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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SÃO PAULO CONTINUA COM A BOLA DA VEZ

* A 21ª rodada foi benéfica para o São Paulo no tocante aos outros concorrentes que sonham com o titulo.

O tricolor somou 12 pontos, sendo 3 na sua vitória contra o Ceará, 6 nos empates do Palmeiras, Internacional e Flamengo, e 3 na derrota do Grêmio.

A consequência dessas ajudas refletiu-se na tabela de classificação, com 3 pontos de diferença para o Internacional (2º), 4 para o Flamengo (3º), 6 com referencia ao Palmeiras (4º), e 8 para o Grêmio (5º).

Sem duvida um grande empurrão para a equipe do Morumbi.

Além dessa combinação de resultados, os adversários estão jogando com equipes alternativas, o que facilita o seu caminho.

O único time mais perto de importuna-lo é o Internacional, mas esse embora atue no Beira Rio contra os postulantes ao titulo, tem um péssimo retrospecto quando se defrontaram.

Até agora contra os sete primeiros da tabela, derrotou apenas o Atlético-MG fora de casa por 1x0. Jogando no Beira Rio empatou em 0x0 com o Cruzeiro e Palmeiras. Jogando fora também empatou com o mesmo placar, com o São Paulo e Grêmio e foi derrotado pelo Palmeiras (turno) por 1x0, e pelo Flamengo (2x0).

Nos sete jogos marcou um gol, somou 7 pontos dos 21 disputados (33,33%). Jogando contra os demais conquistou 35 pontos dos 42 em jogo, com 83,3%.

Tal retrospecto reduziu em muito as probabilidades da conquista do Brasileirinho, a não ser que consiga uma reviravolta e some vitórias nos seus jogos de volta.

Hoje o São Paulo lidera as probabilidades de uma conquista maior, conforme os nossos cálculos elaborados ontem.

TÍTULO

SÃO PAULO- 60%,

INTERNACIONAL- 23%

FLAMENGO- 16%,

GRÊMIO- 5%,

ATLÉTIC0-MG- 4% e,

PALMEIRAS- 3%. 

NOTA 2- UM MASSACRE DOS MANDANTES  

* Nos 10 jogos realizados pela 21ª rodada do Brasileirinho, os times mandantes massacraram e tiveram 8 vitórias, e com 2 empates, sem nenhuma dos visitantes.

Algo que vem confirmar o futebol dos Abarrancados.

O público total  da rodada foi de 192.425 pagantes, com uma boa média de 19.243.

A ausência de gols ficou marcada mais uma vez, com 21 bolas nas redes, e uma média fraca de 2,1 por jogo.

Foram três 1x0, dois 2x1, dois 2x0, um 0x0,  um 2x2, e uma ¨goleada¨ de 3x1. Os ônibus biarticulados estão funcionando.

Na estatística geral da competição, os Mandantes conquistaram 109 vitórias (52,91%), os visitantes somaram 37 (17,96%) e 60 empates (29,13%).

O placar de 1x0 aconteceu por 37 vezes.

O público total é de 3.694.847, com uma média de 17.936 por jogo.

Um bom sinal por está chegando aos 18 mil, que irá acontecer pela primeira vez na era dos pontos corridos à partir de 2006. 

Os jogos não estão no bom nível técnico, mas os torcedores estão frequentando os estádios.

Pelo menos uma boa notícia.

NOTA 3- JANELA DE TRANSFERENCIA MOVIMENTA NO BRASIL QUASE R$ 1 BILHÃO

* As negociações de jogadores de futebol que entraram e saíram do Brasil movimentaram R$ 975,6 milhões até o dia 15 de acordo com dados inéditos do Circo, e que foram divulgados no blog de Lauro Jardim, do Globo.

No total, 270 atletas foram para o exterior, sendo que apenas a negociação de 59 envolveram dinheiro: R$ 800 milhões.

A janela de saída de jogadores do país termina na sexta-feira.

Por outro lado a entrada de jogadores no Brasil terminou no dia 15.

Entraram 240 jogadores no país, e apenas 17 desses envolveram valores.

Trata-se de algo que merece uma boa analise, desde que entre 270 atletas que saíram para o exterior, 211 não tiveram nenhuma transação financeira conforme o Circo.

