blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

Numa conversa sobre a qualidade dos jogos de nosso futebol e o nível dos jogadores, surgiu uma tese que nenhum desses seriam titulares dos clubes em épocas  anteriores.

As comparações surgiram, e o veredicto final foi que o esporte da chuteira no Brasil paga salários de outro mundo, para atletas medianos e midiáticos. Uma pura verdade.

Por conta disso, começamos a mentalizar o questionamento, e os dados mostram realmente que algo aconteceu nesse país com a perda da qualidade técnica e sobretudo na falta de craques, que existiam em grande quantidade nos anos 50, 60, 70 e 80 e no início de 90, quando começou a ser iniciada a sua decadência.

Temos exemplos bem claros, com o Botafogo, cujo elenco atual não colocaria sequer um único titular naqueles dos anos 50 e 60.

O Santos foi o maior time do mundo, na época de Pelé nos anos 60 até 70, não receberia hoje nenhum dos atletas do seu elenco atual.

O time do campeão Palmeiras teria que pedir passagem a Academia de Ademir da Guia como mestre sala, para emplacar algum jogador.

O Cruzeiro, teria dificuldades de escalar um dos seus componentes nos times de Tostão, Dirceu Lopes, Piazza, entre outros.

Se olharmos o Flamengo o novo milionário do pedaço, certamente teria muitas dificuldades para escalar um dos seus atletas na década de 80, que tinha Zico, Junior, Adílio, Leandro, Tita entre outros.

O São Paulo dos menudos de Cilinho e dos times de Telê Santana da década de 90, também não conseguiria escalar alguns jogadores que formam o seu time de 2019.

O Fluminense tinha uma máquina de jogar futebol na década de 50 com Castilho, Píndaro, Pinheiro, Telê, Didi, entre outros e os atletas de hoje sequer estariam no seu banco de reservas. O mesmo aconteceria com o Vasco, na relação com os anos 50.

Poderíamos formar uma enciclopédia, mas vivemos uma realidade que deveria ser discutida com a finalidade de sabermos a razão do país ter deixado de formatar grandes jogadores a partir dos anos 90, acentuando-se com mais gravidade nesse século XXI, desde que os craques que apareceram caberiam na palma da mão.

Se voltássemos no tempo com relação a Pernambuco, veríamos que o futebol desse estado sofreu os mesmos problemas, e com raras exceções, e talvez a única entre os três grandes, que é o goleiro Magrão, os demais atletas não teriam vagas no Sport de 50 e 80, no Santa Cruz de 70, e do Náutico de 60.

Quais as razões da decadência? Uma pergunta que está na busca de respostas, desde que torna-se muito difícil de entender que um país que era exemplo de produção de craques, de repente a fonte secou.

Algo aconteceu.

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar