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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ALOPRADOS FUTEBOL CLUBE

* Não existe nada que possa definir o atual futebol brasileiro, desde que no dicionário não encontramos palavras que possam elucida-lo.

Numa escolha pessoal achamos que o aloprado caberia bem no setor.

O esporte da chuteira  no país, vive uma era do Sanatório Geral, sem um planejamento a médio e longo prazo.

Os cartolas só pensam no hoje e nunca no amanhã.

O que está acontecendo com a famosa dança das cadeiras é irreal e sobretudo surreal.

O futebol por conta da Copa do Mundo teve uma paralização de 41 dias, e nesse período nenhum treinador caiu na dança das cadeiras. No pós Copa seis foram degolados. Um exagero e que mostra como anda o comando dos clubes.

Com uma hiato bem grande de mais um mês sem jogos, prazo longo para definir a situação de cada profissional, os dirigentes esperaram o retorno da competição para colocarem no ar a música da dança das cadeiras. 

Na segunda rodada, Jair de OLiveira, do Santos e Ricardo Dubruscky do América-MG foram demitidos. O Palmeiras esperou pela terceira e Roger Machado dançou. Na quarta rodada foi a vez de Wagner Mancini, do Vitória e Marcos Paquetá do Botafogo.

Fechando o ciclo na 17ª rodada o que já era previsto foi a vez de Gilson Kleina da Chapecoense, que dançou após o empate contra o Sport.

Que tipo de planejamento é esse que em 17 rodadas 16 treinadores deixaram os seus clubes? Quase um por cada rodada. 

É uma insanidade geral.

Por outro lado temos a convicção de que mais dois não irão resistir o mês de agosto, Rogerio Micale do Paraná que negou-se a pedir demissão, e Claudinei Oliveira, do Sport. Aliás esse último só não foi degolado por conta da multa rescisória.

São coisas do futebol brasileiro, e dos Aloprados Futebol Clube.

NOTA 2- O COME QUIETO

* As mídias esportivas do Sudeste tem uma visão muito curta, que para no eixo Rio-São Paulo. Além disso nada existe.

As análises do futebol que são divulgadas nos meios de comunicação só visualizam os times dessas região e esquecem das demais.

A bola da vez está com São Paulo e Flamengo.

Esqueceram de um time que ¨come quieto¨, sem exibição, e que está fazendo uma brilhante competição.

O Internacional silencioso foi se aconchegando e chegou à terceira colocação na tabela, com 32 pontos, 3 à menos do que o líder São Paulo.

Quando analisamos os jogos da competição vimos que o Colorado atuou como visitante contra cinco dos grandes clubes brasileiros: São Paulo, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Atlético-MG.

Empatou com o São Paulo e Grêmio, foi derrotado por Flamengo e Palmeiras, e venceu debaixo de granizo o Galo Mineiro. Teve 33,3% de aproveitamento.

Irá enfrentar esses times no returno no Beira Rio, onde tem o maior aproveitamento ao lado do São Paulo, com 83,3%, ou seja com boas chances de vitória sobre esses.

A vantagem do time gaúcho é que esse tem apenas essa competição para atuar na temporada, com um desgaste bem menor do que os concorrentes.

Não está entre os cotados para a disputa do titulo, mas no silêncio poderá chegar a um patamar mais alto.

Nas estatísticas de chances do titulo está também em terceiro lugar. Após a vitória em Belo Horizonte pulou de 10% para 19%, próximo do Flamengo que tem 22%.

Um fato que tem que ser muito ressaltado, é que os clubes maiores que estavam na Série B e subiram de volta para a A, sempre tiveram dificuldades nesse retorno.

O Colorado merece respeito, desde que o time tem vontade de jogar, é o coletivo contra o individual.

NOTA 3- NO SPORT OS SÓCIOS QUEREM PAGAR MAS NÃO SÃO COBRADOS

* O futebol do Sport é o resumo de uma opera bufa regida por uma diretoria perdida numa sala de louça com muitos bodes soltos.

