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Escrito por José Joaquim

Um tema importante e que é muito pouco discutido em nosso país está relacionado a lavagem de dinheiro ilícito no futebol. No Brasil nos dias de hoje, trata-se de um crime corrente, com um aumento ano a ano de investigações contra empresas e pessoas físicas.

O futebol é uma porteira aberta, já que no planeta estima-se a existência de 5 mil federações, 40 milhões de jogadores, e conta com milhões de consumidores.

É, sem duvidas, um mercado de fácil penetração, porque qualquer um pode se tornar um agente, cuja regulamentação não é universal. A FIFA tem uma, e os países filiados também tem as suas. Isso provoca uma diversificação, que permite ao interessado escolher o que melhor lhe oferece para oficializar os ganhos de uma negociação.

Os países emergentes são os mais afetados, por conta de seus crescimentos, tais como Rússia, Brasil e China, que estão na mira das quadrilhas internacionais que precisam legalizar o dinheiro obtido de forma ilegal.

Existe uma realidade, e o futebol hoje tem a porta escancarada para essa, ou seja, quanto mais dinheiro circular no seu mundo, mais interesse do crime organizado em um mercado tão promissor.

As negociações milionárias entre clubes, ou os salários irracionais pagos aos jogadores, são grandes motivadores para a lavagem de dinheiro, que se alia a falta de um acompanhamento mais efetivo das autoridades responsáveis.

Segundo o Banco Mundial, as principais práticas a serem seguidas são as seguintes: Investimentos em atletas por fundos estrangeiros instalados em paraísos fiscais e o atravessador.

A supervalorização de um jogador pode corresponder a técnica de lavagem de dinheiro, similar ao que acontece no comércio com o oferecimento de benefícios fora dos limites reais.

Vários casos já foram detectados no Brasil, mas existe uma certeza da parte dos que combatem esses procedimentos, que o ponto básico para a atuação dos criminosos é certamente os endividamentos e má governança dos clubes, tornando-se assim presas fáceis no sistema de corrupção.

O dinheiro quando entra em uma agremiação endividada, faz parte de uma técnica já detectada de negociação, que estava na espera de uma oportunidade de esquentar quantias de forma ilegal e que circulam na rede internacional.

Grandes investimentos em diversos clubes estão sujeitos a atuação dos lavadores de dinheiro, desde que esses formam a melhor plataforma para tal fim. Muitas vezes o dinheiro não vem do tráfico de droga ou do jogo ilegal, mas das negociações de empresas, do superfaturamento em obras, cujos valores não são declarados ao fisco. Ficam voando na espera de um hospedeiro.

Nos lembramos das palavras da Consultora do BIRD, Brigitta Maria Slot, em um seminário realizado no Brasil, ao classificar como ¨injustificáveis¨ e ¨insustentáveis¨ os salários pagos a jogadores e treinadores, além dos valores envolvidos nas transações entre clubes. ¨O futebol é intocável na maioria das sociedades. As vezes, as pessoas se perguntam quem controla quem? São os governos que impõem regras aos clubes ou é o contrário?¨, declarou a consultora.

Esse assunto foi retomado por conta da Nota Avulsa de ontem sobre o futebol e a lei de lavagem de dinheiro, que motivou varias perguntas sobre o tema.  

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