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Escrito por José Joaquim

Existem alguns segmentos do futebol brasileiro que necessitam de uma análise mais profunda.

Um é o relacionado aos treinadores.

Como convivemos com muitos desses personagens, alguns com excelentes currículos, lembramos do fosso que os separam daqueles que atuam nas grandes agremiações, com bons contratos, carteiras assinadas e multas contratuais.

Na maioria dos clubes menores, não existe contrato assinado entre treinadores e clubes. Os acordos não são respeitados, e no final muitos são demitidos sem receberem salários.

A grande maioria termina na Justiça do Trabalho na busca dos seus direitos, e embora ganhem as causas, não os recebem por conta das situações financeiras das agremiações.

As condições de trabalho são precárias, e esses profissionais atuam em diversos setores, e na primeira derrota tornam-se os culpados e já começa o preparo para a degola.

São contemplados com salários que variam de conformidade com a situação de cada clube, e que vão de R$ 15 mil a um mínimo, mas na maioria são virtuais, existem apenas nas promessas e não chegam aos seus bolsos.

Noventa por cento desses profissionais da bola não possuem direito aos benefícios trabalhistas, e vivem de forma bem diferente daqueles das divisões maiores que contam com tais obrigações, muito embora os clubes quando os demitem fazem acordos e muitos deles atrasam nos seus cumprimentos.

Os técnicos de clubes menores são os heróis de nosso futebol, e por incrível que pareça são protegidos pela Lei 8650, de 1993, do governo Itamar Franco que determina o registro dos contratos nas federações, fato esse que não é respeitado nos estaduais.

Nas divisões nacionais também era esquecida, e o Circo após 24 anos resolveu cumpri-la com relação aos que disputam as quatro Séries Nacionais.

Essa era uma lei que nunca foi acatada, e existia de forma virtual.

O Circo do Futebol não tinha necessidade de uma Resolução para tal objetivo, desde que bastava cumpri-la.

As federações estaduais também deveriam acata-la.

Esse é o Brasil que nós conhecemos, onde o abismo entre os grandes e pequenos,  também tem um impacto nas carreiras dos treinadores do futebol.

Se existe a Lei que essa seja cumprida, dando maiores garantias para o segmento.

Resolvemos publicar essa postagem por conta de um treinador que conhecemos, que não tinha contrato com o seu clube, foi demitido e pena há dois anos para receber os seus direitos.

Lamentável.

Comentários   

0 #1 RE: PROFISSIONAIS SOFREDORESCLAUDIO LEITE 06-02-2018 14:31
JJ: O artigo é a cara do futebol brasileiro e suas diferenças. Um técnico de um time menor é o faz tudo, ganha pouco e muitas vezes não recebem. A lembrança foi boa.
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