Obvio que o quebra-quebra é geral.

Um clube com problemas financeiros não tem um planejamento para a cobrança dos seus associados.

Temos um exemplo particular.

Somos sócios há exatamente por 52 anos, que somados aos de atleta de voleibol totalizam 55. Uma vida bem longa.

Nunca quitamos a anuidade, por acharmos que o processo é danoso para o clube, e sempre pagamos mês a mês. Tínhamos um cobrador que todo o dia cinco do mês fazia a cobrança.

De repente mudaram para a informática, mas para que essa possa ter uma boa participação torna-se necessário um acompanhamento diário dos pagamentos efetuados, como também o envio dos boletos.

Todos os meses temos que ligar pedindo o nosso já que o setor deixou de envia-lo. Como pagamos no dia 10 o cobramos no dia de hoje e esse foi enviado.

Como um clube pode ter um numero de sócios estáveis se não faz a cobrança? O final é o que estamos acompanhando, mendigando para negociar um jogador.

Um fato grave é a posição tomada pela diretoria atual ao antecipar a cobrança dos sócios com desconto, referente ao ano de 2019, ou seja uma antecipação de receita que é proibida pela legislação que não permite que isso ocorra no último ano de gestão.

Trata-se de um crime quando se retira os recursos que seriam da próxima diretoria. 

NOTA 4- O CIRCO ABRE MÃO DE RECUPERAR O DINHEIRO DESVIADO POR EX-PRESIDENTE

* Segundo o jornalista Jamil Chade, do jornal Estado de São Paulo, o Circo do Futebol Brasileiro que foi fraudado pelos antigos cartolas, não fez sequer nenhuma movimentação para recuperar o dinheiro desviado, destoando assim de outras entidades que buscaram reaver os recursos. 

Nas cortes de Nova York, a Justiça deu até a última segunda-feira o prazo para que os interessados apresentassem as suas solicitações com relação a Jose Maria Marin, cuja sentença será dada no próximo dia 17.

Não houve qualquer movimento do Circo.

Na Espanha, a entidade por carta diz que não foi prejudicada pelo ex-cartola Sandro Rosell, que será julgado pelos desvios milionários ao lado de Ricardo Teixeira, envolvendo amistosos da seleção.

A estimativa feita pela Justiça norte-americana é de que os três últimos cartolas brasileiros teriam fraudado o Circo em milhões de dólares.

Apenas Marin e Marco Polo Del Nero teriam sido responsáveis pelo desvio de 13 milhões de dólares (R$ 48,1 milhões).

Ao recusar-se a receber um dinheiro que lhe pertencia o Circo deu um atestado de conivência com o que aconteceu.

O que lamentamos é o silencio dos clubes, que poderiam pressionar a sua entidade para que a recuperação fosse concretizada.

Vamos e venhamos, os cartolas atuais fazem parte do sistema dessa entidade por muitos anos, e seria bem obvio que ficariam de braços cruzados.

Isso é o Brasil, bem brasileiro.

NOTA 5- A MORTE ANUNCIADA DO SALGUEIRO

* O Salgueiro na última segunda-feira tornou-se o segundo time rebaixado na Série C de 2018, juntando-se ao Joinville.

Derrotado em casa pelo Remo que vinha de uma boa recuperação, pelo placar de 1x0, completou a terceira queda na década, e voltará a atuar pela Série D após seis anos.

Realmente isso que aconteceu já era uma morte anunciada por um bom tempo, quando o Carcará desceu a ladeira em alta velocidade.

A sua campanha foi muito fraca, com apenas três vitórias e oito empates.

Além dos 11 gols à favor, sua defesa tomou 18. Aproveitamento de 33,3%.

Foi o time que menos venceu, e que conta com o pior ataque.

O Salgueiro não vence há dois meses, e a última vitória foi no dia 3 de junho, que por coincidência do destino foi contra o Remo, em Belém.

