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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SURREALISMO RUBRO-NEGRO

* O Sport nos últimos meses está vivendo o período das vacas bem magras.  

Os recursos sumiram por conta da falta de planejamento de sua diretoria, trazendo a fome à todos os seus setores. Os funcionários do clube estão com as panelas vazias por falta de pagamento dos seus salários.

A solução salomônica de meia boca encontrada pelos que comandam o rubro-negro, foi a de pagar um mês para aqueles que ganham menos, ou seja o salário mínimo, enquanto os demais irão esperar que algo caia do céu. É preciso ter cuidado, desde que poderão ser cangalhas. 

Uma discriminação equivocada.

Enquanto isso no futebol mesmo com salários também atrasados, foi pago uma gratificação de R$ 5,5 mil a cada profissional pela vitória contra o Ceará. Além disso existe a promessa de R$ 10 mil para cada um pelo sucesso contra o Fluminense.

Vamos e venhamos, sabemos muito bem que o desespero bateu na Ilha do Retiro e a diretoria para fugir da trágica degola entregaria a própria sede.

Na realidade trata-se de um modelo equivocado de premiação, que deveria ser paga no final da competição no caso da fuga da Caetana. Obvio que acontecendo o rebaixamento o dinheiro foi jogado fora.

Em qualquer empresa do mundo existe um bônus à ser dividido entre os funcionários por conta do seu lucro liquido anual, que é pago no encerramento do balanço. Caso essa tenha prejuízo a bonificação não acontece.

A mesma coisa para o clube que está premiando com antecedência algo que no final poderá não dar certo.

Na realidade é um modelo inadequado de gestão.

NOTA 2- A QUEDA DA RECEITA DO CORINTHIANS 

* Algo de errado acontece no Corinthians.

Um clube grandioso, com uma bonita história no futebol, uma torcida gigantesca por todo o Brasil, e que não consegue uma vida financeira tranquila.

Conforme matéria de Diego Salgado do Portal Uol, o clube atingiu na segunda quinzena de outubro 18 meses sem um patrocinador máster na camisa. É o maior período entre os times da Série A.

O mais grave é que a temporada de 2018 está fechando com uma queda de 54% em sua receita com relação aos patrocínios, ao ser comparada com as dos anos anteriores. Até agosto desse ano, o clube arrecadou  R$ 23,9 milhões (média de R$ 2,98 milhões mês).

Tal marca se distancia muito dos números registrados em 2016: R$ 71 milhões em 2017 (média de R$ 5,9 milhões mensais), e R$ 78 milhões (R$ 6,5 milhões por mês).

Por outro lado, o que vem acontecendo no Parque São Jorge é sem duvida um exemplo da ausência de uma boa gestão.

No início da semana o Instituto Santanense que é credor do clube, denunciou os seus dirigentes como também o Circo, por conluio para fraudar uma execução judicial, solicitando a penhora da Taça do Mundial de 2012, que foi atendida pelo Juiz Fernando Nardelli, da 3ª Vara Cível do estado de São Paulo, que expediu na tarde de ontem um mandado de penhora do Troféu. 

Um vexame.

O mais grave aconteceu nessa semana quando pela primeira vez milhares de seus torcedores, que tinham adquirido antecipadamente ingressos para a partida contra o São Paulo pediram a devolução do dinheiro.

Recentemente, a multinacional Mercedez Benz, deixou claro que não poderia associar a imagem de sua marca em um clube com dirigentes sendo investigados pelo Ministério Público.

O torcedor se preocupa com o futebol, e qualquer conquista empana essa realidade, que sem duvida é lamentável, vindo de um clube de referência em nosso futebol.

O Corinthians não merece.

NOTA 3- UM JORNALISMO EMPAREDRADO

* Há um bom tempo que mostramos aos nossos visitantes a queda do jornalismo esportivo brasileiro, que deixou a busca das noticias reais pelas dos google.

A liberdade de expressão tão decantada em prosa e verso não existe, desde que o trabalho em clubes não permite que os fatos que ficam escondidos por baixo dos tapetes sejam revelados.

Hoje o repórter divulga o que recebe das assessorias de imprensa das agremiações, ou das entrevistas coletivas cujos personagens são os escolhidos pelas diretorias.  No final de tudo não sai nada de útil, e sim algo oficial. Um modelo chapa branca.

Nossa experiência no setor esportivo é muito longa, e vivenciamos um modelo diferente de entrevistas, quando os entrevistados eram escolhidos pelos jornalistas. Sempre saia uma novidade.

Que o digam, Claudemir Gomes, Amaury Veloso, José Menezes no lado dos jornais, e Geraldo Freire, Jorge Soares, Edvaldo Morais(já falecido) e Paulo Moraes ligados às rádios, e tantos outros.