Pelo que entendemos devem ser aqueles com os direitos econômicos liberados. A quantidade é grande.

O mesmo fato se dá na entrada no Brasil, com 240 contratados, e 227 aportaram sem ônus.

Parece que temos um jabuti pendurado em alguma árvore.

NOTA 4- ONDE ESTÁ O TRABALHO DE FORMAÇÃO EM PERNAMBUCO? 

* O futebol de Pernambuco foi forte quando tinha um bom trabalho de formação e de captação de jogadores da região.

Esse modelo foi abandonado, e os clubes vivem de contratações de profissionais de pouca qualidade, em números elevados. Os custos são altos sem o devido retorno  

Com exceção do Náutico, embora com poucos sendo utilizados, Santa Cruz e Sport não aproveitaram no time nenhum dos seus jogadores da base, numa demonstração real de que esse trabalho é de um total fiasco.

O rubro-negro colocou dois laterais improvisados no seu jogo contra o Botafogo, Gabriel de um lado, e Ernando do outro, numa invenção do treinador.

Pelo que entendemos por conta dessas opções certamente não existe no elenco nenhum especialista nas posições citadas, como também nenhum jovem oriundo desse importante trabalho.

No caso do time da Ilha do Retiro a situação é mais grave por conta do dispêndio nas categorias de base, e ano após anos não tem em seu elenco nenhum atleta oriundo desse trabalho. Everton Felipe despontou mais hoje está no São Paulo.

Algo deve estar errado.

O jogador formado em casa tem outro sentimento com a sua camisa, bem diferente daquele que vem de fora que passa um período e logo após está em outro clube.

Chegou o momento de ser repensado o nosso modelo de formação, para que em um médio prazo possamos ter uma boa safra que poderá ser utilizada no futebol profissional, e assim eliminar o vexame que o nosso futebol está vivenciando.

Ainda aparece o presidente da Federação local em uma entrevista, falando que o fim dos Todos com a Nota ocasionou a debacle do esporte da chuteira local, algo totalmente fora do contexto.

Esse programa perdeu o vigor, tinha os seus dias contados, desde que estava parasitando os nossos clubes que não procuravam outras alternativas.

O nosso problema é de gestão, inclusive da entidade local que é a maior responsável pelo que está acontecendo, que ficou sem buscar um novo modelo para ajudar na refundação desse esporte no estado.

O Todos com a Nota era bom para essa entidade, desde que cobrava a sua taxa sobre os valores distribuídos. Um mamão com açúcar.

Os clubes de Pernambuco tem a obrigação de abrir um debate sobre o futuro do nosso futebol, que pelo andar da carruagem será trágico. 

NOTA 5- UMA NOITE DE LUCAS NO OLD TRAFFORD

* O Manchester United teve a sua segunda derrota em três jogos da Premier League. Dessa vez foi com um placar acachapante de 3x0 frente ao Tottenham, do brilhante Mauricio Pochettino.

A impressão que temos é que Jose Mourinho perdeu o vestiário, e a resposta está bem clara no gramado.

O seu time foi melhor no primeiro tempo, inclusive com uma boa chance de gol perdida pelo atacante Lukalu, após um erro grave do lateral adversário. No segundo o panorama mudou e em oito minutos o Tottenham vencia por 2x0, desequilibrando a equipe dona da casa.

A pressão continuava e o visitante perdeu pelo menos duas chances de aumentar o placar, enquanto o United estava perdido no campo.

O brasileiro Lucas teve a sua primeira chance de entrar como titular do Tottenham em um jogo mais difícil, e tornou-se a sua figura maior com dois gols furando as redes adversárias, ampliando o placar para 3x0.

O último foi fruto de uma bela jogada individual, que deixou o zagueiro perdido. O atleta que foi renegado no Paris Saint Germain após as suas grandes contratações, foi uma aposta do técnico do Tottenham, e hoje demonstrou que valeu a pena.

Como a multa contratual de Mourinho com o Manchester United é elevada, desde que esse renovou há pouco tempo o seu contrato, dificilmente será demitido.

O publico no Old Trafford foi de 75 mil pagantes.

Um bom jogo por conta da atuação do time visitante.

