Uma conhecida música do falecido compositor Dominguinhos lembra bem o nosso futebol, principalmente pelos seus versos iniciais:
¨Olha que aqui está muito bom,
Isso aqui tá bom demais,
Olha quem está fora quer entrar, mas quem está dentro não sai¨.
Ficamos na dúvida se o grande compositor teve o sentimento de homenagear o forró, ou estava se referindo ao nosso futebol, que é o ¨daquele que está dentro não sai¨.
Clubes, Federações e Confederação, refletem esse sistema cantado por Dominguinhos, existindo os que desejam entrar e mudar, mas são barrados por aqueles que estão se locupletando da festa, que não temos duvidas é excelente para esses.
Quantas vezes ouvimos dirigentes afirmarem que não aguentavam mais as criticas, que estavam cansados, mas ao mesmo tempo não víamos nenhum movimento para não deixarem os comandos.
Era apenas uma pirotecnia, e uma encenação teatral para chamar a atenção e o desvio dos problemas.
Algo de bom está embutido em seus cargos.
Os clubes mudam de cartolas, mas esses que saem continuam no sistema, participando de suas atividades, ocupando outros cargos. É estressante, mas é divertido para eles.
Os que estão de fora não entram, porque as injeções de sócios fantasmas influenciam nos resultados.
Todos ficam cantando ¨Isso aqui está bom demais¨.
Quando se parte para as Federações, existem dirigentes que estão há décadas no poder. Conhecemos um desses no Acre, que na época que estávamos no Basketball, na década de 80, era presidente de uma entidade eclética que contemplava esse esporte, junto com o futebol e outros.
Hoje o famoso Antônio Aquino que terá o seu último mandato, ganhou um presentinho do Circo, uma vice-presidência com um bom salário.
Foi o mais entusiasta do golpe chamado Caboclo.
O futebol do estado do Acre morreu há um bom tempo, mas o nosso Aquino está cantando ¨Tá bom demais¨. Certamente tem algo positivo para continuar no poder.
Como ele, existem dezenas que estão no sacrifício, mas não largam o ¨ossinho¨, que lhes concede tantas benesses, fazendo com que esqueçam os estresses da vida.
Continuam sobrevivendo por conta de Clubes Amadores da Capital e de Ligas, que só existem para a manutenção do poder. Quando surge um sobressalto, vão para uma sala fechada e produzem novos eleitores.
Quando chegamos na Confederação, o volume do ¨Tá bom demais aumenta¨. desde que os que comandam esse órgão estão com mais de trinta anos de poder, apesar da corrupção que afetou três ex-presidentes, com um deles preso nos Estados Unidos.
Quando a situação aperta criam casuísmos como aconteceu há pouco mudando a valoração dos votos dando o poder maior as Federações.
O mais grave é que os clubes observam de forma passiva.
Para as entidades estaduais um mensalinho resolve o problema, e nada muda. Os de fora jamais entram.
Como na musica a vida se repete, cujo comando vive no verdadeiro forró, sob o som de uma boa sanfona que insiste no refrão: ¨Isso aqui tá bom demais, quem está fora não entra, quem está dentro não sai.
Não sabemos por que? O único que não está bom é o futebol. Difícil de se entender.
Comentários
0#1Alguns de Fora entram —
Beto Castro06-05-2018 10:41
Em vários covis dos centuriões lagartixas, os que já estavam dentro há décadas levaram as suas entidades à falência e tiveram que deixar os seus cargos por velhice, morte ou influência dos governos estaduais, cúmplices dos malfadados. E o que aconteceu foi que os que entraram eram piores e mais corruptos que os anteriores. E porque isto acontece? Porque a fonte da corrupção que é Rede Golpe e seus três sócios que sustentam o aterro sanitário continuam com a corrupção ativa. Então, aqueles que estão de fora e desejam entrar estão de olho na gorda mesada salarial fornecidas pelos corruptores. São milhares de intrujões (dirigentes sovaqueiras, políticos oportunistas, ladrões profissionais, fichas sujas e furicos cirandas.) Incrível, ninguém sabe de que caverna saem tantos ladrões. O futebol em todo o mundo é um caso perdido, assim como a política partidária putrefata. Corruptos, carregadores de malas de dinheiro, corretores de mercadorias roubadas, dizimadores de capetas e sócios das Orcrins tomaram conta da Nação. A melhor coisa é ficar distante dos covis e nem passar na porta para não ser assaltado ou difamado. A melhor opção é deixar a caravana de camelos turcos afundar na lama, no pântano e na areia movediça e rezar pela suas almas de malfeitores. Além da tristeza de ver os seus clubes, outrora queridos, na bancarrota, falidos ou extintos. Pense na situação dos torcedores dos clubes de massa como o Rio Negro, Tuna Lusa, São Raimundo-AM, Juventus-SP, Marília, São Caetano, Duque de Caxias, Anapolina e centenas de outros clubes tradicionais de todos os Estados do país. Além de uma centena que perderam suas sedes e patrimônios. Quase todos extintos. Somente nos Estados conspiradores do Rio e São Paulo são cerca de 40 clubes de cidades médias e grandes em estado terminal. A minha querida Macapá tinha dez clubes bem estruturados e não sobrou um único para contar a história.
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