As noticias eram quentes.

Voltamos a esse tema por conta da reclamação feita por Luiz Felipe Scolari que não gostou nem um pouco do vazamento das escalaçõess do Palmeiras nos confrontos contra o Boca Juniors, pela semifinal da Copa Libertadores.

A situação fez com que o diretor de futebol do alviverde paulista procurasse um repórter da Rede Globo para esclarecer o caso.

Na última rodada do Brasileirinho, o técnico gerou uma polêmica ao mandar um repórter da emissora 'ao inferno'.

Grotesco.

O jornalista André Hernan noticiou as escalações do Palmeiras para os dois jogos que estavam sendo escondidos pelo técnico. Nada mais nada menos, do que um trabalho de um bom jornalista que é o de divulgar a verdade, e não aquela que é transmitida pelos clubes.

O trabalho correto de um repórter livre e independente é o de apurar os fatos, e transmiti-los aos torcedores. Esse é um dos mais graves problemas do futebol brasileiro, o de ter um jornalismo manietado.

Se falar a verdade os portões dos clubes serão fechados para quem o fizer.

Vivemos um futebol de mentiras e com falsas divulgações.

NOTA 4- ENFIM ELES ESTÃO ENTENDENDO QUE OS ESTADUAIS SÃO FARDOS PESADOS

* Quem nos acompanha nesses oito anos de blog sabem muito bem a nossa posição sobre os estaduais que a cada ano desaparecem do gosto dos torcedores.

Depois de uma entrevista de Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-PR, quando esse afirmou que a Rede Globo perdeu o interesse pelos estaduais e não pretende mais adquirir os direitos de TV desses torneios a partir de 2020, e o único que ficaria seria o Paulista que tem contrato até 2022 sem direito a rescisão, a emissora saiu do muro.

A Platinada em uma Nota assinada por Fernando Manuel, diretor de direitos esportivos do Grupo Globo, não comenta a frase do dirigente mas não a desmente, e deixou nas entrelinhas que deseja começar os Nacionais no inicio da temporada.

Por sua vez o Circo começou a debater o calendário de 2020 em conjunto com a AFA (Associação de Futebol da Argentina).

A primeira ideia para 2020 é pedir a Conmebol a junção das datas do Sul-Americano e Libertadores. Outra proposta seria a de enxugar o número de datas da Pré-Libertadores. A entidade pensa em reduzir as datas dos estaduais, medida essa que enfrenta muita resistência das federações que estão na era da pedra lascada.

O ponto principal não foi abordado, que é o Calendário Universal que iria resolver todos os problemas.

No lugar dos estaduais deveria ser implantada uma Série E de forma regional para aqueles clubes que hibernam na temporada, além das formatações das Series C e D em calendário integral.

Pelo menos pela primeira vez ouvimos a Rede Globo mostrar a sua desistência pelos campeonatos locais, e o Circo querendo reduzir as suas datas.

São os sinais dos novos tempos.  

NOTA 5- O FRACO APROVEITAMENTO DA BASE NO INTERNACIONAL

* O candidato de oposição à presidência do Internacional divulgou a sua plataforma, e mostrou alguns dados que nos impressionaram.

De apresentação:

-49% dos jogadores da base no período entre 2012 a 2018 não disputou um jogo do Brasileirinho,

-Um em cada dez jogadores disputou mais de 30 partidas pelo Brasileirinho,

-Do total de valores de transferência dos últimos seis anos o Inter ficou com 22%,

-no elenco atual apenas um atleta oriundo da base, com menos de 24 anos disputou mais de 10 partidas no Brasileirinho, o lateral Iago.

Os números espantam, mas na verdade esses se  repetem na grande maioria dos clubes brasileiros.

São coisas do futebol brasileiro.

