O futebol brasileiro está sem fome, por conta da avareza que foi posta dentro dos gramados.
Os clubes são como os avaros que não se conformam com aquilo que acumulam, e sempre querem mais, e para que isso possa acontecer foi estabelecido o sistema nos seus times, o de não perder, se possível empatar, e que a vitória venha por conta do acaso, e com o placar de 1x0.
Está faltando a fome aos times brasileiros para impulsionar o desejo de ganhar, e para que isso aconteça torna-se necessário a busca pelo gol, que é a essência desse esporte.
O interessante é que o Náutico que não tem as riquezas acumuladas tem a fome de ganhar, bem diferente dos abonados.
Plutarco já dizia: ¨a bebida elimina a sede, a comida satisfaz a fome, mas o ouro não elimina nunca a avareza¨.
Nada melhor para enquadrar o nosso futebol, que abastecido com muito ouro, tornou-se avaro, e esqueceu da competição em si, ficando sem fome, o apetite de bons jogos e com vitórias com um placar que satisfaça os torcedores.
O gol satisfaz sem duvida a fome.
A fome no futebol é ganhar jogos, marcar gols, e não como vem acontecendo, com um defensivismo implantado de forma brutal, e que vem afugentando o torcedor.
Um exemplo internacional de um clube avaro vem do time milionário Manchester United, que não tem fome e usa o biarticulado como tática.
Deu no que deu encontrou pela frente um grupo com vontade de ganhar, o Sevilla, 5º colocado no campeonato da Espanha, que o derrubou na Liga dos Campeões com o placar de 3x0.
As estatísticas dos estaduais brasileiros que na maioria contemplam clubes fracos, a media geral de gols é de 2,4 por partida.
O futebol é emoção, é competição e nada melhor do que o gol para que isso possa acontecer.
No momento em que os clubes sentiram-se recompensados com o que recebem, e para que continuem a manutenção, implantaram o regime da avareza, fecharam os seus espaços, não permitem que os seus atacantes saiam na busca do gol, e que ficam esperando por um erro dos adversários.
O jogo tornou-se chato, emperrado e sem a menor motivação.
O torcedor entendeu, a média de público por jogo estagnou, desde que esse não é bobo, sabe do que gosta, e certamente o que lhes estão oferecendo não satisfaz as suas necessidades.
Enquanto os cartolas não entenderem da necessidade de mudar esse sistema, continuaremos a ter jogos com estádios vazios, entregues aos fantasmas, que é o retrato da vitória dos avaros contra o futebol que todos desejam.
Comentários
0#3Avareza apenas no campo —
Beto Castro16-03-2018 15:55
Se unificarmos a avareza no campo com o esbanjamento na contratação de caminhões de pernas de pau, a prodigalidade nos gastos inúteis, a pulverização de recursos escassos e a ignorância narcisista dos falastrões curiosos, atingiremos a fome cavalar do nosso futebol nos níveis do norte da África com clubes esqueléticos e mortes em massa. A avareza nos gramados é apenas consequência do calendário da morte e da ganância dos aparelhadores do futebol (Doze Tribos+Edificio sem Nome+Capitães do Mato+Centuriões Lagartixas e Plaqueiros ladrões. Tudo comandado pela Rede Golpista da Desgraça do Brasil e dos brasileiros.
0#2RE: A AVAREZA E A FOME NO FUTEBOL BRASILEIRO —
CARLOS ALFREDO16-03-2018 13:12
JJ: Concordo com o Antônio Correia. Os jogos no Brasil tornaram-se chatos. Aliás em tudo desde os narradores e comentaristas, até a falta de qualidade dos jogadores.
0#1RE: A AVAREZA E A FOME NO FUTEBOL BRASILEIRO —
ANTONIO CORREIA16-03-2018 12:46
JJ: O número de empates nos jogos refletem bem o que o amigo escreveu no artigo. Passou o tempo em que os artilheiros somavam mais de 20 gols numa competição, chegando muitas vezes aos trinta. Hoje é retranca e um ônibus à frente das defesas.
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