NOTA 6- O CICLO FECHOU E O CUIABÁ ESTÁ NA SÉRIE B

* Mais uma vez as probabilidades acertaram em cheio nas previsões da Série C Nacional, que apontavam os quatro times classificados no Grupo B como favoritos ao acesso.

Em nossas postagens diárias mostramos várias vezes que esse fato era previsível de acontecer.

O ciclo fechou com o Cuiabá empatando em 2x2 contra o valente Atlético Acreano, e obtendo a última vaga da competição.

O jogo foi aloprado nos 12 minutos finais com a reação do time do Acre quando perdia por 2x0, conseguiu empatar, mas necessitava de quatro gols, que apesar da pressão o cronometro jogava contra.

Com esse resultado, o Norte e Nordeste não conseguiram colocar um único clube entre os quatro que estarão na Série B de 2019, que é o retrato da realidade dessas duas regiões, cujo futebol necessita de uma profunda renovação.

Lamentável. 

Escrito por José Joaquim

Uma frase ouvida em um dos programa da ESPN Brasil quando estava sendo debatido o atual Brasileirinho e as diferenças entre os clubes que estão lutando pelo título, com os que ficam na parte mais baixa da tabela de classificação, quando um dos participantes sugeriu que essa competição tivesse 18 participantes e apenas dois times rebaixados, com o calendário resolvido.

Uma maneira equivocada de se discutir o assunto.

Na realidade o problema não é apenas o calendário pornográfico, e sim a péssima distribuição de receitas, que motiva uma separação gigantesca. Hoje um clube menor não consegue um resultado positivo jogando contra um maior.

Os países mais desenvolvidos do planeta são aqueles com melhor distribuição de suas rendas. Obviamente que nem todos não são ricos, mas certamente não existem os miseráveis, e isso deveria ser aplicado ao futebol.

O Brasileirinho que já foi Brasileirão há anos vem se tornando uma luta de classes, onde ricos e pobre se defrontam, e sempre a vitória caberá aos primeiros que estão com o dinheiro, que é sem duvida a melhor das armas. Os números são bem duros.

Não pode ser justo que uma equipe durante um torneio com os seus concorrentes faturando três ou quatro vezes mais nas cotas dos direitos de transmissão. Mesmo que esses tenham problemas financeiros, sempre terão mais condições de investimentos. Por conta disso os proletários do futebol são meros participantes lutando contra o rebaixamento.

Na era dos pontos corridos, nenhum time de menor porte conseguiu chegar ao título, que ficou por três vezes em Minas Gerais, e onze no eixo Rio-São Paulo, que detém mais da metade do PIB nacional.

Se houvesse uma equidade na distribuição das receitas, certamente a competição ficaria mais interessante, inclusive permitindo que um clube de menor renda tenha a oportunidade de disputar uma boa colocação.

Há anos atrás o futebol brasileiro tinha 12 grandes clubes, e que aos poucos está sendo reduzido. Hoje com muita boa vontade poderemos considerar apenas oito.

Os dirigentes deveriam entender que muito dinheiro nas mãos de poucos é danoso, e se bem distribuído cria um sinergia entre todos por conta da competitividade, refletindo na presença dos torcedores.

O futebol brasileiro tem a necessidade de se transformar em algo menos previsível, já que no sistema atual em um torneio de 20 clubes, desde o seu início sabemos quem serão os primeiros, como resultante de uma engenharia financeira danosa, que não permite criar as possibilidades de que um clube proletário possa chegar a ser protagonista e lutar com dignidade numa competição, com chances, quem sabe, com uma boa estrutura, de chegar no grupo maior na tabela de classificação.

Reduzir para 18 participantes a Série A em um país continental, é de uma burrice patológica.

Lembramos que na França  quando faltou pão, a Imperatriz mandou o povo comer brioche, e veio a famosa Revolução que levou a família real à guilhotina, e no futebol brasileiro cedo ou tarde irão aparecer alguns revolucionários que lutarão contra esse sistema apodrecido, que favorece alguns em detrimento da maioria.

Contra fatos não existem argumentos.

Escrito por José Joaquim

Tomamos como parâmetro quatro clubes brasileiros para a postagem desse artigo. Santos, Coritiba, Botafogo e Sport representam as dezenas de outros que são administrados de forma amadora e sem bons gestores profissionais.

