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Escrito por José Joaquim

Estamos de volta ao mundo real, deixando sem a mínima saudade o virtual que estava sendo mostrado pelas mídias brasileiras.

O Carnaval é a repetição dos anos anteriores. Nada se aproveita, tal como no futebol brasileiro.

Pelo menos as festas de Momo nos livraram das mediocridades dos jogos de diversos estaduais pelo Brasil afora, e nos mostraram bons encontros do futebol europeu, embora esse também tenha alguns fora da curva.

Nem tudo são flores. 

Carneiro Neto, colunista do jornal Gazeta do Povo, do Paraná, em um dos seus artigos retratou a realidade que vivemos no esporte da chuteira no pais: ¨No mundo do futebol onde só os ingênuos não percebem o desagrado dos torcedores com a forma que vem sendo administrado, toma corpo o diagnóstico de que ele requer uma radical mudança na sua cultura e nas suas estruturas¨.

Nada mais do que uma verdade em um mundo em que se discute o chororô que foi provocado por Vinicius Junior no jogo do Flamengo e Botafogo e deixa de lado o mais importante que foi a beleza do gol.

Por conta disso numa atitude infantil o presidente do clube alvinegro carioca buscando o seu momento de celebridade, negou a cessão do estádio Nilton Santos para a partida final da Taça Guanabara entre Flamengo e Boa Vista.

Um FEBEAPÁ que serve para apequenar cada vez mais o esporte.

O falecido jornalista Marcio Moreira Alves, que era brilhante na sua profissão tinha uma frase lapidar para o jornalismo brasileiro: 

¨Todos nós repórteres, sofremos da síndrome do obvio. Vemos o que é evidente, e custamos mais a ver o importante¨.

Embora o texto tenha sido escrito há vários anos, está atualizado com o momento em que vivemos.

Os programas esportivos tratam de tudo, menos do que acontece na realidade do futebol.

Temos novos humoristas no lugar de jornalistas, e as análises são frívolas e sem conteúdo.

O futebol brasileiro afundou por conta da omissão dos clubes e de seus dirigentes, e da inércia das mídias, que não conseguiram até hoje derrubar um calendário insano, massacrante para os clubes e sobretudo para os profissionais.

Os cartolas se acomodaram com os dribles dados na Lei Pelé, entregaram de forma pacifica e alguns por esperteza, os clubes aos empresários que dominam esse esporte em nosso país.

Falta um planejamento, como acontece no futebol da Europa, cujos estádios estão sempre repletos de torcedores, enquanto no Brasil a ociosidade toma conta dos seus.

Uma parada de três dias nos trouxe ensinamentos importantes, e entre esses é o da certeza da estagnação de um esporte que já foi do povo, e hoje é da televisão com transmissões enganosas, quando os seus profissionais não tem a liberdade de uma análise mais profunda de uma realidade tão latente.

Um verdadeiro FEBEAPÁ a cada jogo.

A temporada esportiva começou sem nada que possa ser destacado, a não ser o abandono dos torcedores.

Ou mudamos ou morremos.

Comentários   

0 #2 RE: DE VOLTA AO MUNDO REALANPONIO CORREIA 14-02-2018 18:45
JJ: Assistia alguns programas da ESPN, mas não aguentei mais. Esses ingressaram na mesmice dos demais que está para o humorismo do que o esportivo. As mídias tem uma boa parcela de responsabilidade dessa queda do futebol do Brasil,
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0 #1 RE: DE VOLTA AO MUNDO REALRUBRO-NEGRO 14-02-2018 12:19
JJ: O amigo retornou com força. O Artigo representa o mundo real do futebol brasileiro. Com relação ao jornalismo de humorismo você tem razão. Os programas são insuportáveis e são formadores de imbecis do futuro.
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