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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA FLECHA FERIU O LEÃO 

* Bastou apenas sete minutos de jogo para o Velho Leão ser abatido por um flecha atirada pelo Índio Condá. Tudo que foi preparado no vestiário do rubro-negro rolou por água abaixo.

Demorou a recuperar-se mas, mesmo com a pressão desorganizada no segundo tempo que originou o gol de Michel Bastos, o placar fechou de forma definitiva por 2x1.

O futebol não existiu e sim a vontade de dois times fracos lutando para não serem apanhados pela Caetana que estava sentada na arquibancada na espreita.

O time do Sport após o seu gol partiu para o tudo ou nada, mas ficou no nada por conta de uma desorganização tática.

A presença de Brocador é algo que tem que ser estudado. Qual a razão do técnico Milton Mendes manter o atacante como titular? Não consegue chutar uma bola ao gol.

Na verdade ganhou aquele menos ruim entre dois elencos de fraca qualidade.

Os jogadores do time da Ilha do Retiro não podem ser considerados culpados por essa derrota, desde que estão atuando com três meses de atraso salarial e mesmo assim lutando por um melhor resultado  com dignidade.

Poderiam fazer greve mas continuaram nessa luta, mesmo sabendo que o dinheiro só irá aparecer no próximo ano.

Com a derrota o Sport voltou a Zona de Rebaixamento, e terá pela frente o São Paulo no Morumbi que necessita ganhar para conseguir a vaga no G4.

Poderá ser rebaixado na próxima segunda-feira, dependendo de alguns resultados. Além da queda o coice, com a derrota do tricolor de São Paulo.  

NOTA 2- MAIS UM ESCÂNDALO NA ARBITRAGEM

* O primeiro jogo da noite de ontem foi o do Vasco e São Paulo com o São Januário lotado, e uma bonita vitória vascaína por 2x0.

A equipe carioca fugiu da zona do rebaixamento ao somar 42 pontos, quatro a mais do que o Sport, o primeiro da zona da degola, faltando seis pontos a serem disputados.

O São Paulo perdeu mais uma vez a chance de se firmar no G4 após a derrota do Grêmio.

O apoio das arquibancadas deu o impulso ao time vascaíno, e aos 17 minutos do primeiro tempo uma lambança de Jucilei que terminou nos pés Andrey para a abertura do placar. O Vasco foi melhor nessa fase inicial.

A segunda etapa foi equilibrada com os dois times criando chances de gol. Os minutos finais foram repletos de emoção, e aos 40 minutos o time mandante marcou o segundo gol liquidando a partida. Foi uma vitória justa.

Na Fonte Nova, o Fluminense completou a sua sexta partida sem vitória ao ser derrotado pelo Bahia por 2x0, em um jogo que foi dominado pelo dono da casa.

No Castelão o Ceará manteve o sonho de permanecer na Série A de 2019, ao derrotar o Paraná que foi prejudicado pelo árbitro amigo Luiz Paulo de Oliveira, que não marcou uma penalidade grotesca de uma mão na bola do zagueiro cearense Luiz Otávio no período dos acréscimos, favorável ao time paranista.

Mais um escândalo da arbitragem brasileira, e o silêncio de todos os setores. 

Uma vergonha.

NOTA 3- BORJA E DAMIÃO E OS GOLS PERDIDOS

* Fred em seu retorno numa partida integral foi o salvador da pele dos atacantes na 36ª rodada do Brasileirinho, quando balançou as redes do Vitória por duas vezes.

Ricardo Oliveira no jogo entre o Atlético-MG e Internacional não deu um único chute ao gol do rival. Foi substituído.

Gabriel, artilheiro da competição não teve chances para aumentar a sua conta na partida do Santos e Botafogo.

Nos demais clubes o camisa 9 está sendo tudo, menos o artilheiro.

Mas a noite da quarta-feira foi de terror especial para dois atacantes, com transferências vultosas, sem o retorno no custo benefício.

O colombiano Borja do Palmeiras, e Leandro Damião do Colorado não irão esquecer as suas atuações tão cedo. Foram grotescos.

