Quem estuda a história do futebol brasileiro observa que as mudanças que aconteceram foram de forma invertida, do bom para o pior. O esporte da chuteira no Brasil perdeu a sua essência, perdeu as suas raízes históricas, quando os craques proliferavam nos gramados, e esse era um espetáculo, e não o evento grotesco que assistimos nos dias de hoje.
O mercantilismo tirou a magia desse esporte, que era constituída fundamentalmente pelos bons jogadores que desfilavam nos diversos estádios, com uma maioria formada em casa, e nas próprias regiões.
Precisamos trazer de volta a magia futebolística, que foi destruída pela falta de competência dos novos cartolas. O físico passou a dominar, superando o técnico.
Os brucutus tomaram conta do pedaço, instigados muitas vezes por seus treinadores.
O volume de recursos que chega ao futebol é mal aproveitado nesse sistema de mercantilismo, que ajudou bastante para a penetração do cupim da corrupção.
Criou-se no futebol ¨moderno¨ uma nova fórmula de jogo, a de não querer ganhar e também de não perder. Esse esporte virou uma prova de Fórmula 1, onde quem corre mais ganha.
Os gramados ficaram pequenos por conta do defensivismo. Vários ônibus são postados à frente das defesas. O cabelo, as baladas e as namoradas dos jogadores representam para os marqueteiros, muito mais do que esses mostram em campo.
Vivemos uma época surreal em que o marketing é grande e o futebol pequeno. O improviso desapareceu, dar um chapéu ou uma caneta é crime de lesa-pátria. As táticas dos novos professores para manterem os empregos não deixam que isso possa acontecer.
Quando se disputa hoje uma competição, sabemos quem vai ganhar ou perder, tornando-se quase impossível que um clube menor tenha condições de chegar disputando a conquista de um grande campeonato.
Todos jogam de forma igual, com a mesma aparência dos presos das cadeias norte-americanas com seus macacões, e a criatividade deixou de existir. Até as camisas dos clubes foram estupradas, perderam as suas verdadeiras cores, e deram os seus lugares às ¨obras de arte¨ dos marqueteiros, com um verdadeiro arco-íris.
Na realidade o que gostaríamos era o retorno dos bons tempos, quando o futebol era um espetáculo, um lazer para todos e que foi transformado em uma grande enganação.
Não é um surto de saudosismo, mas uma busca pela identidade perdida.
* Esse artigo foi idealizado enquanto assistíamos na última quinta-feira o jogo pela Copa do Brasil entre Luverdense e Santos, que foi uma tragédia futebolística, sem nenhum conteúdo.
Comentários
0#1As causas são simplesinhas —
Beto Castro19-05-2018 17:51
Quando os sírio-libaneses de São Paulo descobriram que podiam roubar todos os recursos do nosso futebol e destruir o futebol dos 19 estados menos aquinhoados e inclusive de suas próprias unidades federativas (SP-RJ-MG e RS) e das médias (PR-GO-BA e PE), o futebol entrou em parafuso. Portanto, a reunião do Placar que deu origem ao caos, acabava de instalar o decreto de falência do nosso futebol. Com um setor econômico do país pode viver sem o repositório humano de 19 Estados de suas cinco regiões? O CND foi destruído, a entidade máxima foi invadida por gangues, as entidades estaduais foram cooptadas por enormes grupos de centuriões lagartixas corruptos, velhacos e vitalícios sob o comando da quadrilha do Edifício sem nome e os escribas calados com pequenas benesses. Com o fim da lei do passe, os clubes perderam a sua principal fonte de recursos para os atravessadores e os marqueteiros da morte passaram a intermediar as propinas. Tudo sob o comando da Rede Golpe Monopolista. Tudo foi criminosamente planejado naqueles encontros na revista do Apocalipse. Tudo que foi dito neste artigo são apenas consequências nefastas daquela reunião inicial, inclusive a Copa dos Pixulecos, os pontos corridos aparelhados, a miniaturização dos certames, as divisões enfadonhas e sem motivações de nove meses, os ursos hibernantes, os atletas estropiados, as mutretas telefônicas, o péssimo futebol de trogloditas e o fim de tudo que possa significar o desenvolvimento e o progresso. Sem banir os autores desses crimes hediondos não há como haver um retorno ao qualitativo. Tá certo que o Capeta tem levado alguns para a sua companhia, mas a quantidade dos que sobram e se vendem por 30 dinheiros é enorme e multiplicativa. Sem entender isto, qualquer analista é vítima da ideologia da morte do futebol. Imagine um sistema de acesso e descenso criado em 1948, ultrapassado, velhaco, anacrônico e carcomido por 70 anos de velhacaria, que desmoraliza 20% dos clubes todos os anos ainda está sendo aceito como ideal e justo? Um desastre dessa natureza é um verdadeiro descalabro. 100% dos que militam no futebol hoje são filhotes bastardos dos turcos intrujões apátridas e seus capangas e suas ideologias da lavagem cerebral, que avança para o restante do Brasil que restou.
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