A derrota do Coritiba na noite da última sexta-feira frente ao Oeste, foi sem dúvida o gatilho disparado para provar que sem uma boa gestão, o futuro é o inferno.

A gestão profissional em nosso esporte não foi implantada de forma efetiva, e os clubes ao contratarem os gestores procuram pessoas de outras áreas, muitas vezes amigas dos seus dirigentes, e que não conhecem a profundidade de um planejamento esportivo. Batem com as caras no poste.

Por outro lado os cartolas embutem um temor de passar para um profissional as atividades do clube, tendo em vista que ao realizar um bom trabalho iria ofusca-los. Adoram entrevistas. Estudam com os fonoaudiólogos para que possam emitir uma voz que se destaque ao falarem com jornalistas.

Poucos clubes estão bem servidos nesse setor, a maioria é no improviso, e sempre com o mando do dirigente, que tem a síndrome da melancia no pescoço para aparecer.

Um pensador inglês do século XVII, James Harrington, escreveu a seguinte frase: O que não se pode controlar, não se pode medir¨.

O filósofo nos idos de 1600 retratava uma realidade patente que poderia ser muito bem aplicada no mundo moderno, e, em especial aos esportes, principalmente os seus gestores.

O que não se pode controlar certamente é uma demonstração que as funções são assumidas por pessoas que não conhecem do assunto e, portanto, não possuem as condições de medirem o tamanho ou a profundidade do que é gerenciar uma atividade, seja ela qual for.

O gestor esportivo tem que ter a noção de como planejar a vida do seu clube, com base científica e com métodos de administração, pois não basta que se passe o dia todo a seu serviço, que no final se não tiver a devida competência, a soma dos resultados positivos será muito pouca para o que se deseja alcançar.

Os maiores exemplos estão em clubes com problemas financeiros, e o Santos é um caso emblemático, passando de uma entidade de referência, para um caos administrativo e financeiro, sendo obrigado a vender os seus jovens talentos, mostrando que lhe faltou um planejamento.

O dirigente é um amador, na maioria das vezes um bom torcedor de arquibancada, e tona-se irracional no trato das coisas do seu clube, enquanto o gestor esportivo é o inverso, ou seja, sem paixão, e com razão, sabendo aplicar os mecanismos que aprendeu nos bancos escolares com prática de suas utilizações.

Dirigente não é para contratar treinador ou jogador, e sim referendar a capacidade financeira do clube para que isso aconteça. Se tal fato acontecesse na realidade, não teríamos tantas contratações em uma só temporada, por serem feitas de maneira açodada, e muitas vezes para o atendimento de empresários interessados, ou para dar um lustro a sua vaidade.

Os esportes precisam de profissionais competentes para gerencia-los, principalmente que saibam discernir sobre aquilo que estão administrando.

Um bom gestor evitaria as lambanças que acontecem no dia a dia do nosso futebol, mas enquanto isso não chega, os clubes agonizam.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA MISSA DE RÉQUIEM 

* Há um bom tempo que estamos mostrando a decadência do futebol pernambucano, e todos fingem que não está acontecendo.

Quem nos acompanha tem conhecimento das analises realizadas e as previsões para o futuro.

No último sábado o Sport conseguiu o que mais sonhava, o de se situar na zona do inferno, após a derrota contra o Botafogo.

No dia de ontem foi a vez da consumação final da mediocridade reinante, e que na verdade já era esperada, desde que Santa Cruz jamais iria ganhar do Fantasma em Ponta Grossa, e o Náutico tinha uma missão impossível a de virar um placar de 3x1.

O tricolor foi acachapado pelo placar de 3x0, e o alvirrubro com o empate de 1x1.

Na partida da equipe Coral contra o Operário, faltou uma linha de ação para defender a vantagem de 1x0. Começou bem com mais intensidade, mas não conseguiu ampliar a vantagem tendo sofrido um gol que levaria a decisão para os pênaltis. 

Na segunda etapa a equipe da casa dominou-a, buscou resolver o placar e o ampliou para 3x0.

Quanto ao Náutico, aconteceu o que era previsível, quando esse partiu para tudo ou nada, mas foi derrotado pela ansiedade. Chutava ao gol adversário e não acertava o alvo.

O Bragantino esperava uma bola e essa apareceu quando abriu o marcador. O time alvirrubro passou a lutar contra o cronômetro de forma desordenada e só empatou a partida no seu final. Se tivesse um pouco de calma a situação poderia ser outra.