O atacante do Internacional viveu uma dos seus piores momentos nos gramados, ao perder dois gols absurdos, frente ao goleiro Victor e com o gol totalmente aberto. Assustador.

Dois lances inacreditáveis que poderiam salvar o seu time.

No jogo realizado no estádio Allianz Parque, o América-MG conseguiu segurar o 0x0 do primeiro tempo por conta dos erros do atacante Borja.

Esse teve chances claras para abrir o placar do jogo, e uma dessas o deixou envergonhado ao chutar uma bola por cima da trave, com o gol aberto e o goleiro João Ricardo batido. Algo inacreditável.

O erro foi tão ridículo quando a bola foi cair na Lagoa da Pampulha, mesmo essa estando localizada em Belo Horizonte.

Nunca na história do futebol desse país, a ausência de um camisa nove foi tão drástica.

Por isso os jogos terminam no 0x0.

NOTA 4- OS RESULTADOS DOS GRANDES PATROCÍNIOS

* O jornalista Hiltor Mombach, do jornal Correio do Povo nos trouxe alguns dados sobre o que aconteceu com os clubes que tiveram um mecenas como patrocinador.

As análises foram feitas por conta da ligação da Crefisa e Palmeiras, que vem injetando muitos recursos, que deram para sustentar dois elencos durante a temporada e criando maiores chances para a conquista do título.

O patrocinador é muito positivo, mas não apresenta as garantias de sustentabilidade. O alviverde de São Paulo vive em êxtase com o dinheiro jorrando, mas será que hoje é autossustentável?

Voltando ao tempo, temos no próprio Palmeiras a participação da Parmalat que tornou o clube grandioso. No primeiro ano sem a parceria o barco começou a afundar. Em 2002 e 2012 foi rebaixado.

O Juventude contou também com o dinheiro da Parmalat, e foi por um bom tempo, um clube modesto no meio dos maiores da Série A. Acaba de ser rebaixado para a Série C.

A MSI teve uma parceria milionária com o Corinthians, que acabou em escândalo (lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal e formação de quadrilha). O alvinegro conquistou o titulo de 2005. Sem os milhões foi rebaixado para a Série B dois anos depois.

O Grêmio com a ISL, rendeu uma Copa do Brasil, muitas páginas policiais e 16 anos de recuperação. Resultado: Grêmio na B em 2004.

São detalhes que mostram de forma clara que o dinheiro de longos patrocínios criam uma ligação perigosa, e os clubes que os tem adormecem nos louros, e quando vão embora, a sustentabilidade não foi garantida. 

NOTA 5- O MINEIRÃO CHOROU

* O Mineirão é uma das melhores Arenas do país.

Muito bem localizado, com um fácil acesso, uma grande área de estacionamento, e que tem sido palco de grandes jogos e excelentes públicos. 

Na noite da última quarta-feira chorou ao receber o pior público da sua história no jogo entre o Cruzeiro e Vitória.

Obvio que tratava-se de um encontro que não tinha validade para o time Celeste, desde que nada tem mais a desejar na competição, e apenas um pouco de esperança para o time do Vitória para a fuga da degola, mas a ausência do torcedor foi exagerada quando entrou nas catracas apenas 2.421 pagantes, algo que jamais tinha acontecido.

O pior público nesse estádio tinha acontecido em 2016 no jogo entre o Atlético-MG e Cruzeiro, pela Primeira Liga, com 4.476 pagantes.

Na verdade o futebol brasileiro é bem diferente do Europeu, que lota os seus estádios de forma independente da classificação dos seus times.

Aqui os torcedores vão aos jogos quando esses são decisivos, e os deixam vazios como o Mineirão da quarta-feira quando não valem mais nada.

Imagine um espaço para 64 mil torcedores ser ocupado por 2.421.

É de fazer chorar.

