As mais diversas pesquisas realizadas nos últimos tempos, tem mostrado que o número de brasileiros que não gosta de futebol vem crescendo de forma geométrica.
A média de público da principal competição nacional não consegue há anos superar a casa dos 16 mil. Está estagnada.
Os torcedores são os mesmos em todos os jogos. Isso é um exemplo irrefutável de um abandono projetado.
O desinteresse pela seleção do Circo é um outro fator que deve ser analisado e faz parte do contexto. A Rede Globo no seu canal aberto, e nos fechados está fazendo uma lavagem cerebral com relação a Copa do Mundo.
Não vai conseguir mais adeptos, desde que a sociedade está focada em outros temas.
Sobre o assunto recebemos de um amigo de Porto Alegre, uma postagem do jornalista Hiltor Mombach do Correio do Povo, publicada em 2015, e que vem ao encontro do que estamos afirmando. O importante é que essa está atualizada mesmo três anos após.
Vamos anexar ao artigo alguns textos, a fim de enriquece-lo com um bom conteúdo.
¨O brasileiro não gosta de futebol. Nenhum brasileiro, vivo, ou morto, está disposto a admitir a verdade que surge tão escancarada. Num passado remoto fomos o país de futebol. Não somos mais.
Aqui vai uma outra verdade inquestionável e cruel: não evoluímos taticamente porque não gostamos de futebol. A tática brasileira é do tempo dos dinossauros.
O brasileiro ama vencer. Não importa como. Ama vencer e ser campeão. Aplaudiria de pé o seu time campeão mesmo atuando com 11 volantes. Sim, um volante no gol.
Explodiria de felicidade nas arquibancadas assistindo à volta olímpica depois de 90 minutos de antifutebol. Isso justifica a presença de um Brasileiro onde viceja a mediocridade.
Robotizaram o esquema tático. Leva o caneco o menos ruim. Aplaudir um lance genial de um adversário rival soa obsceno, pornográfico. Não gostamos de futebol como arte. Os fins justificam os meios.
O artigo é mais longo, mas separamos esses textos para que possam fortalecer o que sempre estamos discutindo com os nossos visitantes, de que o país hoje é do cinema, desde que o futebol que era a alegria do povo foi sucateado por uma cartolagem inepta, apoiada pelos torcedores organizados que fazem parte de um sistema da violência que assola o país.
Para nós o importante é vencer, é o troféu, o primeiro lugar. No Brasil ninguém lembra do segundo, ou de um título menor, e essa é a razão dos estádios ociosos, que só lotam em decisões.
O problema da decadência do futebol brasileiro é cultural, de um povo que ainda não entendeu que os espaços são para todos, e não apenas para os seus times.
Somos de uma geração em que aplaudia os bons momentos de um jogo de futebol, mesmo que esses partissem dos adversários. Pelé era aplaudido pelo mundo afora como o exemplo da arte, da qualidade e da certeza de que o esporte representava tudo isso.
Hoje vivemos e nos contentamos com a mediocridade.
Este tratado de heresias do Mombach estão recheados de desculpas esfarrapadas para justificar a hegemonia forçada e fraudulenta do Grêmio e do Internacional, comparsas das seis gangues que tomaram conta do futebol desde 1987. Fico perplexo com a falta de compreensão para com os quatro chefões das máfias que se revezaram no poder ao longo dessas três décadas. Os 200 clubes que entraram na bancarrota, foram extintos ou sepultados neste período, assim o fizeram porque os seus torcedores ingratos apenas fingiam que gostavam de futebol. Os torcedores de clubes centenários e tradicionais como Rio Negro e São Raimundo de Manaus, Tuna Luso, Flamengo-PI, Alecrim-RN, Maguari-CE, Estrela do Mar-PB, Portuguesa-SP, Juventus, Inter de Limeira, Marília, São Caetano, América e Bangu-RJ, Goiânia-GO, Operário e Comercial-MS, Anapolina-GO, Bonsucesso-RJ e outros 180 moribundos, foram vítimas de seus torcedores desumanos e insensíveis que fizeram um abaixo-assinado para fechar as suas portas. Segundo a Wikipédia em artigo sobre o futebol paulista, os torcedores mais ingratos e refratários ao futebol são aqueles responsáveis pela extinção de 169 clubes e o licenciamento de outros 64 pelos especialistas Centuriões Lagartixas da Federação Paulista do Nabisco Calabresa. Com a maldição dos doze, foram destruídos o Jornal dos Sports, a Revista Mafiosa, a Gazeta Esportiva e outras centenas de equipes esportivas de saudosas memórias. Tudo culpa desses torcedores ingratos.
Comentários
Assine o RSS dos comentários