As previsões bem elaboradas, inclusive as nossas, mostravam que os dois times do Grupo B seriam os vencedores.

Os clubes pernambucanos ficarão três meses sem calendário, o que irá provocar mais danos financeiros, e com o agravante de que irão continuar numa divisão que só acumula prejuízos.

Os seus futuros são sombrios.

Até quando o futebol de nosso estado terá um estadual falido, que pouco representa na realidade como sua peça de resistência? São 18 datas que vão do nada, para o nada, sem nenhum proveito.

Até quando os nossos clubes continuarão sendo dirigidos de forma amadora, sem um projeto, e sobretudo sem um trabalho de formação? Contratam dezenas de jogadores, que não trazem nada de produtivo, inflam as suas folhas salariais e atrasam os pagamentos.

Ou mudamos o sistema, ou iremos marchar para o fundo de um poço profundo.

No final da semana será realizada uma Missa de Réquiem pela alma do futebol de Pernambuco.

Todos os cartolas estão sendo convidados, assim como a imprensa que não consegue observar que somos um nada no cenário nacional.

NOTA 2- OS DEUSES DO FUTEBOL TRAÍRAM O BELO

* Dos times do Nordeste que disputaram as quartas de final da Série C, o Botafogo-PB foi o que teve a melhor performance no seu jogo de volta contra o Botafogo de Ribeirão Preto.

Soube administrar a sua vantagem perante um estádio lotado, com um 0x0 sustentado até os últimos 30 segundos dos acréscimos dados pela arbitragem, quando o time paulista conseguiu o gol que levou a partida para a decisão na cobrança de penalidades.

Embora o tricolor do interior paulista tenha sido melhor durante o jogo, mas a maneira de atuar da equipe paraibana, e as boas defesas do goleiro Saulo, garantiam o placar feito em João Pessoa.

Os Deuses do futebol traíram o Belo, com o gol da vitória do time adversário quando tudo estava pronto para o festejo do seu acesso. Na cobrança dos pênaltis o placar foi de 4x3 para a equipe local.

Só falta o jogo da noite de hoje, entre o Atlético Acreano e Cuiabá para fecharmos com 100% de acerto em nossas previsões de que os quatro clubes do Grupo B subiriam para  Segunda Divisão Nacional. Na verdade, o time do Botafogo-PB por sua valentia merecia uma melhor sorte.

O Nordeste ficou de fora do baile maior.

NOTA 3- O MORUMBI CARREGOU O SAO PAULO 

* O Morumbi recebeu na manhã fria de ontem um publico de 57.323 pagantes que estiveram nas suas arquibancadas torcendo para o São Paulo no seu jogo contra o Ceará, e que foram os responsáveis pela magra vitória de 1x0 conseguida aos 33 minutos do segundo tempo.

O tricolor do Morumbi dominou a partida, mas o ônibus biarticulado do alvinegro cearense fechava a entrada de sua área. O primeiro tempo teve apenas um lance perigoso numa jogada de Rojas que deu uma assistência ao lateral Reinaldo quando esse acertou um chute que foi defendido com o pé pelo goleiro Everson.

O placar de 0x0 preocupava o São Paulo.

Na segunda etapa, o panorama continuou o mesmo da fase inicial, com a equipe do Ceará  paralisando muito o jogo para ganhar tempo, com a tradicional cera.

Enquanto Everson fazia milagre na sua meta, Sidão ao inverso, era um mero assistente. Aos 18 minutos o Ceará perdeu o gol mais fácil da partida, através de Leandro Carvalho, que pouco após foi expulso.

O tempo corria com velocidade, e a torcida já entrava no desespero, mas não desanimava com o seu time. Aos 33 minutos, enfim saiu o gol salvador de Bruno Peres através de uma assistência de Diego Souza.

O São Paulo jogou com raça, alma, impulsionado pela sua torcida e conquistou os três pontos necessários para mantê-lo na liderança.

Está com pinta de campeão, mesmo jogando um futebol pragmático esperando pela única bola para resolver o jogo.

Terminou a 21ª rodada com três pontos a mais do que o vice-líder, Internacional, que empatou com o Palmeiras.

