líder. 

Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro teve uma ótima juventude com diversos craques desfilando nos gramados. Nesse período conquistou três Copas do Mundo.

Na vida biológica de um ser humano, quando esse sai da juventude passa para a fase adulta. No futebol aconteceu um fenômeno muito estranho, quando houve um salto da fase inicial para a da terceira idade, sem passar pela fase adulta para o amadurecimento.

Os reflexos estão sendo sentidos, e em especial nos gramados.

Na última rodada do Brasileirinho que encerrou-se no dia de ontem, foram 958 minutos de jogos nos estádios brasileiros, com 474 de bola rolando, e no máximo em 170 desses conseguimos desfrutar de um bom futebol.

Os minutos restantes fizeram parte de tudo que estamos assistindo nesse campeonato desde o seu início. Sentimos a falta de qualidade e de bons jogadores.

Com quase 460 atletas na competição, os destaques são ínfimos, e aquém das necessidades. Apesar de bons públicos em alguns jogos a média de ociosidade dos estádios é de 60%.

Estamos assistindo uma longa série de partidas dessa divisão maior, e  a grande maioria dos clubes está longe do bom futebol, são fracos, sem nada de novo na parte tática. Vivemos de uma correria, de bolas aéreas como fosse a salvação da lavoura, dai o bom número de gols de cabeça, e para complementar uma marcação violenta, e o sangue jorrando. 

Na era da imbecilidade em que estamos vivendo, o futebol criou a sua própria, a dos brucutus.

Aqueles clubes melhores entre os piores estão no topo da tabela, mas com algumas exceções o futebol é mediano. O torcedor está se acostumando, desde que o título de campeão na verdade é o que importa, mesmo que o ofertado não tenha o carimbo de qualidade.

Por conta desse baixo nível, a dança dos treinadores passou dos limites, e com um recorde que deverá ser inscrito no Guinness, e a cada semana aparece uma novidade. Dezenove cabeças já foram degoladas, e pelo andar da carruagem, vai chegar ao ponto de que na última rodada iremos ter um desses profissionais demitido.

Como não vamos mais aos estádios, obviamente por termos juízo, assistimos as partidas nas poltronas, muitas vezes sem o som da televisão por conta de narradores e comentaristas que analisam um jogo diferente daquele que chega à nossa casa. Ficamos mudando de canal na busca de algo que pelo menos tenha a aparência de um jogo de futebol.

A falta de um amadurecimento que é feito na fase adulta, que não aconteceu nesse esporte, provocou uma queda vertiginosa em sua qualidade. Chegou a terceira idade de forma despreparada. 

Enquanto o sistema não for mudado, para que tenhamos uma linha de vida normal, com infância, juventude e adulto, continuaremos a viver do que temos, inclusive sem escondermos a realidade, como a maioria da imprensa o faz, criando um clima do faz de conta, de fingimento e ilusório, quando a realidade é muito clara e totalmente diferente daquela que nos é apresentada, com clubes com baixa qualidade técnica, e com jogos sem emoções.

A necessidade da implantação da fase adulta é fundamental para o retorno do antigo futebol brasileiro, desde que estamos correndo para um momento em que todos irão se acostumar com a porcaria. 

Escrito por José Joaquim

Um antigo ditado chinês retrata muito bem a realidade do Brasil, e em especial a do futebol: ¨Um homem aponta para o céu. Outro olha para o dedo. Já o sábio olha para a Lua¨. Em Portugal o adaptaram para algo mais concreto: ¨Quando o dedo aponta para o céu, o idiota olha para o dedo¨.

Isso se enquadra no atual momento do futebol nacional, quando vive uma crise técnica, financeira e moral, enquanto a sociedade inclusive as mídias, ficam olhando para o dedo.

Um esporte em que alguns clubes colocam públicos grandiosos nos seus jogos, não deveria passar por problemas que o apequenaram.

Qual a razão da queda do futebol brasileiro? Má gestão? Treinadores defasados? Competições mal elaboradas? Ausência de talentos?

Na verdade, tudo isso ajudou em muito, mas nessa panelada faltou alguns ingredientes que deram motivos à curva descendente de um esporte que já foi grande e que se apequenou.

Tem que ser observado que um grande problema do futebol nacional, está ligado ao péssimo trabalho de formação.

Antes tínhamos os campos de várzea, as peladas de ruas, o antigo futebol de salão, que virou futsal, produzindo talentos e abastecendo os clubes. Os espigões destruíram os diversos campos dos bairros. Os jogadores talentosos, dribladores, que tratavam com carinho a bola nas várzeas sumiram. O Futsal marchou para o interior.

Sem essa produção as agremiações tentaram as suas formações através de escolinhas, e pouco produziram. Os melhores já tinham donos, e estavam carimbados com o nome ¨Made in Brazil¨. Nesse momento começou a rolar na ladeira.

O sistema inverteu-se. O jogador tornou-se maior do que o clube. Quando sente que um treinador está perdendo o rumo, tira o corpo, aparece as contusões, e esperando por um novo que seja de seu agrado. O ciclo pernicioso recomeça.

Por outro lado, os treinadores são demitidos, e no outro dia já estão com outra bandeira, como se nada tivesse acontecido. Na atual temporada, na Série A foram 19 mudanças, e na B, 20.

Com esse sistema fica difícil se formatar uma boa equipe, mas os cartolas aceitam, desde que passam ilesos e todas as culpas são jogadas nos profissionais de plantão que dirigiam os seus clubes.

Um modelo perverso de se preparar uma panelada, que ao ser servida provocou a morte de um esporte que já foi a paixão dos brasileiros, e tornou-se no que é hoje.

Se todos olhassem para o dedo que aponta o céu, a situação era bem diferente.