Estamos ficando cansados com o que acontece no futebol brasileiro, que continua emperrado como um carro de boi.
As noticias são as mesmas de sempre, a decadência tomou conta do sistema, enquanto a cartolagem justifica as incompetências através das criticas à arbitragem nacional.
Na última terça-feira após uma partida mequetrefe entre Botafogo e Vasco, o arbitro Ricardo Marques foi criticado por não marcar um pênalti favorável ao time cruzmaltino, como justificativa pelo empate de 1x1 quando os dois times não desejavam seque ganhar.
Na verdade o futebol está sendo deixado de lado para dar lugar as reclamações contra a arbitragem, que tornou-se a nova Geni desse esporte, onde todos atiram as suas pedras.
Os cartolas esquecem muitas vezes que não estão dirigindo os seus clubes de forma correta, e como se acham incapazes de cometerem erros estão se aproveitando da atual fase negativa dos apitadores para transforma-los em bode expiatório.
Não existe árbitro infalível, e certamente pela ausência de uma boa preparação e sobretudo a falta do profissionalismo, os cartolas jogaram nos seus apitos e bandeiras a responsabilidade das derrotas dos clubes que dirigem, ¨que só não ganham os seus jogos por conta de uma péssima performance desses personagens do futebol¨.
Erros obviamente irão continuar acontecendo, enquanto o Circo do Futebol não entender que estamos vivendo na era da tecnologia, e o VAR é necessário para que esses sejam minorados. O Brasil até hoje não acordou e continua igual em seus princípios desde o dia em uma bola começou a rolar.
Devemos destacar que o assunto não é novo e já remonta há anos anteriores, que foi passando de geração a geração, onde os cartolas antigos, mais civilizados, viviam atormentados com a arbitragem, e com os possíveis subornos que eram comentados nas ruas contra os seus próprios jogadores.
Vivenciamos essa época e sofremos muito como dirigente, mas no final observávamos que a nossa equipe era inferior a do adversário, e que a sua vitória era um resultado dessa diferença.
Lemos diariamente os jornais europeus, e não encontramos criticas tão pesadas contra as arbitragens, que também erram, como as que acontecem no Brasil.
A profissionalização do futebol nesse Continente não permite que sejam criadas as suas ¨Genis¨. Os dirigentes são profissionais.
Infelizmente vivemos em um pais que foi consumido pela corrupção que tomou conta dos diversos segmentos da sociedade, e os que dirigem o futebol trazem esse sentimento para dentro desse como se existisse o modus operandi que vivem nas sua vidas profissionais para que as suas empresas possam sobreviver.
Os erros da arbitragem existem, mas não podemos continuar encobrindo o que de errado acontece nos clubes, com contratações equivocadas, da maneira de administrar da era da pedra lascada, e assim desviar o foco, terceirizando a culpa, e sacudindo nas costas de um único personagem, o árbitro de futebol.
Se o papa é infalível para a Igreja Católica, os cartolas também o são para o futebol.