NOTA 4- FORTALEZA E CSA DUROS NA QUEDA

* Não podemos esquecer o bom campeonato da Série B Nacional, e o equilíbrio entre os seus disputantes. A diferença entre o 4º colocado, o Atlético-GO e o 10º, Oeste é de apenas 4 pontos, e para o 9º, Ponte Preta essa é de 3.

Fortaleza e CSA lideram a competição. São duros na queda.

Na 23ª rodada que foi concluída no último sábado, ambos obtiveram vitórias. O time tricolor cearense jogado em casa sofreu para virar o placar no jogo contra o Londrina (2x1), enquanto o time alagoano, também como mandante, passou com folga pelo Criciúma (3x0).

O Fortaleza chegou aos 46 pontos, dez a mais do que o 5º colocado, enquanto o CSA somou 40. O G4 mais uma vez sofreu uma mudança, com a volta do Atlético-GO, que assumiu a vaga do rival Goiás que manteve um tabu de sete anos sem vencer o Vila Nova, e dessa vez foi acachapado com um placar de 3x0.

O Avaí ao derrotar o São Bento jogando como visitante, manteve-se da terceira colocação, com 39 pontos, um a menos do que o a equipe alagoana.

A briga contra a degola continua acirrada, desde que a diferença do Brasil de Pelotas (17º), para o Londrina (13º), é de 2 pontos. De tudo pode acontecer.

As maiores decepções são as participações dos rebaixados da Série A, Ponte Preta e Coritiba, que eram favoritos, sendo que o último já começa a perigar com relação a degola. 

NOTA 5- A PREOCUPAÇÃO DO IBIS

* O Sport bateu no último sábado o recorde negativo de 11 rodadas sem vitória na mesma competição.

Nos seus últimos 11 jogos conquistou apenas dois pontos, com um aproveitamento de 6%. Passou do grotesco.

Ouvimos ontem algo totalmente equivocado sobre a situação do time rubro-negro quando um torcedor apaixonado menos avisado, fez uma comparação com o Brasileirinho de 2016, afirmando que a sua pontuação nessa rodada era idêntica a dessa temporada, e no final esse escapou da degola.

A realidade é bem outra. Nessa temporada citada, o Sport estava na 12ª colocação com 26 pontos, seis a mais do que os da atual (20), com 7 vitórias, 5 empates e 9 derrotas. Terminou no 14º lugar com 47 pontos, dois a mais do que o primeiro da zona de degola. 

A presente situação é muito diferente.

O time da Ilha do Martírio está na 17ª colocação, com 5 vitórias, 5 empates e 11 derrotas. Fez de tudo para chegar na zona da degola, conseguiu, e vai ser bem difícil achar a porta da saída.

O Íbis está preocupado de perder o galardão do pior time do mundo, e a sua diretoria publicou no twitter uma mensagem sobre o assunto, referenciando também o Vitória-BA.

¨A concorrência tá grande aqui no Nordeste, dois times rubro-negros estão querendo ofuscar minha fama de pior time do mundo. Falta de criatividade duraria¨.

São coisas do futebol de Pernambuco.

NOTA 6- NO TOP 6 DA TABELA SÓ O SÃO PAULO VENCEU

* O São Paulo foi o grande vencedor da 21ª rodada, desde que foi o único clube a conquistar uma vitória. Grêmio e o Atlético-MG foram derrotados, o Internacional, Flamengo e Palmeiras empataram seus jogos.

Com esses resultados o tricolor do Morumbi aumentou a sua diferença para o Internacional, segundo colocado, para três pontos, e oito para o 4º, Palmeiras.

Nos jogos realizados na tarde/noite de ontem não temos muito para ser comentado. Internacional e Palmeiras foi um jogo disputado, mas truncado no meio do campo, sem muitas emoções, o empate de 0x0 que é o mais chato do futebol fala por tudo que aconteceu.

A zebra veio da Bahia, com o sucesso do Vitória que estava na zona da degola, ao derrotar o Atlético-MG por 1x0. Um jogo do acredite se quiser, e ruim de dar sono.

O Flamengo continua como aquele que é sem nunca ter sido. Esteve por duas vezes à frente do placar no seu jogo contra o América-MG, e terminou empatando.

Adilson Batista, técnico do Coelho está tirando sangue de pedra com a performance do seu clube.

