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Escrito por José Joaquim

Os estudiosos da história sabem bem que a economia derrubou o Muro de Berlim sem uma gota de sangue sendo derramada, quando a antiga União Soviética entrou em colapso, pelos altos gastos na manutenção dos seus satélites.

No final uma simples picareta começou a derrubar o que dividia em dois, um país da maior importância da Europa.

O futebol brasileiro também tem um viés ditatorial como nos antigos regimes comunistas, com decisões monocráticas, com a assessoria de sua parceira dona dos direitos de transmissão.

Quem ousa discordar é remetido para um Gulag da vida e perseguido até o fim de sua existência. A palavra final sempre é do soviete supremo que dita as ordens diretamente da Barra da Tijuca.

Com uma máquina de propaganda bem azeitada, o regime que foi implantado no futebol brasileiro se mantém, embora os alicerces de seus muros estejam bem abalados por conta dos seus três últimos presidentes, afastados sob suspeitas de corrupção.

Um desses está preso nos Estados Unidos.

Do lado de dentro do muro não existe transparência. Os recursos são altos, milhões de reais, e os destinos que lhes são dados não passam para o conhecimento da sociedade.

As competições que são realizadas pelo soviete, fazem parte de um contexto vindo do Sanatório Geral, sem organização, prejudicando os clubes e os torcedores. Jogos demais com pouco conteúdo.

A sua credibilidade se esvaiu.

Alguns jogos tem resultados alterados por erros constantes de arbitragens, e nada se faz para mudar o sistema. Fala-se muito no VAR, mas a sua implantação não chega.

A célula mater do futebol é constituída pelos clubes, mas esses por submissão, e por medo de serem remetidos para um Gulag, baixam a cabeça e aceitam conformados.

Salários altos para a cartolagem nacional, viagens pagas pelos cofres do futebol, pagamentos de mesadas para as federações e seus presidentes, é o modus operandi do Kremlin brasileiro.

Um prêmio poderia ser dado para que apareça alguém que já analisou um único documento contábil do soviet supremo, ou de seus satélites componentes.

Todos são aprovados sob aplausos e vivas ao regime.

Na realidade nunca em nossa história futebolística, o muro da Barra da Tijuca, que separa os lados do futebol esteve tão perto de ser derrubado, mas infelizmente, mesmo com a destruição dos seus alicerces, não apareceu ninguém que desse um empurrão para a sua queda, sem precisar de uma picareta para destruí-lo.

O Muro de Berlim caiu há 29 anos, enquanto o nosso já perdura por um tempo maior. Enquanto esse estiver de pé, certamente o futebol brasileiro continuará em sua lenta agonia.

Comentários   

0 #2 RE: SE EMPURRAR CAI!CARLOS EDUARDO 29-03-2018 13:46
JJ: Muito feliz a postagem desse artigo. Embora o Brasil seja um país democrático, o futebol é autocrático e que motiva a corrupção. Parabéns.
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0 #1 RE: SE EMPURRAR CAI!PEDRO CORDEIRO 29-03-2018 11:02
JJ: Uma comparação perfeita. O futebol brasileiro tem uma identificação com o antigo regime da Rússia que controlava tudo e a corrupção campeava por dentro dos seus muros, Como você bem disse a estruturas da Barra da Tijuca estão abaladas mas falta coragem aos dirigentes dos clubes de dar um empurrão.
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