Comentários   

0 #1 Nota 1André Ângelo 23-11-2018 10:09
Não vou creditar um provável rebaixamento do Sport ao treinador Milton Mendes, até porque ele pegou o time numa situação pior do que hoje.
A culpa vem lá de trás, de anos de má gestão, com a contratação de jogadores caros e ruins, com a política de transformar um clube do tamanho do Sport num time "barriga de aluguel"; na falta de conhecimento futebolístico mínimo para se distinguir um jogador bom de um perna de pau; distinguir de um bom jogador que deve ter o contrato renovado no meio da temporada para evitar que vá embora ao final do ano e de um jogador "pereba" que permanece por 2 ou 3 anos no elenco.
Mas, nos últimos jogos, o treinador tem contribuído demais para a queda do Sport.
Primeiro, porque vem insistindo em colocar Felipe Bastos em campo nos jogos da Ilha do Retiro. Foi assim no empate com o Vitória e foi assim na derrota para o Flamengo. Será coincidência o Sport não ter vencido esses jogos com ele em campo?
O que Felipe Bastos fez durante todo esse campeonato para justificar entrar em campo?
Não foi por acaso que, com a saída dele do time, o Sport melhorou na tabela.
Felipe Bastos é um volante que não sabe marcar, não tem velocidade e é facilmente driblado. Só serve para arriscar chutes (na grande maioria das vezes na arquibancada) e lançamentos longos. E só. Se fosse bom o Corinthians não o teria liberado para vir pra cá.
Outro erro crasso e absurdo de Milton Mendes se apresenta na lateral esquerda.
Já que Sander não pode jogar, o normal e óbvio é que o treinador escale Raul Prata ou mesmo um lateral esquerdo da base.
Mas não. O "gênio" prefere desarrumar a zaga improvisando Ernando (que vinha fazendo um boa dupla com Adrielson) de lateral esquerdo e colocando Ronaldo Alves, outro jogador que faz uma temporada desastrosa.
Quando ele faz isso, ele gera 2 problemas gravíssimos: desarruma a zaga e perde totalmente o apoio ofensivo na ala esquerda, uma vez que Ernando não tem o menor cacoete de lateral esquerdo. Ontem Ernando se limitou a receber a bola e tocar para trás.
Ora, um time que precisa fazer gols e, sobretudo, fazer pontos numa reta de chegada de uma Série A não pode abdicar de ter um lateral ofensivo ou que pelo menos saiba alçar uma bola na área!!! Isso é básico no futebol.
Raul Prata pode estar mal tecnicamente, mas ele pelo menos sabe apoiar, tabelar e cruzar uma bola na área. Ernando não sabe nada disso!!!
O jogo de ontem mostrava claramente que as jogadas mais perigosas da Chapecoense eram originadas no lado esquerdo da defesa do Sport, inclusive os dois gols saíram de falha marcação de Ernando (deu espaço nos dois cruzamentos que originaram o penalty - duvidoso - e a cabeçada de Leandro Pereira).
E o que faz o treinador? Tira Luis Carlos Winck para que Andrigo fique fazendo "chuveirinho" na área! Me poupe!
Se ele insistir com Ernando para enfrentar o São Paulo, pode ter certeza que perderemos e seremos rebaixados.
Nós temos um ótimo lateral esquerdo no elenco, mas que, por vaidade e egoísmo, não quer jogar na ala. Esse jogador se chama Michel Bastos que, mesmo tendo feito um gol ontem, não vem jogando ou produzindo nada no meio e, menos ainda, na ponta direita.
A hora é de fazer sacrifícios. A hora é de pensar no "nós", e não no "eu". Inclusive, o Sport deixou de vencer o Vitoria por excesso de individualismo de alguns jogadores.
Se Michel Bastos se recusar a jogar de lateral nesses 2 últimos jogos, é dever do treinador coloca-lo no banco de reservas.
Quem escala time é o treinador. O jogador tem de aceitar ou vai para o banco. Já vimos Ernando jogar improvisado de lateral direito ou esquerdo e até Andrigo jogar (péssimo) na lateral direita. Então, por que Michel Bastos não pode jogar na posição de origem?
Ainda há tempo para consertar seus erros, Milton Mendes.
Dependemos muito da sorte agora, mas, mesmo sendo muito difícil e mesmo com esse Presidente atual, fazendo o "feijao com arroz" ainda é possível escapar do rebaixamento.
Não invente na escalação e nas substituições, "professor".
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