O futebol foi prejudicado pelo continuísmo dos cartolas, que gerou o caos que está instalado, e que criou condições que figuras como Ricardo Teixeira, José Marin, Del Nero e tantas outras desse nível tivessem longas permanências em seu comando.
Os dirigentes ao assumirem os cargos só pensavam no futuro, com mais uma reeleição, e foram gostando, se perpetuaram e afundaram o esporte, que vive hoje dias de desespero.
Com a nova legislação com exceção do Circo Brasileiro de Futebol, os dirigentes de Federações e clubes ficaram privados do continuísmo exacerbado, mas na realidade trata-se de uma medida inóqua, quando laranjas serão ativados, e guardarão os seus lugares para a próxima temporada.
Uma perpetuação de longos anos como aconteceu no Circo com Ricardo Teixeira transformando-o em um antro de corrupção.
Os acontecimentos comprovam e falam mais alto.
O cartola assume uma Federação com um salário de R$ 25 mil pago pela entidade maior.
Além disso tem um sistema ao seu redor que lhe dá uma cobertura que calculamos em mais de R$ 30 mil. Secretaria, carro com motorista, cartão coorporativo para as despesas de almoço e jantares, telefone, e uma outra série de penduricalhos.
Diversas viagens, muitas vezes para o exterior por conta do Circo.
Por outro lado uma imagem que era desconhecida ganha as mídias.
Acontecia uma empolgação, e a reeleição era a solução, desde que largar um osso tão gostoso seria impossível.
O mais grave é que os cartolas tornaram-se donos de suas entidades, onde o público foi misturado com o privado.
O nepotismo corre solto.
O mesmo acontece nos mais diversos clubes, quando assume um dirigente desconhecido, começa a aparecer, a utilizar as mordomias do cargo e a mosca azul passa por sua orelha e o desejo de continuar fala mais alto.
As vezes passa de pai para filho.
Não existe transparência em boa parte das agremiações, e não sabemos o que acontece nos seus intramuros. No final os rombos aparecem.
O futebol é sem duvida o exemplo do mal que faz o continuísmo e dos casuísmos adotados, desde que a ambição, o apego aos cargos e as benesses que trazem consigo, tornaram-se os ingredientes de algo assustador, pensando-se em tudo, menos no engrandecimento do esporte.
Na verdade precisamos de um profissionalismo eficaz, de clubes empresas que iriam contribuir para o avanço desse esporte.
Não entendemos o amor e o apego dos dirigentes a um cargo que na verdade é estressante.
Só as benesses compensam, enquanto o produto futebol está sendo dizimado.
O artigo está perfeito quanto ao diagnóstico, mas completamente errado quanto ao remédio. O problema do futebol não reside na gestão que realiza verdadeiro milagres diante da iniquidade. O problema está na correlação de forças na distribuição do poder entre as várias regiões. Para explicar esta disparidade regional, cito o golpe parlamentar de estado contra a democracia brasileira em 2016. Os golpistas estão localizados no eixo Rio-São Paulo-Belo e Porto Alegre, igualzinho no futebol. Assaltaram o poder, mas não estão interessados em tirar o gesso que imobiliza o resto do país. Assista os discursos na câmara e do senado da direita ludibriada, e verá claramente essa reclamação da convergência de dominação do sul-sudeste. Os destros do agronegócio já estão em pavorosa com a ditadura do Ibama aparelhado pela ditadura da Globo-Fiesp-MP e o estado lamentável de suas estradas para o escoamento da produção agrícola. Os turcos do eixo não estão interessados na solução dos problemas dos abandonados do norte, nordeste e centro-oeste, mas apenas em aparelhar o país aos seus interesses financeiros coloniais. Então, haja pixulecos para sustentar os vândalos venais da periferia. Os centuriões lagartixas são apenas prepostos da ditadura dos doze turcos da Avenida Paulista e Faria Lima com os do jardim botânico e da República de Curitiba. Desejam mesmo é liquidar o que restou do Brasil e impedir a qualquer custo a concorrência dos eternos excluídos da boca do funil. Esta tem sido a pisada há 518 anos desde a fundação do Colégio São Paulo - Excluir, Engessar, Proibir, Ludibriar e Impedir qualquer tentativa de progresso e desenvolvimento dos boi-bundões, forró-bodenses e dos novos gaúchos soja-carretas.
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