O Vasco que estava na beira do abismo, com uma atuação excelente do portenho Maxi López, mandou a Chapecoense para a zona da degola, ao derrota-la por 3x1.

Mais uma vez nenhum visitante foi vitorioso nesse domingo.

É o futebol dos mandantes.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O BUMBA MEU BOI NA ILHA DO MARTÍRIO

* Não vamos perder o nosso tempo falando de algo que não existe que é o time do Sport.

Finalmente após a derrota para o fraco Botafogo por 2x1, o rubro-negro conseguiu o que mais almejava, a sua presença na zona da degola, após 11 jogos sem uma misera vitória.

Um verdadeiro futebol modelo Bumba Meu Boi, e por conta disso vamos homenagear Arnaldo Barros e sua trupe com um trecho da música do eterno Jackson do Pandeiro, ¨Bumba meu boi¨:

Tu precisa ir pro Norte

Ver Bumba meu Boi Bumbá

É bum bum Bumba meu Boi

É Bumba meu Boi Bumbá

(É bum bum bum meu boi

É Bumba meu Boi Bumbá)

Tu precisa ver a dança

Do reisado imperiá.

Uma defesa furada, um meio de campo que não existe, e um ataque que não chuta a gol e que tem como referencia um Brocador que não broca nada, na verdade representa muito bem o espetáculo do Boi Bumbá promovido pelo Sport.

O pobre Leão de 113 anos está sendo desmoralizado. Com mais seis derrotas certamente o teremos na Série B de 2019.

Lamentável. 

NOTA 2- A ANGÚSTIA DE TRICOLORES E ALVIRRUBROS

* Santa Cruz e Náutico jogam na tarde de hoje os seus destinos na Série C, como também para toda o resto da temporada.

O tricolor jogará como visitante na cidade de Ponta Grossa, Paraná, contra o Operário Ferroviário, com vantagem no placar agregado de 1x0, enquanto o alvirrubro estará recebendo na Arena Pernambuco o Bragantino, com a desvantagem de dois gols.

Os torcedores dos dois times ficarão angustiados até o final desses jogos.

Na verdade sentimos de perto o que representa uma partida que leva ao acesso.

Em 1990 na Série B quando dirigíamos o futebol do Sport, tivemos um encontro decisivo contra o Guarani quando jogávamos pelo empate. O Bugre saiu à frente, e a angústia aumentou por estarmos perdendo a chance de voltar para a Série A. Um empate salvador resolveu o assunto. O time não exasperou-se.

Sabemos bem o que estão sentindo os dirigentes desses clubes como os seus torcedores.

O jornalista Claudemir Gomes, na última quinta-feira nos fez uma pergunta pertinente: se os mandantes ganharam os quatro jogos que foram realizados quando da ida, esse fato poderia ser repetido nos encontros da volta com os outros donos dos mandos?

Com relação as probabilidades isso poderia acontecer, desde que nos 184 jogos dessa divisão, os mandantes venceram 100 (54,34%), os visitantes apenas 36 (19,57%) e 48 empates (26,09%).

A  repetição questionada não é impossível de ser concretizada, mas algo embutido no modelo da competição poderá influenciar, e  que um mandante vencedor tem chances de ser eliminado, desde que os resultados não superem os dos jogos anteriores.

O Operário para continuar na competição terá que derrotar o Santa Cruz no mínimo por 2x0. O mesmo acontece com o Botafogo-PB no seu encontro contra o Botafogo-SP. Ambos jogam pelo empate.

Por sua vez o Náutico terá a obrigação de terminar o seu jogo com uma vitória por 3x0 contra o Bragantino, e o mesmo dar-se-á com o Atlético Acreano no seu encontro contra o Cuiabá.

A situação não é tão fácil, mas para os que levam a vantagem o mais importante é o de jogar de forma inteligente para que possa manter a diferença existente, sem retranca exagerada, esperando os erros dos adversários.

Náutico e Atlético Acreano terão que buscar as suas vitórias, sem açodamento, jogando com aplicação, desde que os rivais virão com um ônibus articulado.

Os destinos de todos estarão nas mãos dos Deuses do Futebol, sendo que pelos sites de probabilidades os favoritos são os quatro clubes do Grupo B, Operário, Botafogo-SP, Bragantino e Cuiabá.