Desde então, o time do Sertão Central acumulou nove jogos sem vitória. Foram oito rodadas na zona do rebaixamento, sendo três na lanterna.

Contra números não existem argumentos. O rebaixamento foi justo.

Escrito por José Joaquim

Desde 2010 quando iniciamos as postagens desse blog, publicamos o mesmo texto para que os candidatos aos cargos eletivos possam tomar conhecimento da realidade brasileira.

O tema foi tirado de uma obra barroca que até hoje se discute o seu autor, inclusive considerando que esse seja um anônimo, mas os livros que se encontram nas bibliotecas do mundo apresentam como responsável o Padre Antônio Vieira.

O título é sugestivo: ¨A Arte de Furtar¨, escrita no século XVIII, que destaca a variedade de furtos e ladrões, com instruções inclusive para que pudessem ser identificados.

Nos capítulos o autor fala dos desvios de recursos que existiam na colônia portuguesa, nada melhor para que se possa entender o Brasil atual, com a Lava Jato que continua de vento em popa, perseguindo os corruptos que pululam nas terras brasileiras.

Tiramos um pequeno trecho para que os nossos visitantes façam as devidas comparações de algo escrito nos meados do século XVII com o que acontece no século XXI em que vivemos.

¨CAPITULO II

Como a arte de furtar é muito nobre. (...)

E para que não engasgue algum escrupuloso nesta proposição, com a máxima de que não há ladrão que seja nobre, pois o tal oficio traz consigo extinção de todos os foros da nobreza, declaro logo que entendo o meu dito, segundo o vejo exercitado em homens tido e havidos pelos melhores do mundo, que no cabo são ladrões, sem que o exercício da arte os deslustre, nem abata um ponto do timbre de sua grandeza. (Vieira-p48/49)¨.

No livro o Padre Vieira usou a metodologia relativa às unhas que eram usadas para roubar, políticas, disfarçadas, maldosas, sábias, ignorantes, entre outras coisas.

Na verdade a simbologia das unhas bate muito bem com a realidade nacional, e mostra que desde os anos mil e oitocentos essas são cravadas em diversos setores do então Brasil Colônia, continuando no Brasil Império e da República até os nossos dias de hoje.

São as unhas que sonegam, que lavam dinheiro e se apropriam dos bens públicos.

No esporte nacional a nobre arte de furtar também faz  parte do seu contexto, onde existem também unhas atuando e sorrateiramente enriquecendo às suas custas.

Fatos existem todos os dias, e muitos recursos que deveriam ser aplicados nos esportes, em sua boa parte, são desviados pelas diversas unhas que se locupletam desses, apoiados pela impunidade desde o Brasil Colônia e que perdura até hoje.

A Lava-Jato é a última esperança de nossa sociedade.

O que falta ao nosso país é um número maior de tesouras, para que as unhas sejam cortadas, e o Brasil possa ter um futuro mais digno e decente, bem mais longe do que nos apresenta o livro objeto dessa postagem.

Escrito por José Joaquim

Contratado do ABC em maio, o meia Fessin é a estrela do time SUB-20 do Corinthians, e hoje já tem o seu nome anotado para subir à equipe profissional do alvinegro.

Carlos Leite que é um dos empresários mais influentes no futebol brasileiro o trouxe para o seu lado, e está agenciando-o. Na verdade esse no setor dá nó em pingo d'água.

O Brasil é o sexto país do mundo entre os 204 filiados à FIFA no ranking dos agentes de futebol registrados nesse órgão. O número é realmente expressivo, mas se somarmos os agentes CBF, empresas ligadas ao setor, certamente iremos golear os demais países.

Somos o país dos empresários do futebol.

As estrelas do nosso esporte da chuteira sempre foram os atletas, e entre os milhares que estiveram em nossos gramados, destacaram-se um Domingos da Guia, Friedereich, Leônidas da Silva, Barbosa, Juvenal, Danilo, Ademir Menezes, Didi, Garrincha, Nilton Santos, Pelé, Gerson, Rivelino, Tostão, Zico, Romário, Rivaldo, Ronaldo, entre tantos outros.

