NOTA 1- O BAILE DE JURGEN KLOPP

* Jurgen Klopp técnico do Liverpool foi o único técnico que conseguiu ganhar por seis vezes de Pep Guardiola.

No jogo de ontem além da vitória insofismável por 3x0 com um baile de futebol no primeiro tempo, aproveitando-se de um erro crasso do comandante do Manchester City que mudou a maneira de atuar do seu time, que foi  muito bem aproveitado pelo adversário.

O Liverpool foi brilhante, com marcação sobre pressão, de forma agressiva, mordendo, o que deixou o rival perdido no gramado.

Os gols foram marcados aos 12, 21 e 31 minutos da primeira fase.

Não tinhamos até ontem visto um time dirigido por Pep Guardiola ser tão massacrado.

Foi nocauteado.

No segundo tempo melhorou um pouco, perdeu alguns gols, mas não conseguiu vazar as redes do adversário.

Uma vitória que tirou praticamente das semifinais o City, desde que reverter um resultado como esse com um time bem estruturado e que conta com um dos maiores jogadores do mundo, Salah, beira o impossível.

Enquanto isso no Camp Nou aconteceu o previsível com a vitória do Barcelona por 4x1 contra o Roma, com mais uma boa atuação de Lionel Messi.

Com o resultado que foi obtido ontem, mesmo jogando na casa do adversário no jogo de volta, o time da Catalunha já pode comemorar a sua passagem para as semifinais.

A surpresa na verdade foi o baile do Liverpool, que vem jogando um futebol de alto nível.

O mestre tentou inovar, e foi surpreendido pelo técnico alemão que é excelente treinador que tem uma visão de jogo da maior qualidade.

São coisas do futebol.

NOTA 2- JOGADORES E TÉCNICOS DEVERIAM FICAR COM VERGONHA DA PARTIDA

* Trecho na coluna de Tostão na Folha de São Paulo

¨No sábado, o Palmeiras passou da marcação por pressão para o pontapé e, junto com o Corinthians, na mesma proporção, ultrapassou todos os limites. 

O jogo teve duas expulsões (deveriam ser mais), 51 faltas e dez cartões amarelos, além da pancadaria.

Um horror.

Isso não é futebol.

Jogadores e técnicos deveriam ficar com vergonha da partida.

E ainda escutei, após o jogo, que clássico decisivo é assim, e que o jogo foi intenso.

Alguém deve ter dito que é o futebol raiz¨.

Palavras bem sábias de um dos últimos dos moicanos do jornalismo esportivo brasileiro.

NOTA 3- NÃO TEM PLANEJAMENTO QUE RESISTA

* O Cruzeiro inflou a sua folha salarial de R$ 8,7 milhões para R$ 12 milhões.

Fred recebe pela carteira R$ 800 mil. Dedé, Fábio, Henrique, Thiago Neves e Rafael Sóbis um pouco mais de R$ 450 mil cada.

O vice-presidente financeiro, Divino Alves, renunciou por conta dessa insanidade.

O futebol brasileiro comporta um clube gastando só com a folha de salários dos profissionais R$ 12 milhões por mês?

Obvio que é algo  que vai muito além da sua capacidade.

No inicio dessa nova gestão, o time Celeste que tem débitos de mais de R$ 300 milhões, solicitou um empréstimo ao BMG de 50 milhões que foi gasto com as contratações.

Com três meses de comando, para conseguir pagar a folha de março teve de solicitar um financiamento bancário de R$ 3 milhões, com juros de 1,80%.

Tal fato poderia ser normal, mas na verdade apresenta algo danoso para o clube, que mostrou não ter a capacidade financeira para atender os seus custos.

Tal fato se transforma em uma bola de neve, que cresce quando vai rolando.

Esse é o futebol brasileiro.

NOTA 4- QUEM CONHECE O MONAGAS?

* No dia de ontem, além do jogo que aconteceu no STF, o que aliás foi uma péssima pelada, com horas de um debate inócuo, para os espectadores das televisões, e sem craques, tivemos na Europa dois bons encontros de futebol já analisados em uma das Notas do blog.

No inicio da noite resolvemos assistir o jogo pela Libertadores entre o Grêmio e Monagas, o time venezuelano que não conheciamos.

Uma equipe simples que jogaria na Série B do Brasil, ou mesmo na C, dando trabalho ao time gremista o atual campeão desse torneio.

O primeiro tempo foi tão ruim que deu sono. 

O Monagas teve duas chances de gol, enquanto o tricolor gaúcho atuava de forma medíocre.

O placar de 0x0 nessa fase foi o retrato.

No segundo a equipe venezuelana não aguentou a pressão e levou 4 gols, fechando o placar por 4x0.

Que diferença da Libertadores para a Liga dos Campeões.

Um futebol mequetrefe de um lado, e um de alto nível no outro.

Em Belo Horizonte o trem do Ferroviário do Ceará descarrilhou no Independência ao ser goleado pelo Atlético-MG com alguns reservas, pelo placar de 4x0 em jogo pela Copa do Brasil, que na verdade garantiu-lhe a passagem para a próxima fase.

A diferença entre as equipes era gritante.

Um time forte da Série A contra um da D, que era considerado como a sensação da competição, e tinha como apresentação uma vitória contra o Sport.

Esse chegou no seu limite e vai encerrar a sua presença no jogo de volta, com um bom dinheiro em caixa, que há muito não acontecia.

A competição está chegando a realidade. Os maiorais vão eliminando os menores, como numa selva onde os grandes comem os pequenos.

NOTA 5- O ABRAÇO DOS AFOGADOS

* Para encerrar à noite futebolística, no horário pornográfico foram realizadas duas partidas.

Uma pela Copa Libertadores entre Cruzeiro e Vasco, e a outra pela Copa do Brasil, envolvendo o Atlético-PR e São Paulo.

No Mineirão o ¨poderoso¨ time Celeste parou no 0x0, e no final quase era derrotado pela equipe carioca que entrou no gramado para não perder.

Um jogo ruim, sem qualidade e as vaias no seu encerramento dos torcedores da equipe mandante foram o reflexo do que aconteceu.

O resultado não foi bom para os dois times que em dois jogos pela Libertadores ganharam apenas um ponto, e ocupam os dois últimos lugares na tabela do seu grupo.

Enquanto isso, em Curitiba, o Atlético-PR com o seu time titular fazendo o segundo jogo da temporada, manteve a tradição de mais de trinta anos de não perder para o São Paulo na Baixada.

Com um futebol de posse de bola, como o modelo europeu, e que vai matar do coração alguns torcedores, o time paranaense venceu por 2x1, perante um adversário perdido no gramado e que só procurou o gol no final do segundo tempo.

A cada jogo que assistimos do futebol brasileiro aumenta o nosso desânimo com referencia ao futuro desse esporte no país.