Comentários   

0 #4 RE: NOTAS AVULSASPLINIO ANDRADE 09-11-2018 15:02
JJ: NOTA 4- Todas as notas merecem um comentário, mas escolhi a quarta sobre a Globo desistir dos estaduais. Você há muito tempo que debate esse tema, mostrando que essa competição morreu. Aproveito para parabenizar Guest por conta do seu excelente comentário.
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0 #3 RE: NOTAS AVULSASBLOGDEJJ 09-11-2018 14:58
Citando Guest:
O SURREALISMO RUBRO-NEGRO - Hoje, todos os seus artigos demandariam comentários dos leitores. Mas, pensando bem, quase todos convergem ao mesmo ponto. Surrealismo e desastres financeiros. Leio um artigo de "Kanitz", parece que é o nome do articulista, salvo engano meu. O amigo pode consertar. Alerta o escritor de nomeada, que o Brasil está irremediavelmente quebrado pelas gestões desastrosas de Lula e Dilma. Nada que não saibamos. Mas, causa espécie, que ele detalhou um a um os entes quebrados pelas criminosas gestões. Então volto-me ao Sport e Corinthians. O Clube de São Jorge entrou no canto da sereia, e seguindo o seu guru Lula, encetou um gigantesco empréstimo, impagável, para amortizá-lo com as rendas dos jogos (?). Ideia essa que só poderia partir de um jerico, forjado e juramentado na escola da incompetência. Deu no que deu, estando às vésperas de uma hecatombe. O Sport, da sua banda, após diversas gestões equilibradas, começando pela sua, foi entregue nas mãos de aventureiros, tais quais Lula e Dilma, que numa verdadeira subversão financeira aliada à megalomania desmedida, despachou o Leão à beira do inferno. Não há mais freio de arrumação, e só será salvo por uma intervenção de homens sérios e equilibrados. No futebol brasileiro, não há neste momento, salvo melhor juízo, alguém que possa dar um murro na mesa e começar tudo do zero. Estamos caminhando para a decretação legal da falência do nosso futebol, sem direito à tentativa de uma recuperação. Os dois clubes acima citados são o exemplo claro dos respingos da política que acabou com o Brasil. Se discutíssemos política, que aqui não é o caso, diria que tais gestores fizeram pós graduação na faculdade de Chaves, cujo reitor hoje é o Maduro. Dureza acreditar que chegamos a esse ponto, igual ao país, que dificilmente nos salvaremos do abismo, pois faltam-nos pessoas inteligentes e diligentes, destituídas de soberba, que pautem as suas condutas pela honestidade. Será que aparecerá um " Messias" também no futebol ? Esperemos.


Prezado amigo: Estava sentido a ausência dos seus brilhantes comentários que enriquecem o nosso blog. Parabéns pelo de hoje. Perfeito.
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0 #2 RE: NOTAS AVULSASRUBRO-NEGRO 09-11-2018 13:31
NOTA 1- A postagem de hoje contempla vários artigos importantes, mas vou falar sobre o do Sport. Bote surrealismo nisso. Como um clube com boas condições pode chegar ao fundo do poço. Sem duvida por conta de uma diretoria atabalhoada, É triste ver o Sport de hoje, em comparação ao que conhecemos em outras épocas.
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0 #1 RE: NOTAS AVULSASGuest 09-11-2018 12:55
O SURREALISMO RUBRO-NEGRO - Hoje, todos os seus artigos demandariam comentários dos leitores. Mas, pensando bem, quase todos convergem ao mesmo ponto. Surrealismo e desastres financeiros. Leio um artigo de "Kanitz", parece que é o nome do articulista, salvo engano meu. O amigo pode consertar. Alerta o escritor de nomeada, que o Brasil está irremediavelmente quebrado pelas gestões desastrosas de Lula e Dilma. Nada que não saibamos. Mas, causa espécie, que ele detalhou um a um os entes quebrados pelas criminosas gestões. Então volto-me ao Sport e Corinthians. O Clube de São Jorge entrou no canto da sereia, e seguindo o seu guru Lula, encetou um gigantesco empréstimo, impagável, para amortizá-lo com as rendas dos jogos (?). Ideia essa que só poderia partir de um jerico, forjado e juramentado na escola da incompetência. Deu no que deu, estando às vésperas de uma hecatombe. O Sport, da sua banda, após diversas gestões equilibradas, começando pela sua, foi entregue nas mãos de aventureiros, tais quais Lula e Dilma, que numa verdadeira subversão financeira aliada à megalomania desmedida, despachou o Leão à beira do inferno. Não há mais freio de arrumação, e só será salvo por uma intervenção de homens sérios e equilibrados. No futebol brasileiro, não há neste momento, salvo melhor juízo, alguém que possa dar um murro na mesa e começar tudo do zero. Estamos caminhando para a decretação legal da falência do nosso futebol, sem direito à tentativa de uma recuperação. Os dois clubes acima citados são o exemplo claro dos respingos da política que acabou com o Brasil. Se discutíssemos política, que aqui não é o caso, diria que tais gestores fizeram pós graduação na faculdade de Chaves, cujo reitor hoje é o Maduro. Dureza acreditar que chegamos a esse ponto, igual ao país, que dificilmente nos salvaremos do abismo, pois faltam-nos pessoas inteligentes e diligentes, destituídas de soberba, que pautem as suas condutas pela honestidade. Será que aparecerá um " Messias" também no futebol ? Esperemos.
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