Preferimos esperar o apito final de cada jogo.

NOTA 3- RELEMBRANDO O PASSADO

* Quando estávamos assistindo o jogo entre o Botafogo e Sport, que foi realizado na noite de ontem, entramos na máquina do tempo, que nos levou ao Maracanã nas décadas de 60/70, quando o time alvinegro era repleto de craques.

Hoje não há nenhum jogador alvinegro de destaque pela qualidade. De uma pobreza técnica franciscana.

Os mais antigos assistiram jogos do time da Estrela Solitária que contavam no gramado, atletas como Manga, Nilton Santos, Didi, Garrincha, Amarildo, Quarentinha e Zagallo, e mais tarde em outra geração, com Gerson, Jairzinho, Paulo Cezar Caju, entre outros.

Era um futebol de espetáculo, com jogadas brilhantes, muitos gols, que faziam a alegria dos torcedores.

O time de hoje representa a decadência do futebol brasileiro. Nunca poderemos esquecer um encontro do Botafogo e Santos pela Copa do Brasil na década de 60. Não foi um jogo e sim uma exposição da arte de jogar futebol.

Aliás essa decadência afetou o Vasco da Gama e Fluminense, que já foram brilhantes e amargam dias de queda latente.

Esse é o retrato do futebol brasileiro, e em especial o carioca.

NOTA 4- DEBACLE DO CORITIBA

* O Coritiba que tinha o projeto de retornar a Série A Nacional um ano após, está observando que esse sonho está ficando mais longe, e a sua meta será de lutar contra a degola.

O time entrou no gramado com as arquibancadas repletas de faixas com protestos duros com relação a sua atuação na competição. Com esse clima conturbado, seria obvio que esse que já anda mal das pernas sentisse, e perdesse o foco.

No pós jogo o protesto aumentou, atingindo o presidente Samir Namur, que na verdade não tinha condições de ter assumido o seu comando.

Por isso o cenário para o Coritiba é o pior até agora desde o inicio da competição. O time Coxa Branca tem tido atuações muitos ruins e nem os resultados no Couto Pereira, que vinha salvando o Verdão, estão aparecendo nessa crise.

Todo esse processo faz parte de uma morte anunciada há um bom tempo, que é um produto das péssimas gestões que dirigiram o clube nos últimos  anos.

Quem analisa o futebol e acompanha as competições, o Coxa já vinha dando sinais que iria desabar, o que aconteceu na temporada de 2017.

Da maneira que vai seguindo o Coritiba será mais um entre os clubes tradicionais do Brasil que irá submergir, e com poucas chances de recuperação.

NOTA 5- A CRIAÇÃO DE TALENTOS PARA O EXTERIOR

* O Atlético-MG reformulou seu departamento de categoria de base neste ano e tem investido na captação de atletas.

Já são 10 garotos com idade entre 15 e menos de 17 anos, que foram captados pelo clube.

A diretoria tem observadores em 17 estados do Brasil, e em alguns países do Continente Sul-Americano, assistindo todos os eventos das categorias.

Na verdade o Galo Mineiro está de olho no mercado europeu para a venda desses atletas como maneira de fazer caixa, e para isso vem participando em torneios internacionais que servem como vitrines.

Obvio que é um modelo bem esquisito, quando estão tratando jovens como objetos de transações comerciais.

O futebol brasileiro de tudo tem um pouco, inclusive o de preparar jogadores para o exterior, esquecendo das necessidades locais.

NOTA 6- A FESTA DOS MANDANTES

* Os mandantes foram donos nos cinco jogos de abertura da 21ª rodada do Brasileirinho.

Venceram todos.

O Santos derrotou o Bahia que anda jogando bem mas não vence, por 2x0, o Atlético-PR com um excelente segundo tempo derrotou o alternativo Grêmio por 2x1, o Corinthians em um show de horrores venceu o lanterna Paraná por 1x0, o Cruzeiro em um jogo razoável conseguiu uma vitória de 2x1 contra o Fluminense, e finalmente o fraco Botafogo só não deu uma goleada no Sport por conta do goleiro Magrão, derrotando-o por 2x0.

Cinco partidas e com apenas 48 minutos a ser destacado, por conta do Furacão paranaense.