O modelo do futebol brasileiro está mais para um Rendez-Vous do que para um esporte que já foi o mais importante para a sociedade do país.
Quando acompanhamos os jogos de algumas Ligas Europeias com estádios lotados, independente da classificação dos clubes, sabemos que tal fato é um produto da venda antecipada de ingressos, que garante a presença dos consumidores por toda a temporada.
Isso só acontece por conta de gestões profissionais e inteligentes, e sobretudo sem as diversas espertezas daqueles que as comandam, que garantem o cumprimento de uma tabela, sem alterações em suas datas, perdas de mando de campo e outras esculhambações que acontecem em nossa pátria tupiniquim.
Os nosso exemplos são bem claros. O calendário coloca competições paralelas, e as datas são modificadas para atende-las. No futebol europeu só um grave problema muda os jogos programados.
Por outro lado, quando a detentora dos direitos de transmissão deseja alocar de forma melhor a sua grade de programação, as datas ou horários são alteradas.
Uma avacalhação total.
Os cartolas mudam como estivessem trocando de roupa, sem atentar para os prejuízos incalculáveis que trazem para o esporte, sobretudo na sua credibilidade.
Para que se tenha uma ideia exata desse absurdo, a média de mudanças de datas, horários ou locais de jogos é de 130 por ano. As explicações para tais modificações são patéticas.
O ritual sempre é o mesmo.
São coincidências com partidas das competições, reinvindicações da Globo, estádios fechados, venda de mando de campo para outras praças e punições dos Tribunais Desportivos.
Aliás, um rende-vous funciona melhor.
A venda de mando de campo foi oficializada pelo Circo do Futebol ao permitir que os cubes por cinco vezes possam jogar em outros estados. Nos estaduais vários participantes não tem locais para os seus jogos, e ficam vagando em casas estranhas que não tem nada com as suas cores.
Como o torcedor poderá acompanha-los, quando se transformam em beduínos, ou organizar previamente a sua ida aos estádios, quando as datas são modificadas a cada dia?
A história trágica da perda de mando de campo nos julgamentos nos Tribunais, em especial no STJD que tem a responsabilidade pelo Brasileirão, é também um indutor dessa desorganização.
Deveria se punir os culpados de forma dura, mas não o futebol e o bom torcedor. Como se pode formatar uma competição em que todos metem a mão na panela, sabendo que a alimentação sairá doce ou salgada?
Os que fazem o futebol no Circo e nas entidades locais não conhecem o sistema, sabem tanto sobre esse esporte como nós entendemos de Física: nada.
Esse cabaré da Mãe Joana é governado por cafetões e traficantes de escravos. Caso aceitem copiar os lavadores e sonegadores das Ligas Primeiras do Baú da Zurica, o novo prostíbulo fechará as portas de vez por disseminação de doenças venéreas, Aids e cancro mole. Pelo menos os centuriões lagartixas ainda possuem as sucursais dos assalariados das Doze Tribos e da Rede Golpe e vão empurrando o baixo meretrício com a barriga, com adesão dos jabazeiros do Toco Cru pegando fogo. A tal liga preconizada pelos imitadores coloniais será o fim definitivo da rede de prostituição.
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