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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- OS ARAUTOS DO ATRASO

* A FIFA destacou-se nos últimos anos como um palco da corrupção.

A sua diretoria foi modificada, os corruptos estão na cadeia ou foram expurgados do sistema com penas administrativas altas.

Apesar das mudanças a International Football Association Board, o órgão regulamentador das regras praticadas no futebol que faz parte do sistema, continua sendo o arauto do atraso.

A FERJ- Federação de Futebol do Rio de Janeiro resolveu fazer uma excelente experiência durante o seu campeonato estadual, colocando no Regulamento da competição um artigo que iria permitir a troca de cinco jogadores numa mesma partida.

Sem dúvida era uma inovação para melhorar o nível dos jogos, mas tal fato não foi entendido pelos atrasados membros da International Board, que em conjunto com os cartolas do Circo entraram com uma interpelação contra a entidade carioca, proibindo a mudança.

A IFAB entrou em contato com o Secretário Geral do Circo, Walter Feldman, esclarecendo que as regras das cinco substituições não vale para competições envolvendo a equipe que disputa a divisão principal de uma federação ou confederação.

Sobre isso, todos que acompanham o esporte da chuteira  tinham o conhecimento com relação ao segmento profissional, desde que as competições de categorias menores já utilizam tal procedimento, e essa mudança nesse nível maior iria servir como laboratório para o futuro.

As experiências feitas nas categorias de base foram um sucesso, e os resultados nos gramados foram excelentes.

Todos os esportes mudam, menos o futebol que é atrasado como os órgãos que o dirigem.

Lamentável. 

NOTA 2- PAGANDO PARA JOGAR

* Os times de maiores torcidas do futebol do Rio de Janeiro estão pagando para jogar, e com altos prejuízos em seus jogos.

O Vasco atuou por duas vezes de portões fechados.

As perdas foram totais.

O clube só teve despesas e não obteve receitas. 

O Botafogo no seu primeiro jogo na competição contra a Portuguesa, contou com apenas 7.126 pagantes.

No final o movimento financeiro que foi apresentado pela Federação em seu site, dava um resultado negativo de R$ 290 mil. 

O alvinegro enfrentou o Fluminense no Maracanã com renda dividida, como também as despesas.

Um prejuízo de R$ 96.5 mil para cada um.

O tricolor das Laranjeiras jogando em Saquarema contra o Boa Vista levou ao estádio 1.653 pessoas.

No final um rombo de R$ 62 mil.

O clube de maior torcida do Brasil, o Flamengo, no seu primeiro jogo como mandante perdeu R$ 197 mil.

O futebol profissional no Brasil é surreal, quando realiza competições que não tem nem retorno técnico nem financeiro.

O mais grotesco está na atuação da entidade local, que para tirar o vermelho dos movimentos financeiros, passou a colocar as cotas dos direitos de transmissão.

Desde quando cotas pagam ingressos nas bilheterias?

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 3- SÃO PAULO COM A MELHOR MÉDIA DE PÚBLICO

* O Campeonato Paulista é o que apresenta até o momento a melhor média de público.

Nenhuma novidade, desde que esse estado conta com quatro clubes com boas torcidas.

Nos 16 jogos realizados 126.825 torcedores pagaram ingressos, com uma média de 7.927 por partida.

A seguir:

MINEIRO- 12- jogos- 75.056 pagantes- Média de 6.255.

PARANAENSE- 6 jogos- 20.890 pagantes- Média de 3.482,

CATARINENSE- 10 jogos- 27.788 pagantes- Média de 2.779, 

BAIANO- 4 jogos- 7.897 pagantes- Média de 1.987. 

Com relação ao futebol Gaúcho, a sua Federação não cumpre o que determina o artigo 12º do Estatuto da Defesa do Torcedor que determina: ¨a entidade responsável pela organização da competição dará publicidade à súmula e aos relatórios da partida no sitio até as 14 horas do terceiro dia útil subsequente ao da realização da partida.

O artigo 7º desse mesmo Estatuto diz que:¨é direito do torcedor a divulgação, durante a realização da partida, da renda obtida pelo pagamento de ingressos.

Até à noite de ontem a partida entre os times do São Paulo e Avenida pela primeira rodada não tinha o seu movimento publicado, como três eventos da segunda, que ainda estão no prazo legal.

Vivemos em um pais onde as leis são jogadas no lixo.

NOTA 4- UMA NEGOCIAÇÃO ESTRANHA

* Existem algumas negociações nas contratações de jogadores que nem Freud poderia explicar.

São estranhas.

Renê Junior atleta de 28 anos, ao encerrar o seu vinculo com o Bahia ficou livre com os direitos em suas mãos.

Obvio que poderia ir para qualquer clube que o pretendesse, mas o Corinthians foi o único que se dispôs ainda no mês de dezembro. Era só pegar as malas e descer no Parque São Jorge.

Mas como estamos no Brasil, pais em que nada acontece por acaso, a transação custou para o alvinegro nada mais nada menos do que R$ 5 milhões, pagos como luvas para o jogador, e para a Elenko Sports a empresa que agencia esse atleta, cujo dono é o conhecido Fernando Garcia, ex-conselheiro corintiano.

Qual a razão do clube dispender recursos para um empresário de um jogador livre.

Esse deveria paga-lo diretamente e não a entidade.

Um corretor de imóveis quando vende uma casa, recebe dinheiro do proprietário e não de quem a adquiriu.

No futebol é diferente, quem paga é o comprador.

Na transação de Junior Dutra também para o alvinegro paulista, foi pago ao seu ex-agente R$ 300 mil.

Era outro jogador livre.

A farra e  folia no futebol é grande, e só quem acredita na existência de Papai Noel pode achar que tudo vai bem no reino de Del Nero.

NOTA 5- A APROVAÇÃO DO ÁRBITRO DE VÍDEO

* Um relatório publicado pela Universidade KU Leuven, na Bélgica, para a International Board divulgado na segunda-feira, apontou que 98,4% de acertos nas decisões tomadas nas partidas que tiveram a participação do arbítro de vídeo (VAR).

Na conclusão do documento, ficou demonstrado que o tempo perdido para as analises dos lances ocorridos, foi de apenas 1 minuto.

Os dados foram obtidos em 804 jogos à partir de 2016.

Ficou ainda constatado no trabalho, que somente 8% das decisões tomadas modificaram as interpretações dos árbitros.

No Brasil como não poderia deixar de ser, a tecnologia produziu um árbitro de vídeo amigo.

São coisas de um país, onde corruptos são aplaudidos e os honestos execrados.

NOTA 6- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* Em uma nota anterior sobre a negociação do volante Rithely do Sport com o Atlético-MG, alertamos a direção do clube rubro-negro sobre a fama de péssimo pagador do time mineiro.

Por conta disso, recebemos um email com a notificação do alvinegro de Minas Gerais contra o clube da Ilha do Retiro, cobrando R$ 1 milhão que esse estava devendo por conta da transferência de André, e mais diversos valores por empréstimos de jogadores, como Mansur, Alex Silva, Patric, Renan Ribeiro, entre outros.

Um fato interessante sobre o assunto é que na proposta apresentada para a compra dos direitos econômicos de Rithely, o Atlético-MG colocou tais débitos para serem descontados dos valores que seriam pagos.

Vamos perguntar sem ofender: quantos débitos ainda irão aparecer, e que estavam escondidos pelo clube, como aconteceu com o São Paulo, no tocante a Rogério?

O Sport está ficando um péssimo pagador.

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