Os vanguardeiros do atraso dominam o futebol brasileiro.
Pelo menos os treze dirigentes dos clubes da Série A Nacional assim o demonstraram na reunião do Conselho Técnico que foi realizada no picadeiro do Circo Brasileiro do Futebol, quando aprovaram medidas indecentes e não aceitaram a implantação do árbitro de vídeo.
O mais grotesco ouvimos do novo presidente do Vasco que assumiu através de um golpe, desde que sequer foi votado na eleição geral, quando esse afirmou que não sabia o valor dessa tecnologia nos jogos.
A alegação que o custo do projeto era alto e que iria onerar os seus cofres, esse grupo dos treze deram um tiro no pé, indo de encontro a modernidade que já vem sendo utilizada em vários países do mundo.
O custo beneficio seria muito maior do que os gastos, desde que a credibilidade da competição daria a garantia de melhores receitas.
Hoje quem patrocina as camisas da maioria dos clubes é a Caixa Econômica, desde que empresas que poderiam participar fogem do futebol como o diabo da cruz.
Os cartolas preferem os graves erros das arbitragens que afetam os resultados, ou talvez, ainda acreditam na força do sujeito oculto, no lugar do árbitro de vídeo.
Quem na reunião levantou uma questão sobre os custos do sistema, que segundo a cartolagem do Circo estão estimados em R$ 20 milhões, ou seja R$ 1 milhão para cada clube?
Estávamos em Lisboa no mês de setembro do ano passado quando aconteceu a assinatura do novo contrato entre a Liga e a Federação Portuguesa para a continuidade da utilização do VAR na temporada de 2018/2019, e que continuaria a ser bancado pela entidade Lusa.
Por incrível que pareça a implantação e a utilização da tecnologia de vídeo, tinha o custo de 600 mil euros (R$ 2.4 milhões) na temporada 2017/2018. Houve um aumento para 1 milhão de euros (R$ 4,0 milhões).
Tudo isso estava escrito e falado nas mídias portuguesas.
No Brasil o Circo apresenta um orçamento cinco vezes maior do que o pago em Portugal, que é estranho e cheira a um superfaturamento, que em nosso país é tão normal como uma bala perdida.
Nenhum dirigente dos clubes que estavam presentes levantou tal problema, e sequer devia ter conhecimento da realidade do país Luso.
São os vanguardeiros do atraso.
Qual a razão de não procurar a empresa portuguesa responsável pelo sistema?
Na verdade não existe o menor interessa em modernizar o nosso futebol, desde que a cartolagem com sete exceções nessa reunião mostraram que preferem o atraso ao moderno.
O Calendário é outro exemplo que é aceito, criticado e que continua há anos, massacrando esse esporte no país.
Outra atitude insana foi o da aprovação pelo Conselho Técnico, da venda do mando de campo no Brasileirão.
Não existe nada mais imoral do que isso, e que mostra a cara do nosso futebol.
Qual o clube da Europa que vende o seu mando?
Nenhum.
Jamais tal fato aconteceu, mas no Brasil onde um processo fica 14 anos nas gavetas do Tribunal Superior e que termina prescrito, tudo isso é normal inclusive o de afanar o dinheiro público.
Infelizmente sabemos que vai demandar muitos anos para uma refundação do esporte da chuteira no Brasil, se é que esse irá sobreviver, desde que pelo andar da carruagem o abismo está cada vez mais próximo.
Comentários
0#1RE: VANGUARDEIROS DO ATRASO —
ANTONIO CORREIA07-02-2018 12:19
JJ: A CBF não deseja mudar. Dinheiro não falta, As Federações estaduais receberam quase R$ 26 milhões em 2016. Compra de votos. Pelo que o amigo nos mostrou o valor em Portugal é cinco vezes menor. No Brasil que construiu estádios com mais de R$ 1,2 bilhões quando no máximo gastariam R$ 700 milhões. Essa proposta da CBF tem algo estranho no seu bojo,
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