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Escrito por José Joaquim

Um futebol que teve 10 jogos na 35ª rodada com apenas 15 gols, sem a menor duvida está doente. E o que mais nos impressiona é um silencio geral em todos os segmentos. Os dirigentes, treinadores, atletas e em especial o jornalismo fingem que tudo vai muito bem no quarto da UTI em que esse esporte está internado.

São vários os programas sobre o futebol.

Alguns analistas são pomposos, sabem tudo, julgam saber de tudo. Quem convive com o futebol há anos como nós muitas vezes ouvimos coisas de quem não tem noção do que está acontecendo. A imprensa por sua omissão com relação aos fatos tem uma grande parcela de culpa pelo atual nível do futebol nacional.

Na realidade, uma boa parte é formada por ex-jogadores, que se esbaldam para vender um peixe aos ouvintes e espectadores da rádio, televisão e leitores dos jornais, debruçados sobre o Ipad em suas pesquisas com estatísticas para rechear as suas análises.

A queda do padrão é m muito grande, desde que esses não vão mais às fontes, e as informações são tiradas das mídias eletrônicas que muitas vezes não refletem a realidade.

Na última segunda-feira assistimos um programa em que os seus componentes gastaram 30 minutos do horário da televisão fazendo a comparação de André Jardine, novo técnico do São Paulo, com Diego Aguirre, o anterior.

Um grande FEBEAPA.

Um dos fatos mais interessantes é quando se debate as estratégias dos jogos, está no endeusamento aos técnicos tão exagerado, que esquecem os protagonistas do espetáculo, que são os jogadores. Existe uma inversão de valores, pois dificilmente os comandantes perdem em campo e sim seus comandados. Quando um time ganha, certamente o grande vencedor segundo os analistas, será o técnico. É uma via de única mão.

Numa entrevista coletiva, quando seu clube não consegue marcar, o treinador diz que o ataque não fez gols porque o outro time tinha oito jogadores atrás da linha do gol.

O entrevistador deixa passar em branco o que seria uma ótima pergunta, procurando saber o que esse estava fazendo no banco de reservas, pois vendo o posicionamento do time adversário deveria modificar o seu sistema e tentar furar o bloqueio.

Vivemos uma era de defensivismo, de raros gols, com duas linhas de quatro defendendo as defesas dos times, e os treinadores não conseguem novas fórmulas para penetrarem na linha do gol, e como no xadrez dá o xeque-mate.

As análises superestimam os técnicos, mas na verdade o Brasil nesse setor está atrasado com relação às novas formações táticas, que poderiam ser vistas na internet, e uma simples pesquisa resolveria o problema.

O futebol é um jogo de xadrez, e quem o analisa precisa entender a movimentação de suas peças, assim como ter a noção do que acontece nos bastidores dos clubes.

Os técnicos precisam ter a capacidade de levar um jogo com a devida paciência, para derrubar as torres, os bispos, os reis e as rainhas que estão à sua frente, e assim conseguir virar o jogo. Quem analisa deverá ter a noção da movimentação das peças.

Na verdade por conta dos patrocinadores que sustentam os veículos de mídias, o futebol não pode ser criticado quando das suas análises, desde que estarão falando mal de algo que foi vendido por um valor bem alto.

O jornalismo brasileiro não tem a liberdade de expressão, desde que vive pressionado por seus chefes, e por conta disso, vamos continuar ouvindo as mesmices que nada contribuem para o esporte.

Comentários   

0 #1 RE: OS ANALISTAS DO FUTEBOLANTONIO CORREIA 21-11-2018 10:35
JJ: Como sempre um artigo perfeito sobre um tema importante para o futebol. O nosso jornalismo apequenou-se por conta da demanda que é maior do que a oferta de trabalho, e tem que submeter-se as linhas determinadas pelos donos dos veículos.
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