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Escrito por José Joaquim

Papai Noel não existe, e a contratação de Ricardo Goulart pelo Palmeiras certamente deve ter outros valores bem diferentes dos que foram apresentados. Quem ganha na China R$ 3 milhões não irá receber R$ 600 mil no Brasil. Tem gato na tuba.

O alviverde que já tem um elenco forte complementou assim os seus dois times de bom nível para a temporada. A ideia do clube era a de contar com dois grupos com qualidade para enfrentar o calendário.

O Flamengo também seguiu esse caminho, e está ainda no mercado para fechar o seu elenco para conseguir separa-los nos torneios que irá disputar.

Uma frase do jornalista Menon em um artigo foi lapidar quanto à disputa desses clubes: ¨A grandeza de um alimenta o gigantismo do outro¨. Os demais concorrentes foram ao mercado de forma mais simplista.

Uma pergunta surgiu no ar: Chegou finalmente a ¨Espanholização¨ ao futebol brasileiro? Da maneira que o sistema está funcionando, certamente tal fato será concretizado nessa temporada.

Na realidade o nosso futebol necessita de investimentos externos para evoluir e tornar-se muito mais competitivo, como aconteceu na Europa, cujos clubes são sociedades de capital aberto. 

O modelo brasileiro é de uma sociedade comum sem fins lucrativos, o que impede decididamente de acolher investimentos estrangeiros que seriam da maior importância para o nosso futebol.

Exportamos anualmente milhares de atletas por ano, caracterizando o excelente mercado de formação, mas se tivéssemos aportes internacionais, no intuito de retorno pelo aplicado, certamente esses talentos ficariam mais tempo no país, os clubes cresceriam, os patrocínios seriam incrementados, a valorização patrimonial formada por atletas seria grandiosa e, consequentemente, trazendo retorno aos aplicadores.

Entretanto, tudo isso esbarra na credibilidade dos dirigentes e principalmente nas suas relutâncias de transformar apenas o seu futebol em uma sociedade empresarial, segundo os tipos regulados pelo nosso Código Civil, que é inclusive facultado pela Lei 9.618/98 em seu artigo 27, parágrafo 9º. Existe um projeto no Congresso Nacional, que contém um artigo que obriga as entidades a adotarem esse sistema, mas a bancada da bola segurou-o em uma das suas gavetas.

Devemos destacar que as experiências no Brasil com investidores estrangeiros não foram boas, mais pela ¨sabedoria¨ dos dirigentes, do que da responsabilidade dos aplicadores. No Corinthians a parceria com a MSI terminou em um processo na Justiça Federal por lavagem de dinheiro.

Com relação ao Vasco da Gama, o investidor foi o Bank Of América, que saiu correndo do Brasil tendo em vista os procedimentos não republicanos do clube, assim como do ISL, empresa ligada à FIFA, foi a pivô de denuncias de corrupção contra o presidente do Circo na época, e que firmou uma parceria com o Flamengo.

Sem duvidas temos um excelente mercado a ser explorado, mas com o sistema atual jamais sairemos dessa vida de eternos emergentes do futebol.

Os cartolas não deixam.

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