Esses é que faziam a alegria dos torcedores.

A FIFA enfim sentiu que o problema estava ficando desproporcional, com mais agentes do que jogadores, reduziu as comissões que são pagas, e determinou que o clubes negociassem diretamente com os atletas, mas isso não acontece nem irá acontecer, e os empresários continuam mandando no pedaço.

Os astros hoje são BMG, MFD, Elenko Sports, Carlos Leite, Fernando Garcia, Eduardo Uram, Giuliano Bertolucci, Wagner Ribeiro, Juan Finger, Frank Henouda, Angelo Pimentel, entre outros menos afortunados.

O sistema funciona como numa cadeia pré-determinada, sendo uma verdadeira logística. Os clubes não tem dinheiro disponível para bancar contratações. O jogador é conquistado pelo empresário, ainda jovem, e as suas contas passam a serem pagas por esse, assim como as das suas famílias.

O contrato dá ao agente direito a uma Comissão sobre todos os ganhos do profissional. Esse passa a ser o seu dono.

Quando os clubes possuem jogadores valorizados, e necessitam de recursos, procuram os chamados investidores para venderem as fatias dos seus direitos econômicos que deixam de fazer parte dos seus ativos. Everton Felipe, do Sport é um exemplo, com o repasse de 30% dos seus direitos para o BMG.

São esses que dominam o futebol nacional, os novos astros, que não jogam, mas dispõem de recursos financeiros para as negociações, ficando com o mercado em suas mãos e contando com a fraqueza das entidades desportivas.

Hoje todos derramam lagrimas por conta do período de decadência do futebol brasileiro, porém, esquecem inclusive as nossas mídias esportivas de que um dos seus maiores problemas é o da relação entre os investidores e clubes, quando esses perderam a autonomia ao deixarem de ter em seus ativos os direitos econômicos dos atletas, que era um processo de se fazer caixa no futuro.

O número de jovens que foram transferidos nessa última janela de transferências assombram, e promovem um desfalque nos gramados dos bons talentos.

Não podemos, e não devemos criminalizar tais personagens, desde que esses aproveitam-se das gestões desastrosas, que deram ensejo a esse novo formato em que o esporte nacional convive.

Os maiores culpados são os cartolas.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- SERÁ O FLAMENGO UM CAVALO PARAGUAIO?

* Alguns apressados estão denominando o time do Flamengo como um cavalo paraguaio, que dá um arranque nos metros iniciais e de repente estanca sem folego.

Nem tanto o céu, nem tanto o mar.

O rubro-negro realmente teve uma queda técnica nas cinco rodadas pós Copa, e observou o São Paulo assumir a liderança, quando nas 12 rodadas iniciais tinha 27 pontos, aproveitamento de 75%, e o tricolor do Morumbi era o terceiro com quatro pontos a menos.

Nas rodadas posteriores da Copa da Rússia a equipe da Gávea somou 7 pontos, com uma queda de aproveitamento para 46%.

Por outro lado o atual líder, o São Paulo, na fase pré-Copa tinha 23 pontos (63%), e na fase posterior conquistou 12 pontos, com um aproveitamento de 80%, ou seja um salto significativo que o levou para o primeiro lugar na tabela de classificação.

O Flamengo nessa período ficou na 7ª posição.

Na realidade o rubro-negro tem um bom time, mas está cometendo um equivoco na tentativa da conquista das três competições que está disputando, e isso sem duvida reflete na parte física do elenco.

Deveria ter feito a opção de pelo menos por duas, a Libertadores e o Brasileirinho, títulos que há muito não conquista.

Poderá no final da temporada ficar sem o mel nem a cabaça por conta de tal pretensão.

Certamente não é o cavalo paraguaio, mas poderá parar no meio do percurso por falta de combustível.

Enquanto isso o rival São Paulo tem a Sul-Americana que não está na sua prioridade, e o Brasileiro que é o alvo a ser atingido.

Obvio que o clube que jogar menos irá levar vantagem no final.

Não sabemos se o tricolor do Morumbi terá saúde para chegar no mesmo ritmo até o final da competição, mas hoje esse tem 43% de chances de ser campeão, contra 26% do rival.

NOTA 2- SPORT O LANTERNA DA FASE PÓS-COPA

* O time do Sport é um verdadeiro cavalo paraguaio.

Disparou após a largada, gastou as reservas e parou na metade do caminho.

Terminou a fase pré-Copa já sentindo o cansaço, mas colocou-se na 7ª posição.

Foi um  verdadeiro engana que eu gosto.

Na verdade o time rubro-negro é um dos mais fracos da história do clube. Não tem nenhum destaque, e é formado por um grupo de mediano para baixo.

Para que se tenha uma ideia de comparação com o do ano anterior que terminou também na bacia das almas, o meio de campo tinha Anselmo, Rithely e Patrick, e o de hoje é formado por Deivid, que era reserva do reserva do Atlético-PR, Fernando Bastos, que se esforça, mas maltrata a bola, e Gabriel, que nunca atuou nessa posição.

Não tem um armador de oficio, e vive de chutões e bolas aéreas. No jogo contra a Chapecoense bateu o recorde de bolas alçadas contra a meta adversária, com pouco retorno.

Como poderá conquistar pontos com essa dupla de zaga, com Claudio Winker como lateral? O que dizer de um ataque com Andrigo que joga e ninguém percebe? Com Rafael Marques que continua com o mesmo futebol improdutivo? Com Marlone que passeia no gramado como estivesse com preguiça? E um centro avante como Carlos Henrique que no domingo ao chutar a bola, chutou a própria canela?

Apesar disso foi considerado como o craque do jogo por conta do gol salvador. Algo que foi além do grotesco.

E os substitutos, Neto Moura, uma promessa que continua sendo promessa, Hygor, que não sabemos de onde veio?

Como um time com um elenco frágil poderá pensar em algo mais? O treinador escala mal, substitui errado, e está mais perdido que um bode numa sala com muita louça. Para completar o clube não tem presidente, diretor, executivo, que juntos possam pensar em algo mais.

Esse atual Brasileirinho é um dos mais fracos da era de pontos corridos, e uma equipe mesmo sem qualidade poderá escapar do rebaixamento, mas isso só acontecerá com um bom comando e principalmente com o dinheiro nos bolsos dos atletas.

Esse conjunto da obra levou o Sport à lanterna dessa segunda etapa da competição com apenas 1 ponto conquistado em 15 disputados, um ridículo aproveitamento de 6%.

Mesmo com tantas mazelas, o nosso prognóstico aponta que o clube não será rebaixado.

NOTA 3- O SÃO PAULO E AS VENDAS DE JOGADORES

* O São Paulo desmanchou mais de meio time, ao negociar sete atletas nessa temporada.

Mesmo assim o clube no gramado continua de vento em popa.

Conseguiu captar R$ 122,4 milhões, bem mais do que foi o estimado no seu orçamento.

Apesar disso ainda necessita de outras negociações para fugir do vermelho no final da temporada, desde que os seus custos ficaram acima do previsto.

Esse é sem duvida o modelo autofágico que tomou conta do futebol brasileiro, quando os seus clubes só sobrevivem desovando alguns dos seus bons profissionais.

Por conta disso não existe a mínima possibilidade de uma repetição do elenco por mais de um ano.

Com todas as transferências, o tricolor já tem seu segundo ano mais lucrativo da década, só atrás de 2017, quando amealhou R$ 188 milhões com a venda de atletas.

Na realidade o futebol brasileiro virou um exportador para que os seus clubes possam sobreviver.

