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Escrito por José Joaquim

No futebol a permanência de jogadores no mesmo clube em várias temporadas é um sinal de sucesso.

Na Europa tal fato acontece e os resultados são latentes.

No Brasil temos um bom exemplo, o do Corinthians cujo elenco recebe o mínimo de novos personagens, e quando isso acontece na maioria são jogadores da base. As suas conquistas são as respostas para esse trabalho.

Trata-se de um ponto fora da curva, desde que hoje os nossos times são alternativos.

Quando esses chegam tiram fotos com os cartolas, colocando as suas camisas, com um gestual programado pelos marqueteiros de plantão dão entrevistas com juras de amor, e pouco tempo depois já estão procedendo da mesma forma em outra agremiação.

É uma rotatividade, que prejudica a empatia com o torcedor, que no final de cada temporada não sabe o nome do seu time completo, por conta de tantas mudanças.

O jogador de camisa desapareceu no Brasil. Existem fatos pontuais como o de Rogerio Ceni no São Paulo, que encerrou a sua carreira ao completar bodas de prata com a sua camisa (25 anos), e 1.238 jogos realizados, ou de Magrão no Sport que ainda continua em atividade, que está completando 13 anos, e com 700 partidas pelo rubro-negro pernambucano.

Por uma coincidência ambos são venerados por torcedores, e essa longetividade só acontece por ambos serem goleiros, cujo mercado é limitado no país, quando se aproveita os atletas formados em casa.

Poderia se pensar que a durabilidade de um atleta com as camisas dos times da Europa é motivada pelos longos prazos dos contratos, mas no Brasil também temos contratos longos com cinco anos, que são rasgados no primeiro período de vigência, desde que os jogadores não pertencem mais aos clubes e sim aos empresários, que fatiam seus direitos econômicos por conta das dificuldades financeiras.

Muitas vezes em nosso futebol temos times bimestrais, com clubes contratando mais de 40 jogadores, formando grupos de dois em dois meses, até chegar a data que proíbe novas contratações, que passam despercebidos dos seguidores.

O interessante é que o próprio torceor no final da temporada tem dificuldades de escalar o time do seu clube que atuou no período.

Procuramos alguns jogadores que foram ou ainda são ídolos em seus clubes, que contemplaram um grande tempo de permanência usando as suas camisas.

Pelé passou 18 anos no Santos, com 1.115 jogos realizados, Roberto Dinamite vestiu a camisa do Vasco por 1.110 vezes, Ademir Da Guia, 15 anos de Palmeiras, com 941 partidas, Marcos também do alviverde paulista com 20 anos de clube e 532 jogos.

Na Europa, Xavi Hernandez ficou no Barcelona por 18 anos, usando a sua camisa por 767 jogos, Antônio Totti do Roma aposentou-se no ano passado com 25 anos de atividade no clube, com a participação de 786 partidas, Ryan Giggs atuou no Manchester United, após 22 anos de clube e 963 jogos.

Existem ainda vários exemplos de um futebol ainda romântico dentro do atual mercantilismo, capitalista, quando alguns atletas começam e encerram carreiras em seus clubes.

Estão ficando raros, o cheiro do dinheiro sempre fala mais alto.

O processo de negociação é normal, mas o que temos no Brasil é algo fora do contexto, quando os clubes perderam os direitos econômicos de seus jogadores, para que possam cobrir os rombos que são procedidos por gestões equivocadas.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, mas o ideal é que tivéssemos uma maior permanência dos jogadores usando as camisas dos seus clubes, e isso atrairia mais os torcedores, inclusive na aquisição de produtos oferecidos com as suas marcas.

Um sonho que poderá transformar-se em realidade, e para que isso possa acontecer, teríamos que mudar o atual sistema de gestão, que apodreceu e acima de tudo é corrupto e corruptor. 

Comentários   

0 #2 RE: TIMES OCASIONAISANTONIO CORREIA 23-04-2018 17:39
JJ: Excelente o artigo que mostrou culturas futebolísticas diferentes. Hoje os clubes contratam e demitem dezenas de jogadores. Não existe a permanência por um tempo maior. Dois clubes no Brasil vão bem por conta da repetição de quase a totalidade de seus elencos, Corinthians e Grêmio.
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0 #1 Quem controla tudo são corruptosBeto Castro 23-04-2018 12:54
Isto não acontece no futebol brasileiro, porquanto a instituição tem como princípio basilar a corrupção contra toda a comunidade e somente visa os interesses pessoais dos dirigentes maiores e menores. Tirando as doze tribos mafiosas de 4 áreas metropolitanas que ficam com 95% dos recursos e são partes integrantes da corrupção, da ideologia e dos costumes, não há qualquer respeito pela maioria dos clubes e por todas as Federações. O sistema é tão corrupto e ineficiente, que os bandidos que o comandam são avessos ao próprio dinheiro. Você pode criar projetos excepcionais com a Copa Brasileira de Seleções, Copas Subcontinentais que valorizam os clubes, federações e atletas ou outras fontes de R$ bilhões em caixa, que as gangues não tem o menor interesse. Tudo está centrado na Copa do Brasil da corrupção dos pixulecos dos marqueteiros e na lavagem de dinheiro da Rede Golpe, da Seleção Canalhinha Cativa e das quadrilhas dos centuriões lagartixas, dos meliantes comebolas e da cambada da bola. Há possibilidade de implantação de uma loteria de eventos através dos bancos regionais, Caixa ou pelos próprios clubes que arrecadaria R$ bilhões, ou uma Futprevi, uma rede de TV própria ou mesmo um Banco de Financiamento e Desenvolvimento para a infraestrutura a juros subsidiados como o BNDES. Mas, as gangues não desejam mudanças que possam colocar em risco os seus cargos vitalícios, a lavagem da Copa do Brasil e dos marqueteiros ou os monopólios da Rede Golpe, das doze tribos e dos plaqueiros e atravessadores de atletas e seus ganhos ilegais imediatos. Vejam a Copa do Nordeste que já existe desde 1994 e não evoluiu em nada com o mercado portentoso da região das últimas décadas. Ao contrário, os jumentos federativos diminuíram o número de clubes de suas próprias entidades e Estados, reduzindo em 45% o mercado já capenga e excluindo os torcedores correspondentes da competição, tirando os recursos de seus próprios clubes. Enfim, a corrupção sistêmica trabalha para os seu membros em conluio e não visa o desenvolvimento econômico da comunidade. Uma espécie de Brasil em miniatura, cujos corretores entreguistas a serviço dos estrangeiros desejam destruir a Nação e o seu povo.
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