blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

O debate maior no futebol brasileiro está focado no modelo adotado para a distribuição das cotas da televisão, que criou um abismo entre os disputantes das competições.

Existe algo mais grave do que esse problema, que é a distribuição das receitas do sistema pay-per-view que tem crescido nos últimos anos, e que é tão pornográfico como o primeiro.

Os percentuais destinados para cada clube ficam por conta da venda dos pacotes pela emissora responsável, e por conta disso aqueles que contam com maior número de torcedores em estados com uma grande população, levam vantagem.

O exemplo vem do Flamengo que foi contemplado em 2017 com quase R$ 100 milhões desse segmento. Na realidade só existe o pay-per-view por conta dos vinte disputantes, e obvio que nenhum joga sozinho, mesmo tendo maior numero de torcedores.

Para que o jogo possa ser realizado obrigatoriamente deverá ter um adversário.

Os clubes que são menos protegidos se calam, mas na verdade esses valores deveriam ser colocados em um fundo e distribuídos de forma igualitária entre todos os envolvidos e que tiveram as suas imagens exploradas.

Uma andorinha só não faz verão, se não tiver a companhia de outras.

O modelo sugerido não é novidade desde que é aplicado nas Ligas dos Estados Unidos. Além disso os clubes considerados menores já sofrem por conta da visibilidade que é bem reduzida, e sempre local.

Alguns passam uma temporada e aparecem apenas à nível nacional em televisão aberta quando jogam com os chamados de grandes.

Por conta disso é que a Caixa Econômica tornou-se a salvadora da maioria dos disputantes que ostentam a sua marca nas camisas, desde que o grande patrocinador segue a seleção do Circo, e não vai colocar a sua empresa em algo que não tem retorno.

A Caixa o faz, por conta da politicalha que tomou conta dessa.

Os patrocínios minguam, e não são satisfatórios para a cobertura de suas despesas. Começa aí o grande desequilíbrio.

Para que isso possa enfim mudar, importante seria a flexibilização dos direitos de transmissão, desde que é totalmente inviável apenas uma emissora detê-los e, assim definir quem vai aparecer em suas telinhas, quando se torna necessário ampliar o leque, abrindo espaço para todos que desejam participar das transmissões dos jogos, e a briga sem duvida seria pela melhor qualidade, que certamente daria maiores audiências.

Com a participação de várias emissoras no processo, onde cada uma poderia exibir um jogo diferenciado, os custos de aquisição dos pacotes diluiriam, e as suas cotas vendidas aos anunciantes teriam uma grande redução.

Haveria uma melhoria na lucratividade para todos, e um maior grupo de patrocinadores. Todas as divisões estariam no pacote de vendas da TV fechada, inclusive regionalizando algumas participações, que daria uma maior condição para que os clubes pudessem negociar as suas camisas, já que teriam uma maior visibilidade.

A quebra da exclusividade dos direitos de transmissão é fundamental para a evolução de nosso futebol, que o democratizaria, e deixa para o espectador a escolha do que vai assistir, e não ser obrigado a ter o Corinthians e Flamengo em suas telas durante os dias de jogos, e com horários indecentes.

É obvio que o sistema coletivo é mais importante que o individual, e o fator da decadência que tomou conta desse esporte no Brasil foi a individualidade existente, que trucidou dezenas e dezenas de clubes ao proteger os que são chamados de grandes, que já tem um maior numero de associados, receitas vultosas de bilheterias e patrocínios mais rentáveis.

Muita coisa terá que ser feita para que se possa modificar a estrutura carcomida do futebol brasileiro, para que esse possa enfim atender as demandas necessárias para a sua evolução. 

Comentários   

0 #1 Exclusão RacistaBeto Castro 20-01-2018 15:27
A exclusão racista contra os estados excluídos é exatamente para manter o monopólio do Camelódromo, o dinheiro circulando no eixo corrompido, a iniquidade, a destruição planejada dos clubes das demais regiões do país e a hegemonia forçada dos clubes e dirigentes corruptos que comandam esse antro de pecadores a caminho do inferno. As bestas quadradas excluem até os próprios clubes paulistas e cariocas não apadrinhados e destroem o próprio futebol. Somente um boicote total dos torcedores ao aterro sanitário poderá salvar as almas desses velhacos desumanos. Tenho pena dos dez comparsas que colaboram com as suas próprias mortes anunciadas. O futebol brasileiro não pertence com exclusividade apenas aos clubes da Série A de "alucinados" com a cumplicidade dos centuriões lagartixas traidores e anencéfalos.
Citar

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar