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Escrito por José Joaquim

O momento do futebol brasileiro vive o mesmo drama que Hamlet, o príncipe da Dinamarca, expõe na obra de William Shakespeare. ¨A Tragédia de Hamlet¨, quando esse procura uma alternativa para a sua vida, e cita uma frase que é uma das mais famosas da literatura mundial: ¨Ser ou não ser, eis a questão¨.

Nos lembramos dessa obra literária logo após os acontecimentos que enlamearam o processo eleitoral do Vasco da Gama, e a necessidade de se buscar uma novo caminho para modificar esse esporte dentro e fora dos gramados.

Hoje esse encontra-se despejado em um aterro sanitário.

O drama shakespeariano se repete nos palcos do futebol, quando os clubes são dirigidos de forma amadora, insistem nas gastanças, a maioria sem recursos para cobri-las, e no final os salários irracionais atrasam, e as reclamações ganham os espaços das mídias.

Os profissionais caracterizam o Hamlet de chuteiras, e estão com as mesmas duvidas, a do ¨ser ou não ser¨.

O que seria melhor para todos?

Receberem um pouco menos, em dia, ou em pedaços, e muitas vezes anos após nos Tribunais pelo Brasil afora?

Na realidade os clubes chegaram a exaustão, e como poucos tem um patrocínio como o da Crefisa no Palmeiras, terão que enfrentar esse problema de forma corajosa e aberta, inclusive em conjunto.

O Ser ou não ser não reflete apenas nos profissionais, nas gestões endividadas sem perspectivas para o futuro, que vivem na roleta russa, pegando recursos de um lado, para quitarem débitos de um outro.

O esporte da chuteira em nosso país chegou ao limite máximo da irresponsabilidade, necessitando de um salvador para colocar nas cabeças dos cartolas de que a farra acabou, e o momento é atual é de pés no chão, como forçosamente vem acontecendo em alguns clubes.

Existe hoje a necessidade de uma implantação de um teto salarial no futebol brasileiro, tanto para técnicos como para jogadores, e acabaria com essa farra abusiva dos agentes, e sobretudo mudaria a ordem de valor para todos, acabando de vez com esse vai e vem orientado pelos mais interessados.

Com esse teto sendo cumprido com rigor, com multas pesadas para os que o ultrapassarem, os desperdícios iriam desaparecer e a demanda financeira estaria estabilizada.

Os clubes entram numa ciranda perigosa, e para terem um atleta disputado no cenário do futebol, gastam mais que podem, firmando contratos que não são cumpridos.

Na verdade não podem pagar salários do nível europeu, desde que as economias são bem diferentes.

O Brasil e nenhum  outro país sul-americano não oferece condições de pagar o que estão dispendendo com seus profissionais da bola, inclusive os executivos, desde que os salários estão acima de suas realidades, e para isso tem uma boa solução, uma ação conjunta, e a aplicação desse teto salarial, que será sem duvidas bom para todos os segmentos envolvidos.

Os jogadores receberão menos, os clubes equilibrarão as suas finanças, e só um setor seria perdedor, os agentes que brincam com essa ciranda financeira.

Pelo menos observamos hoje que tal fato começou a despontar em diversas contratações de treinadores procedidas por alguns clubes, com salários dentro de uma realidade e com o apoio dos torcedores.

Temos uma visão de que o futebol brasileiro poderá ter um futuro melhor do que o que se avizinha, mas para que isso possa acontecer, certamente uma boa parte da cartolagem terá que ser afastada do sistema.

O Ser ou não Ser decidirá o amanhã.

Comentários   

0 #2 RE: SER OU NÃO SERANTONIO CORREIA 22-01-2018 11:58
JJ: Na digitação do comentário o meu nome saiu Antinio e não Antônio.
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0 #1 RE: SER OU NÃO SERANTINIO CORREIA 22-01-2018 11:55
JJ: Não se pode admitir um salário de R$ 1 milhão que está sendo pago pelo Palmeiras a Lucas Lima. Extrapola a realidade. Para que se tenha uma ideia, tirando os grandes craques média dos maiores campeonatos da Europa é e R$ 650 mil. São economias bem diferentes. O teto salarial com multas a serem destinadas aos clubes menores é o ideal.
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