O futebol brasileiro tem uma carência de bons dirigentes, e a precária situação da maioria dos clubes é um real comprovante.
Até uma boa parte dos executivos do setor deixa muito a desejar, incapaz de preparar um projeto a médio e longo prazo, com um planejamento estratégico para o período.
Para que o torcedor de futebol reconheça um péssimo dirigente, basta focar alguns pontos nos procedimentos adotados, para que possam elaborar o seu manual sobre o assunto.
Quando alguém assume um clube, sem analisar de forma profunda o estatuto, regulamentos internos, a legislação esportiva, uma ideia analítica do seu funcionamento, departamentos, etc, é o passo inicial para o fracasso.
Quando for aprender o buraco já está profundo.
Um segundo ponto, está referenciado quando o cartola deseja ser o dono da bola, o maioral, a sua voz é única a ser ouvida, com uma vaidade fora do limite, cercando-se de áulicos. É a pavimentação do caminho da mediocridade.
A arrogância é um pecado mortal de um dirigente.
Tal procedimento começa com o tratamento dado as pessoas, como se essas fossem subalternas, sem ouvi-las, dirigindo a agremiação de forma unilateral, bem longe dos padrões democráticos. O final será melancólico.
Por outro lado, o péssimo dirigente é retratado quando falha na escolha dos seus diretores, dos diversos executivos, deixando de lado a meritocracia, a competência, para dar o lugar aos amigos, aos afilhados, aos parentes, que não conseguem agregar valores para uma administração. O resultado final será o caos.
Um retrato de um dirigente fraco, e que certamente levará o clube ao fundo do poço, é o de falar muito, de gostar dos microfones e das câmeras de televisão. Quando usam o marketing, correm o risco de falar demais, cujas palavras muitas vezes são distorcidas. A confusão se implanta.
Quando o torcedor observa que não existe um projeto para o seu clube, com cobrança de metas, com o objetivo de chegar a um padrão de qualidade, certamente elegeram o comandante errado, e que no final o resultado será o inverso do que pensavam.
O péssimo dirigente se conforta com os subservientes de plantão, que não servem para nada, senão trazer problemas para as gestões, desde que formam um bloco de puxa-sacos, que balança a cabeça para tudo, inclusive as coisas erradas. O sistema não funciona.
Quando o cartola não frequenta o clube diariamente, certamente é o caminho para o desastre. A sua presença é importante, um estimulo para os diretores e funcionários. A ausência é o sinal de abandono.
Esses são alguns pontos que poderão servir de efeito comparação, objetivando que os torcedores e associados tenham a visão do que vai acontecer com o seu clube, e qual o seu destino final.
Se o seu presidente seguir esse manual, provavelmente o clube está encaminhando para a falência.
Comentários
0#3RE: COMO LEVAR UM CLUBE AO FUNDO DO POÇO —
ANTONIO CORREIA28-03-2018 10:33
JJ: Parabéns pelo artigo. O retrato coreto do que acontece em alguns clubes brasileiros.
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Parabéns!
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