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Escrito por José Joaquim

A evolução do mundo é um fato real. Saímos da idade da pedra para a era da tecnologia e do mundo plano.

O Brasil de hoje apesar dos seus corruptos é bem diferente do Brasil de ontem.

Um fato estranho acontece com o nosso futebol que já foi grandioso e tornou-se medíocre em todos os seus segmentos. Não acompanhou a evolução.

Tínhamos abundância de craques nos gramados, tão diferente do que acontece nos dias de hoje, onde para se achar um diferenciado é o mesmo que procurar uma agulha em um grande palheiro.

Quando poderemos assistir um confronto que aconteceu na década de 60, como o do Náutico e Santos, com duas equipes fantásticas, e que as novas gerações não irão ter a alegria de ver algo tão brilhante do futebol de Pernambuco.

Fizemos uma pesquisa para mostrarmos a regressão do esporte da chuteira no Brasil, e anotamos alguns times que tiveram destaque em anos anteriores, e que eram compostos por verdadeiros craques da bola, e não os do marketing moderno que os fabricam hoje.

Encontramos o Santos de 62 sob o comando de Lula, com Gilmar, Lima, Mauro Ramos, Calvert e Dalmo, Zito e Mengálvio, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Sem comentários, bem superior ao Barcelona e Real Madrid da atualidade.

Também em 62 tivemos o Botafogo, sob o comando de Marinho Rodrigues, com Manga, Zé Maria, Nilton Santos, Tomé e Rildo, Airton, Didi e Amarildo, Garrincha, Quarentinha e Zagallo.

Os dois times formaram a base das seleções que conquistaram as Copas do Mundo de 1958 e 62.

O Palmeiras de 72, sob o comando de Oswaldo Brandão, com Leão, Eurico, Luis Pereira, Alfredo e Zeca, Dudu e Ademir da Guia, Edu, Madruga, Leivinha e Nei.

O Fluminense de 75, sob o comando de Paulo Emilio, com Felix, Toninho, Silveira, Assis e Marco Antônio, Zé Mario, Cléber e Rivelino, Cafuringa, Gil e Mario Sergio.

O Flamengo de 82, sob o comando de Paulo Cesar Carpegianni, com Raul, Leandro e Marinho, Mozer e Junior, Andrade, Adilio e Zico, Tita, Nunes e Lico.

O São Paulo de 92/93, sob o comando de Telê Santana, com Zetti, Vitor, Valber, Ronaldo e André Luiz, Adilson, Dinho, Pintado e Cafú, Muller e Palhinha.

Teríamos dezenas  de grandes equipes para mostrar, mas o espaço não as caberiam, daí escolhermos essas que servem de parâmetro para as discussões.

Mas para fecharmos com a chave de ouro, separamos três equipes de nossos clubes que  fizeram época por sua qualidade.

O Náutico de 1965, sob o comando de David Ferreira (Duque), com Lula, Gena, Mauro, Gilson Saraiva e Clóvis, Didica e Ivan, Nado, Bita, Nino e Lala.

O Santa Cruz de 1973, sob o comando de Paulo Emilio, com Gilberto, Gena, Antonino, Paulo Ricardo e Botinha, Erb, Luciano Veloso e Givanildo, Walmir, Ramon e Fernando Santana.

Finalmente tivemos o time do Sport de 1975, sob o comando de David Ferreira (Duque) com Tobias, Marcos, Pedro Basilio, Alberto e Claudio Mineiro, Luciano Veloso e Assis Paraíba, Miltão, Garcia, Dario e Peres.

Quando os comparamos com os times de hoje, a regressão do futebol fica bem acentuada.

Na verdade éramos felizes e não sabíamos.

Comentários   

0 #3 RE: A REGRESSÃO DO FUTEBOL BRASILEIROBLOGDEJJ 29-01-2018 12:23
Citando guilardo:
Caro amigo. A respeito do seu brilhante artigo sobre os grandes times que tivemos, vale a pena referenciar também o plantel que o Santa Possuia, no fim da década de 70, quando despontavam jogadores como: Carlos Alberto Rodrigues(volante) , Wilson Carrasco, Pedrinho, Mazinho(Deus de Ébano), Fumanchu, Nunes( Cabelo de Fogo), Joãozinho e Pio, dentre outros, que encantaram o Brasil. Ainda a respeito da crônica, ontem assisti um documentário ( Garrincha Alegria do Povo) pela TV Brasil. O treino do Botafogo era um desfile de craques. E ver Garrincha jogar( eu nunca vi ) realmente fazia a alegria de um Maracanã cheio, com 100/120 mil torcedores para ver os grandes clássicos cariocas. Pobre estádio, que foi inteiramente descaracterizado agora em virtude da Copa. Aqui na terrinha, chegamos ao fundo do poço, com clássicos, como Sport e Náutico, com 3.000 pessoas. Acabou-se o futebol pernambucano. Somos arremedo do que fomos. O Santa, por exemplo, nivelou-se aos pequenos times do Nordeste, tal qual o Náutico. O Sport vive de empáfia dos seus diretores, e agora, sabidamente de mentiras, para enganar o seu torcedor. O ocaso chegou para nós, lamentavelmente.


Prezado Guilardo:
Parabéns pelo comentário, que enriqueceu o artigo. O amigo tem inteira razão.
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0 #2 RE: A REGRESSÃO DO FUTEBOL BRASILEIROANTONIO CORREIA 29-01-2018 12:20
JJ: Realmente Guilardo tem razão. Esse artigo é brilhante. Iria comentar mas quando li o que foi escrito por esse, peço licença para subscrevê-lo.
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0 #1 RE: A REGRESSÃO DO FUTEBOL BRASILEIROguilardo 29-01-2018 11:52
Caro amigo. A respeito do seu brilhante artigo sobre os grandes times que tivemos, vale a pena referenciar também o plantel que o Santa Possuia, no fim da década de 70, quando despontavam jogadores como: Carlos Alberto Rodrigues(volante) , Wilson Carrasco, Pedrinho, Mazinho(Deus de Ébano), Fumanchu, Nunes( Cabelo de Fogo), Joãozinho e Pio, dentre outros, que encantaram o Brasil. Ainda a respeito da crônica, ontem assisti um documentário ( Garrincha Alegria do Povo) pela TV Brasil. O treino do Botafogo era um desfile de craques. E ver Garrincha jogar( eu nunca vi ) realmente fazia a alegria de um Maracanã cheio, com 100/120 mil torcedores para ver os grandes clássicos cariocas. Pobre estádio, que foi inteiramente descaracterizado agora em virtude da Copa. Aqui na terrinha, chegamos ao fundo do poço, com clássicos, como Sport e Náutico, com 3.000 pessoas. Acabou-se o futebol pernambucano. Somos arremedo do que fomos. O Santa, por exemplo, nivelou-se aos pequenos times do Nordeste, tal qual o Náutico. O Sport vive de empáfia dos seus diretores, e agora, sabidamente de mentiras, para enganar o seu torcedor. O ocaso chegou para nós, lamentavelmente.
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