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Escrito por José Joaquim

No dia de ontem tanto nas ruas como pelas mensagens no telefone, fomos cobrados por amigos sobre o pênalti não marcado que poderia ter dado a vitória para o Central que seria importante para que esse fique entre os oito melhores classificados no final do turno, e a razão de que o árbitro não seja indiciado pelo Tribunal Esportivo.

Tal fato só acontece por conta da impunibilidade da arbitragem que é protegida pela legislação, inclusive para um erro como o que vimos no jogo entre o Santa Cruz e o time de Caruaru.

Na realidade do nosso futebol, quando um dirigente, um treinador ou um jogador protesta contra o ¨status quo¨ dominante, de imediato aparece um procurador da Justiça Desportiva ingressando com uma denúncia contra esses.

Centenas de casos ocorrem pelo Brasil afora.

Os árbitros cometem vários desatinos, e quantos são denunciados pela Procuradoria Desportiva?

Quantos julgamentos assistimos nos diversos tribunais desportivos que tenham a arbitragem no banco dos réus? Poucos e raros.

Existe uma tese sobre o assunto, e que tem fundamento, de que as regras do futebol fazem do arbitro um soberano nas quatro linhas.

Os seus critérios são interpretativos e, por conta disso, denúncias contra pênaltis não marcados, ou confirmados de forma ilegal, gols de impedimentos, não podem ser efetivadas, desde que se esses fossem condenados os tribunais receberiam centenas de processos, explodindo as competições.

Por outro lado, temos o artigo 58-B do CBJD que deixa bem claro a impunibilidade da arbitragem com relação as suas decisões, quando determina que essas são definitivas, ou seja estragam tudo em nome da lei.

Enquanto o Código tem as suas restrições, a Comissão de Arbitragem que poderia tomar as devidas providências, não o faz por conta do corporativismo.

Criaram uma reciclagem, para que o árbitro possa estudar com mais afinco as várias regras do jogo, algo na verdade apenas para iludir os iludidos de plantão.

Se os erros grotescos fossem punidos com rigor, inclusive com o afastamento do quadro, certamente não iriamos contemplar tantos resultados alterados pelos árbitros inimputáveis perante a lei.

A solução existe, e está ligada a implantação do árbitro de vídeo, que poderia resolver todas as duvidas inerentes ao jogo, e certamente os problemas seriam resolvidos.

Enquanto os maiores centros futebolísticos utilizam o VAR, no Brasil a entidade maior do futebol fica discutindo o custo do sistema para a sua implantação em nossos estádios.

Na verdade o arbitro de vídeo em nosso país em uma experiência em Pernambuco, tornou-se o ¨arbitro de vídeo amigo¨.

O erro cometido pelo árbitro Gleydson Leite foi grotesco, desde que o goleiro do Santa Cruz utilizou os mesmos procedimentos do futebol americano para desarmar o adversário.

Com o VAR funcionando o fato seria resolvido.

São coisas do futebol brasileiro.

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