Enquanto isso os gramados perdem tantos jogadores e em especial os jovens talentos, e a qualidade do futebol se reduz.

São coisas do futebol brasileiro.

* Dados do blog de Jorge Nicola

NOTA 4- O PAÍS BUMBUM

* O assunto não está relacionado aos esportes, mas não poderíamos passar despercebida a prisão de mais uma componente da família Bumbum.

Nessa última segunda-feira, a Policia do Rio de Janeiro prendeu a massoterapeuta Patricia Silva dos Santos, conhecida como Paty Bumbum.

Acusada de exercer ilegalmente a profissão, ela é investigada pela morte de um paciente.

No mês passado, o médico Denis Cesar Barros Furtado, vulgo Dr. Bumbum foi preso após a morte de uma paciente.

O que nos chama mais atenção não são os membros dessa família Bumbum, mas sim seus pacientes que pagam somas altas para cirurgias plásticas em locais inapropriados.

Onde está a cabeça dessa gente?

Só acordam quando aparece uma vitima.

Como entrar em um apartamento para realizar um procedimento que deveria ser feito em um hospital?

Algo que nem Freud poderia explicar.

A insensatez do povo brasileiro passa do limite, e isso incrementa a participação de charlatões oferecendo serviços para uma cara nova e uma nádega maior. 

Querem mudar de aspecto, e se entregam a verdadeiros malfeitores.

Só mesmo no Brasil do vale tudo.

NOTA 5- O EMPATOLÂNDIA FUTEBOL CLUBE

* A 17ª rodada que foi encerrada na noite de ontem com o jogo entre o Atlético-MG 0x1 Internacional ficou bem marcada pelo número de empates, e pela ausência de gols.

Nas dez partidas que foram realizadas, aconteceram seis empates, duas vitórias dos mandantes e duas dos visitantes.

Um verdadeiro Empatolândia Futebol Clube.

Não existe um placar mais chato do que um empate em especial quando é de 0x0.

Quanto aos gols o número total foi ridículo com 13 gols e uma média de 1,3 por jogo.

O público total foi de 168.145 pagantes, com uma média de 16.815 por partida.

Os jogos do São Paulo x Vitória, com 53.438 pagantes, e Corinthians x Atlético-PR, com 28.455 torcedores, seguraram a média final.

Os menores públicos foram das encontros entre o Botafogo x Santos (6.261), e Sport x Chapecoense (6.787).

NOTA 6- MORATO SERÁ MAIS UM NO SPORT 

* O São Paulo apresentou uma nova proposta para o Sport para trazer o meia atacante Everton Felipe.

O clube paulista ofereceu ceder Morato até o fim do Brasileirinho para o rubro-negro, e além disso o time do Morumbi acenou com o pagamento de R$ 2 milhões à vista, e mais R$ 4 milhões em janeiro por 45% dos direitos econômicos do jogador.

A parte financeira é obvio que poderá ser discutida principalmente por um clube com o pires nas mãos, mas o jogador oferecido será um a mais no clube.

Vem de uma séria contusão que aconteceu no mês de maio, e passou um bom tempo para se recuperar. Teve um destaque em 2017 no Ituano, quando foi contratado pelo São Paulo, e pouco jogou.

Com 25 anos ainda não conseguiu se firmar no futebol brasileiro, já rodou por vários clubes, inclusive no exterior.

No momento terá pouco serventia para o Sport.

Achamos que o tal aval de Claudinei Oliveira para essa contratação, deve ter sido um engano quando esse pensou que era Morata do Real Madrid.

NOTA 7- MAIS UMA DANÇA DAS CADEIRAS

* As previsões do blog sempre acertam em cheio.

No último domingo projetamos as quedas dos técnicos Gilson Kleina e Claudinei Oliveira, dependendo dos resultados.

Na noite de ontem, a Chapecoense tirou a cadeira do seu treinador e esses dançou um dia após o empate de 1x1 contra o Sport.

