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Escrito por José Joaquim

Ao assistirmos o jogo entre Vitória e Náutico com a Arena vazia, uma repetição do que vem acontecendo há um bom tempo, ficamos na certeza de que nada acontece por acaso.

Postamos vários artigos sobre a situação do clube da Rosa e Silva que vinha em um processo de regressão desde a década de 90, e que acentuou-se no milênio.

Há anos que vivenciamos o decorrer da vida desse clube.

Assistimos vários jogos realizados na década de 60 que foi o período de suas maiores conquistas, inclusive com o Hexa Campeonato.

O grande problema do clube é que os seus torcedores e obvio os seus dirigentes continuaram agarrados a esse título e esqueceram do seu futuro, que hoje é imprevisível, com a gravidade de não agregar as novas gerações.

O Náutico na década de 60 era o clube de Pernambuco com maior número de torcedores, hoje é o terceiro com 800 mil simpatizantes, o que aliás não é de se jogar fora, mas está faltando um trabalho bem planejado para trazê-los de volta ao ninho.

Assistimos um jogo entre Náutico e Vasco em 1983, no Arruda com 41.020 pagantes, um Náutico x Sport nos Aflitos, em 1968, com 31.066 e, Náutico x América-MG também nos Aflitos com 29.022 torcedores em 1997.

Hoje vimos a Arena Pernambuco receber no ex-clássico das emoções contra o time do Sport, menos de 3 mil testemunhas.

Nada melhor para uma análise profissional sobre tal fato.

Os dados estatísticos do clube alvirrubro mostram a sua total regressão, e demonstram que a sua sobrevivência deve ter sido obra da persistência e abnegação dos seus associados.

A queda começou com mais força na década de 90, quando o time só esteve em quatro edições da divisão principal (1991 a 1994). Em 1992 foi rebaixado mais houve uma virada de mesa, e não aconteceu a Série B, e por conta disso foi beneficiado.

No ano de 1994 foi rebaixado para a Série B, até o ano de 1998, onde foi rebaixado para a C.

Depois da Copa João Havelange, em 2000, retornou à antiga Série B, onde disputou os seus campeonatos no período de 2001 a 2006, ano em que conseguiu, enfim, a volta para a primeira divisão nacional.

Nessa permaneceu apenas 3 anos e, em 2009, juntamente com o Sport, sofreu mais um descenso, permanecendo por dois períodos, voltando a participar da competição nacional nos anos de 2012 e 2013, quando sofreu mais uma queda.

Ficou na Segunda Divisão entre 2014 e 2017, quando foi rebaixado para a C.

Como podemos observar nos dados citados, o Náutico no período de 1991 a 2000 jogou na Primeira divisão por apenas 4 vezes.

No século XXI, participou dessa por 4 vezes, o que totaliza em 27 anos já contando com o de 2018, 8 participações.

Com relação ao estadual que hoje vale muito pouco, desde 2004 não conquista o título.

Certamente faltou uma análise mais acurada para que os problemas que levaram a tal performance pudessem ser detectados, e dai a elaboração de um bom projeto à longo prazo, que subsidiasse uma manutenção mais permanente.

As implicações das ausências numa competição de maior nível para os clubes são inestimáveis.

Um clube com 8 participações no grupo maior do futebol brasileiro em 27 anos de competição, contra 19 em outras divisões, acarreta prejuízos por ser a porta de entrada para maiores receitas.

Obviamente em qualquer modelo de empresa, os recursos provocam investimentos e estabilidade.

Na realidade ao analisarmos tais números ficamos convictos que houve uma acomodação no alvirrubro, visto que os problemas foram se acumulando e com eles o endividamento, levando a prejuízos anuais, e com precárias condições de soluções.

Alguns amigos alvirrubros sempre nos perguntam se existe uma salvação para o clube, e sempre respondemos que com um número de torcedores resistentes esse poderá sobreviver as tempestades, mas para que possa acontecer existe a necessidade de um trabalho profissional para a formatação de um projeto estruturante.

Caso isso não aconteça o Náutico corre o perigo de se transformar em um clube sem grandes aspirações, ou seja um possível Bangu do amanhã.

Comentários   

0 #4 RE: A REGRESSÃO DO NÁUTICOANTONIO CORREIA 30-01-2018 16:53
JJ: O amigo foi otimista com relação ao futuro do Náutico, que poderá sobreviver após uma restruturação. Acho que a situação do alvirrubro é irreversível, pois perdeu o bonde da história,
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0 #3 RE: A REGRESSÃO DO NÁUTICOCLAUDIO LEITE 30-01-2018 13:48
JJ: A solicitação de Clovis sobre o Santa Cruz é pertinente. Quanto ao artigo e hoje, parabenizo mais uma vez o blog por conta do conteúdo.
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0 #2 RE: A REGRESSÃO DO NÁUTICOCLOVIS ARRUDA 30-01-2018 13:15
JJ: Sou torcedor do Santa Cruz e gostaria de uma análise como essa cm relação a queda de meu clube. Coloque na sua pauta esse pedido. Quanto ao artigo, esse está perfeito.
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0 #1 RE: A REGRESSÃO DO NÁUTICOPLINIO ANDRADE 30-01-2018 10:51
JJ: Sou torcedor do Náutico há muitos anos, e realmente o que está escrito nesse artigo mostra o que aconteceu nos últimos anos. Faltou ao clube um projeto como você fez no Sport nos anos 90, o qual acompanhei. Já repasse para os amigos o artigo, já que s nossas mídias são fracas e só escrevem falam em abobrinhas. A diretoria do Náutico deveria acessar o blog.
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