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Escrito por José Joaquim

A queda livre do futebol brasileiro em todos os seus segmentos é um produto de vários fatores, e entre esses o falso modelo de formação de atletas.

Existe um sistema na maioria dos clubes que é o de fingir que forma, quando na realidade deforma.

Pernambuco é um exemplo com seus clubes contratando dezenas de atletas, aproveitando pouco as suas bases, se é que essas existem de verdade.

A formação com poucas exceções nunca foi trabalhada de forma correta no Brasil. Não existe uma metodologia de trabalho, uma unificação do sistema de forma vertical, com o profissional.

Não temos muitos profissionais na área que estejam preparados para o trabalho no setor.

A maioria dos treinadores é de ex-atletas sem o devido preparo.

Não temos nada contra, mas para que esses sejam bem aproveitados deveria ter um processo também de formação.

Hoje quando um atleta consegue ascender ao profissional chega sem os fundamentos principais,  e isso é observado durante os jogos.

Cabeceiam de olhos fechados, marcam a bola e não o adversário, não sabem chutar, entre outras coisas.  

Em nosso estado quantos jogadores da formação são aproveitados? Poucos e assim mesmo nenhum que apresente um futuro promissor.

O Sport tem alguns reservas, com defeitos de formação.

Everton Felipe despontou, mas estancou durante o processo, e teve uma grave contusão que o tirou dos gramados.

Os clubes disputam diversas competições durante a temporada que vão do nada para o nada. O tempo gasto deveria ser aproveitado para o ensinamento dos fundamentos, algo muito raro nesse setor.

Nenhum desses tem um Centro de Treinamento específico  para as bases, como acontece com alguns clubes do Sudeste, e tal fato ajuda a reduzir a capacidade de formação.

Um amigo nos fez uma pergunta interessante sobre o assunto: qual a razão de que nas décadas anteriores os times eram compostos por jogadores que vinham da base e com qualidade, e hoje são raros os que desabrocham?

Um fato que não é analisado serve para a resposta a tal pergunta.

Os garotos desde tenra idade começavam com a bola de meia, depois de borracha, em peladas de ruas. Aprendiam os dribles, o equilíbrio e a agilidade, que eram levadas para os clubes.

Na época só existia a categoria juvenil, e nessa os treinadores os preparavam de forma definitiva para a profissão.

Hoje os jovens trocaram a bola de meia pelos celulares, e a formação começa em escolinhas que ganham dinheiro e pouco produzem.

Em 2012 os investimentos dos chamados grandes clubes brasileiros nas categorias inferiores era de 14,2% de suas receitas.

No ano de 2016 essa foi de 14,5%, ou seja não houve crescimento.

Para o futebol regional que não tem grandes recursos, a solução é sem duvida as suas bases, e como elas não são bem formatadas, o que vem acontecendo é a resultante do falso trabalho de formação, que exige também uma boa escolaridade. 

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