O futebol brasileiro perdeu a sua credibilidade por conta do Circo do Futebol Brasileiro (CBF) que o comanda, e por tal motivo sempre somos questionados se esse esporte ainda tem pessoas de bem.
Nem tanto o céu, nem tanto o mar.
Sabemos que existe um desconforto entre os torcedores com relação a sua cartolagem, que foi muito bem definida pelo jornalista Gilmar Ferreira, do jornal Extra-RJ quando afirmou que: ¨o cartola brasileiro segue sendo representado por híbridos que nascem do cruzamento de políticos amadores com espertalhões profissionais¨.
Na realidade todos os segmentos tem o seu lado bom, e o seu lado ruim, exigindo assim a participação de pessoas sérias, que sem essas a desqualificação irá tomar conta, e mais espertalhões irão assumir o poder.
Na realidade, as gestões do trio, Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero foram destruidoras para os conceitos positivos do futebol.
Existe uma cadeia que parte de cima, passando pelas federações estaduais e que chega aos clubes, com vários modelos de gestões desprovidas de transparência, cujas caixas pretas não são abertas. A cartolagem pinta e borda.
Em um clube o sócio é a mola propulsora para lutar pela seriedade e dignidade entre os gestores. Eles formam o colégio eleitoral, que poderá mudar o sistema implantado, muito embora a maioria dos casos os casuísmos interferem no processo, sempre ao lado do poder dominante. Para que isso aconteça, e que o clube seja entregue em boas mãos, existe a necessidade de uma leitura real daquilo que representam os postulantes aos cargos, em especial a ficha limpa.
Infelizmente os associados são entes alienados ao que acontece no dia a dia o seu clube.
O crescimento dos esportes está interligado à seriedade daqueles que o dirigem. Quanto menos conceito, mais dificuldades para a obtenção do grau de confiabilidade.
Qual a empresa que deseja investir em um clube, onde os dirigentes são pessoas que não levam a sério o setor, inclusive com vidas privadas atabalhoadas?
Obvio que existem pessoas do bem envolvidas no sistema, muito embora hoje essas representam uma minoria, desde que o abandono foi muito elevado em função dos procedimentos do atual futebol brasileiro, em que a sociedade desistiu de lutar contra moinhos de vento.
É um caso de uma maioria gigantesca, sendo derrotada por uma minoria que usa o poder para tudo, com métodos não institucionais.
Tais fatos se repetem em todos os setores da sociedade, com pessoas desiludidas, como no futebol, e que deixam o poder muitas vezes em mãos que não merecem confiança. Trata-se sem duvida de um erro grave, desde que o lado bom teria condições de proceder com as modificações necessárias.
A responsabilidade das mudanças está em nossas mãos, e para que isso aconteça torna-se necessário coragem para enfrentar uma máquina poderosa que domina o futebol brasileiro, mas isso só poderá acontecer se houver a concentração de esforços do bem, para que as muralhas do mal sejam derrubadas.
Comentários
0#2RE: EXISTEM PESSOAS DE BEM NO FUTEBOL? —
CARLOS EDUARDOI20-08-2018 16:32
JJ: O artigo está perfeito. O lado bom do futebol está sendo derrotado, para dar lugar aos espertalhões. Você focou muito bem o afastamento do sistema das pessoas que queriam o melhor. Esse esporte está entregue ao que de pior existe no sistema.
0#1RE: EXISTEM PESSOAS DE BEM NO FUTEBOL? —
ANTONIO CORREIA20-08-2018 12:48
JJ: Esse é o retrato do Brasil. O sistema apodreceu e levou consigo o futebol. Como o amigo bem disse, existem pessoas de bem que ficam encolhidas e não reagem. O modelo não irá se modificar por conta dessa acomodação geral. Você é um dos poucos que esboça uma reação, mas muitas vezes pela alienação da sociedade, são palavras ao vento.
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