A Liga inglesa tem a maior audiência na Tv fechada na Europa. Essa noticia foi capa de vários jornais da Inglaterra e que retratam o bom momento do futebol da terra da Rainha.
Tal fato nos motivou a retornar a um tema que debatemos há vários anos para a sua implantação, que é a criação de uma Liga do futebol brasileiro, que possa administra-lo de forma profissional, longe das espertezas dos cartolas, que permitem a manutenção do poder de pessoas sem o sentimento pelo esporte, e que lá estão por interesses não institucionais.
Enquanto as maiores Ligas do mundo fazem os seus campeonatos com rentabilidade, no Brasil alguns clubes pagam para jogar, outros para que possam sobreviver reduzem o preço dos ingressos para R$ 5,00.
Os nossos dirigentes não sentiram o mínimo de vergonha na cara, quando da condenação de José Maria Marin pela Justiça norte-americana, ou do banimento de Marco Polo Del Nero do futebol. O momento era propicio para uma revolução geral, a tomada do poder, mas todos fingiram que nada estava acontecendo.
Uma Liga não contempla um meio de um clube isolado atingir os seus objetivos, pelo contrário, o sistema abraça a todos e não o individual.
Uma das maiores Ligas do Mundo é um exemplo do coletivo e do sucesso. A NFL tem uma receita quase três vezes maior do que a maior do futebol mundial, a Premier League. Entre os 50 clubes mais ricos do planeta estão as suas 32 franquias, o que demonstra que o futebol americano tornou-se o mais rentável entre os demais.
Esse esporte era marginalizado nos Estados Unidos, mas a partir de 1970, com a introdução do sistema chamado de ¨league think¨, quando os times abriram mão de sua individualidade pelo conjunto, tudo mudou, quando o pensamento em coletivo passou a imperar, fortalecendo a Liga, transformando-a em um sucesso comercial, financeiro e esportivo.
A grande diferença dessa entidade é que ela tem o conhecimento que a sua razão de existir é por conta dos clubes, e por isso tem a preocupação grande com a saúde financeira desses.
A NFL divide de forma igual as cotas dos direitos de transmissão entre todos os participantes. Além disso não existe monopólio e quatro canais transmitem os seus jogos. Todos os contratos são negociados em conjunto, e não no modelo individual indecente que é utilizado pelos clubes do futebol brasileiro.
Enquanto isso em nosso país os direitos de transmissão são vendidos individualmente com contratos secretos para uma única emissora, criando um perigoso monopólio.
As franquias menores na NFL ficam com chances de chegarem ás finais, enquanto no Brasil os clubes medianos lutam contra a degola. Obvio que existem franquias mais ricas por conta dos patrocínios e consumidores, que pertencem a estados maiores, mas as menores com boas receitas competem com maior dignidade.
Infelizmente a cultura esportiva brasileira é pautada pelo egoísmo, o de cada um por si, e o reflexo está bem claro em nosso futebol, com um desnível profundo, aliado a uma pobreza franciscana.
Os nossos cartolas são gênios, enquanto os norte-americanos estão errados em seus conceitos, muito embora a sua Liga seja um sucesso mundial.
Comentários
0#1RE: O CONJUNTO NO LUGAR DA INDIVIDUALIDADE —
ANTONIO CORREIA18-10-2018 11:35
JJ: Contrato individual, sob quatro paredes pode ter de tudo. Os menores com vozes reduzidas terminam sendo dizimados. No coletivo em todas as Ligas a divisão é muito mais equitativa, e na Liga do Futebol americano como você bem mostrou essa é igual para todos. Por isso é a maior do mundo.
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