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Escrito por José Joaquim

Vivemos em um país em que se protesta contra tudo e contra todos. As ruas que o digam. Na tarde da última sexta feira o centro do Recife parou com uma passeata dos médicos solicitando o aumento dos seus salários, prejudicando a população.

Movimentos dos Sem Terra, dos Sem Teto, promovem passeatas e invasões e a polícia tem que intervir quando recebem as ordens para que desocupem a propriedade alheia. Uma festa para as mídias, e um sofrimento para o sofrido povo. Nada de errado, desde que estamos em uma democracia que permite que isso aconteça, mas que seja de forma pacifica e ordeira.

O único segmento alienado no Brasil é o futebol, desde que os únicos protestos que acontecem são realizados pelas facções criminosas, na sua totalidade contra os jogadores. Os cartolas por motivos óbvios passam na sua maioria ao largo.

Certa vez um tal de Movimento Nacional do Torcedor realizou um protesto em um treino da seleção do Circo, contra a dupla Marin e Del Nero, com a presença de cinco gatos pingados, e sem divulgação na imprensa.

Nem a antropologia, sociologia ou a psiquiatria podem nos responder sobre esse tema. O torcedor do futebol se deleita com a vitória do seu time, ou com as promessas dos dirigentes, e não tem o menor interesse sobre as mazelas que afligem o esporte, em especial os clubes.

Para ele as saídas de três ex-presidentes do Circo sob suspeitas de corrupção de nada valem em seu conjunto. Isso tudo corre pelos ralos quando a seleção obtém uma vitória.

Em qualquer lugar do mundo, uma derrota de 7x1 para a Alemanha derrubaria o poder, mas no Brasil em um mês tudo entrou no esquecimento. O futebol é o sinônimo de avacalhação.

O esporte das chuteiras agoniza, e são poucos aqueles que se preocupam com tal fato. O seu clube derrotou um rival, o mundo se torna lindo, e o regozijo toma conta no pós jogo. Ficam felizes por muito pouco, quando o entorno está apodrecido.

A maioria dos clubes está em processo de decadência, graças às gestões desastrosas de alguns cartolas, e não lemos, não assistimos ou ouvimos nenhuma manifestação dos torcedores sobre o assunto. Só irão perceber quando a falência bate, os times vão sucumbindo, e no final terminam como a Portuguesa, que chegou ao fundo do poço sem lamentações.

Se o torcedor do futebol participasse da vida desse esporte, tornando-se sócio do seu clube, e atuando nos seus intramuros, temos a certeza de que não teríamos chegado ao atual momento de decadência e sem um futuro promissor delineado.

Esse é um ESTRANHO NO NINHO de uma sociedade que protesta todos os dias, desde que prefere o silêncio a uma participação, substitui a visão por uma cegueira programada, preferindo um gol do seu time, ao futuro que o espera.

Por conta dessa alienação, o futebol brasileiro chegou ao fundo do poço.

Comentários   

0 #1 RE: O ESTRANHO NO NINHOANTONIO CORREIA 09-12-2018 11:55
JJ: O torcedor do futebol é como a maré, vai e volta ao sabor dos ventos. Esperar algo da sua parte é como acreditar em Papai Noel.
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