Com relação ao técnico rubro-negro, esse só não caiu por conta da multa prevista no contrato, e que o clube não tinha condições de paga-la.

Como o time da Ilha do Retiro, a equipe de Chapecó não teve uma vitória no pós-Copa. A última vitória da Chape foi no dia 9 de junho, quase dois meses, por 2x0 contra o Cruzeiro, pela 11ª rodada do Brasileirinho.

Nessa temporada a dança das cadeiras baterá um recorde de saídas dos treinadores.

O diretor executivo Rui Costa também dançou.

São coisas do nosso organizado futebol.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O FUTEBOL DO SPORT É UM FILME DE HUMOR

* O futebol do Sport é um filme de humor. 

O time parece que está atuando numa comédia do tipo pastelão.

Carlos Henrique é aquele  personagem do filme que recebe o bolo na cara para risos dos torcedores. Fez o gol do empate, mas de futebol ele não joga nada.

Há tempo que não vimos no rubro-negro um time tão ruim.

O empate no jogo de ontem contra a Chapecoense saiu pelo foceps no minuto final da partida. Foi tanta bola alçada na área que no fim uma vingou.

Esteve perto de ressuscitar mais um morto, que é a sua síndrome.

Vamos e venhamos, o time catarinense não obteve uma única vitória jogando fora de casa, e a equipe da Ilha do Retiro só empatou com esse na bacia das almas, e só não foi derrotada por conta de duas defesas de Magrão que salvou a pátria.

O jogo não merece ser analisado, posto que não aconteceu.

Com esse empate o Sport completou sete partidas sem vitória e pelo futebol pequeno que está jogando irá continuar até o final.

Pelo menos serve para nos divertimos por conta do humor que faz parte do seu jogo.

Pobre Leão, está sendo massacrado por uma diretoria incompetente, e que já deveria pegar o boné e ir embora antes que seja destruído o resto que ainda existe. 

NOTA 2- A DESOVA NO FUTEBOL BRASILEIRO

* Os frutos ainda estão verdes no terreno do nosso futebol, mas são colhidos prematuramente.

Isso acontece com os novos talentos, que ao desabrocharem pegam um avião com destino ao Velho Continente.

Não existe no dia de hoje uma aplicação financeira com um retorno tão gigantesco como as negociações de jogadores.

Os clubes brasileiros os vendem à preço de banana, com algumas exceções. Um a dois anos após esses são revendidos para um grande clube com valor triplicado.

Os jornalistas Alberto Nogueira e Eduardo Gerarque, do jornal Folha de São Pulo nos deram um exemplo sobre esse modus operandi com relação ao atleta Malcom que foi negociado nessa última janela de transferências pelo Bordeaux (França) para o Barcelona, com o valor de 41 milhões de euros. Dois anos antes o time francês pagou ao Corinthians 5,2 milhões de euros, ou seja uma valorização de 688%.

O Shakhtar Donetsk da Ucrânia é o maior comprador, e como conta com uma convocação do jogador para a seleção do Circo, o lucro é ilimitado. Fred foi negociado pelo Internacional para esse clube por R$ 68,07 milhões em 2013, e o Manchester United pagou após a sua convocação para a última Copa do Mundo, R$ 259,11 milhões.

Nessa última janela de transferência saíram do Brasil vários talentos promissores, como Marquinhos Cipriano, São Paulo (Shakhtar), Fernando, Palmeiras (Shakhtar), Edson Militão, São Paulo (Porto), Maycon, Corinthians (Shakhtar). Todos com valores baixos.

Outros três tiveram altos valores, como Paulinho, Vasco (Borussia Leverkusen), Arthur, Grêmio, (Barcelona) e Vinicius Junior, Flamengo (Real Madrid).

São anéis de ouro que se vão, deixando apenas os dedos, e com os gramados sem bons jogadores.

O futebol brasileiro é vendedor de boa matéria prima.

NOTA 3- VINICIUS JUNIOR E A MÍDIA ESPANHOLA

* A mídia espanhola está encantada com a maturidade de Vinicius Junior nos jogos que tem participado pelo Real Madrid.

Na verdade para um jovem de 18 anos, recém chegado a um time do mais alto nível, o que vem apresentando é bem acima do esperado.

Um dos jornais mais importantes da Espanha demonstrou o seu entusiasmo na sua edição de ontem:

¨Demorou apenas um minuto para Vinicius Jr brilhar.

Ele pegou a bola no flanco esquerdo, enfrentou o adversário, jogou poder e habilidade e serviu um perfeito passe para Marco Asneio fazer o segundo gol contra a Juventus.

Nós conversamos sobre a grande esperança do Real Madrid nesta temporada, e aqueles que no clube confiam cegamente no projeto do jovem craque, sorriram orgulhosamente aos primeiros sinais do talento que o garoto tem em suas botas.

Ele tem apenas 18 anos de idade¨.

Na realidade os seus últimos jogos pelo Flamengo serviram para o seu amadurecimento.

Está começando bem a sua temporada na Espanha.

NOTA 4- A SEGUNDA DIVISÃO INGLESA

* Assistimos ontem a estreia do treinador argentino, Marcelo Bielsa, mentor de Pep Guardiola, comandando o time do Leeds, que disputa a Segunda Divisão Inglesa.

Uma arena excelente, lotada e para coroar um ótimo jogo.

Essa divisão do Campeonato Inglês tem uma média de publico maior do que a do Brasileirinho.

Os ¨The Whites¨ como são chamados, estão fora da Premier League há 14 anos e apostaram na experiência e na genialidade do treinador para leva-lo de volta à essa divisão maior.

O Leeds teve como adversário uma equipe forte que foi rebaixada na temporada 2017/2018, o Stoke City, e obteve uma boa vitória de 3x1.

Jogou um bom futebol, organizado, com troca de passes.

Bielsa após a partida por conta do entusiasmo da torcida, afirmou que estava com os pés no chão, e que era cedo para fazer qualquer análise, seja positiva ou negativa.

Assistimos um jogo com muita intensidade e esforço físico com boa produtividade.

Quando estávamos acompanhando essa partida, nos lembramos da Segunda Divisão Brasileira com alguns estádios sem condições de abrigar jogos de uma competição tão importante, e com times de uma pobreza técnica franciscana.

Na realidade estamos ainda na idade da pedra em relação ao futebol inglês.

NOTA 5- O LÍDER SÃO PAULO 

* O São Paulo ao derrotar o Vasco por 2x1, assumiu a liderança da competição, fato esse que não acontecia há três anos.

A partida foi movimentada e o jogo pragmático e eficiente do tricolor consolidou a conquista.

No segundo tempo o Vasco que tinha saído à frente do placar teve chances de empatar a partida, desde que foi melhor do que a equipe do Morumbi.

A campanha do São Paulo é perfeita. Para que se tenha uma ideia, nos últimos cinco jogos somou 12 pontos, 80% de aproveitamento, nas últimos sete conquistou 18, com 86% de aproveitamento.

É um time que joga no coletivo, e os resultados mostram que o que deseja o técnico Diego Aguirre está dando certo.

Nos demais jogos, tivemos a vitória do Ceará jogando como visitante contra o Paraná. Aos poucos o time cearense vem se aproximando da porta de saída da zona da degola.

O Cruzeiro empatou com o Vitória por 1x1, em jogo no Barradão, e como sempre Mano Menezes culpando a arbitragem. Virou rotina.

O Bahia conseguiu um bom resultado ao empatar com o Fluminense no Maracanã por 1x1.

No Independência o Palmeiras com um time reserva  empatou com o América-MG por 0x0.

Adilson Batista no comando do Coelho continua invicto. 

Nos nove jogos realizados entre o sábado e o domingo, aconteceram 6 empates.

Um exagero.