NOTA 1- AS CÓLICAS DE FELIPÃO

* Na abertura dos estaduais teve de tudo, inclusive a participação da Caravana da Miséria com relação aos públicos, com clubes pagando para jogar. Só não teve bom futebol. 

Pernambuco foi palco de dois jogos entre os piores públicos do país: O Salgueiro levou apenas 844 torcedores ao estádio na sua goleada contra o Vitória por 6x1, e em Afogados da Ingazeira, o Afogados, clube local colocou na arquibancada apenas 585 testemunhas.

No tocante a bola correndo nos gramados nada a se destacar, com um bando de peladeiros, alguns milionários, times desentrosados por conta da curta temporada.

O Flamengo como sempre teve a maior presença de torcedores.

Alguns fatos grotescos aconteceram, mas as cólicas de Scolari foi a mais discutida quando esse abandonou a coletiva e saiu correndo para os vestiários. Segundo os maldosos o assunto terminou no sanitário.

Um sucesso nas redes sociais.

Outro destaque foi o roubo do celular de Milton Cruz, técnico do Sport, que foi afanado por um gândula do jogo. As más línguas através dos fakes insinuaram que foi um protesto por conta da atuação do Velho Leão.

Vitor Geron do Onefootball nos proporcionou com a publicação de outros fatos que aconteceram nesse final de semana, e um desses foi algo inacreditável com a criação de um novo estado, o Santa Catarininense, cuja placa colocada no gramado antes do jogo para o protocolo tinha esse nome. Grotesco.

O mais divertido foi o debate dos comentaristas sobre Bilau, autor do gol da vitória do Paragominas sobre o Bragantino pelo estadual do Pará. Foi uma aula de anatomia sobre Bilau.

O melhor termo para caracterizar a abertura dos estaduais foi o famoso ditado: ¨Nós Sofre, Mas Nós Goza¨.

NOTA 2- CAMPEONATOS SEM A CAIXA

* A abertura da temporada com os moribundos estaduais os clubes em todo o Brasil estavam sem a marca da Caixa Econômica nas camisas. Na realidade atenderam a uma decisão do novo governo de encerrar esse ciclo da instituição financeira com os times.

O futebol brasileiro era o do ¨Vem para Caixa Você Também¨.

O ministro da Economia Paulo Guedes deixou bem claro na sua posse que o dinheiro dispendido com o futebol seria aplicado em segmentos com mais necessidades.

Segundo o jornalista Ancelmo Góis, do Globo, antes de anunciar o fim do patrocínio da Caixa a 25 clubes o governo auditou os contratos- e não gostou do que viu. Tinha muito consultor levando uma parte da grana, e alguns clubes não estavam quites com o Fisco.

Quanto a isso nenhuma novidade, desde que em todos os contratos de publicidade do governo as comissões sempre rolaram. É o famoso levando por fora.

São coisas do Brasil, brasileiro. 

NOTA 3- A FESTA DO SUPER BOWL 

* O Super Bowl é o maior evento esportivo dos Estados Unidos e que disputa com a FIFA de ser maior do que a Copa do Mundo. São bilhões de espectadores em todo o planeta.

O jogo final da conferencia da NFL será realizado no dia 3 de fevereiro, envolvendo o New England Patriots e o Los Angeles Rams. O palco da partida será o Mercedes Benz Stadium em Atalanta. O país irá parar nesse dia.

Para que se tenha uma ideia da sua grandiosidade, para quem deseja ter a experiência de assisti-lo dentro do estádio terá que desembolsar muitos milhares de dólares.

Os ingressos estão á venda e o mais barato custa US$ 3.493, R$ 13,1 mil. O mais caro custa US$ 52.920, ou seja R$ 199,2 mil.

Um camarote para 30 pessoas com direito a um estacionamento, comida e bebida custará US$ 845,244, R$ 3,18 milhões, o que equivale a um apartamento de cobertura em um bom condomínio de São Paulo.

O mais barato, para seis pessoas, tem o preço de US$ 90 mil, equivalente a R$ 338,75 mil. Apesar desses valores todos os ingressos e camarotes são vendidos.

Na realidade é uma festa esportiva espetacular.

NOTA 4- TIROS E PANCADARIA ANTES DO JOGO ENTRE RED BULL E PALMEIRAS

* No gramado um jogo fraco entre os times do Red Bull e Palmeiras pelo Campeonato Paulista, que terminou empatado em 1x1.

Antes de sua realização a pancadaria tomou conta fora do estádio Moises Lucarelli, da Ponte Preta, que abriga os jogos do Bull. Existe uma sede da Torcida Jovem da Macaca bem à frente ao palco do jogo, que é a maior de Campinas, e é inimiga da Mancha Verde, do Palmeiras.

Obvio que iria terminar em uma luta campal.

Alguns torcedores do alviverde paulista tentaram invadir a sede da Jovem para destruí-la e foram recebidos a bala. Um membro dessa recebeu um tiro na perna e um outro uma pancada violenta na cabeça.

Centenas de pessoas envolveram-se na briga, e foram separados pela Policia Militar, com a ajuda obvia das bombas de efeito moral e muitos cassetetes.

O futebol brasileiro não tem solução, desde que os clubes continuam sustentando as organizações criminosas com o nome de organizadas que aterrorizam os bons torcedores.

Foi a estreia da baderna.

NOTA 5- O TAMANHO DO ABISMO QUE SEPARA O FUTEBOL DO BRASIL DO EUROPEU 

* O abismo que separa o futebol brasileiro do europeu, na relação dos valores dos seus times é gigantesco. Algo impossível de se chegar perto nesse século.

Alguns exemplos mostram de forma clara a distância dos dois maiores clubes brasileiros, Flamengo e Palmeiras, dos maiores da Europa.

PALMEIRAS- 108,3 milhões de euros- R$ 459,2 milhões

FLAMENGO- 83 milhões de euros- R$ 354,8 milhões.

BARCELONA- 1,16 bilhões de euros- R$ 4,9 bilhões,

MANCHESTER CiTY- 1,1 bilhões de euros- R$ 4,6 bilhões

REAL MADRID- 976,5 milhões de euros- R$ 4,1 bilhões,

PSG- 899,8 milhões de euros- R$ 3,8 bilhões,

LIVERPOOL- 928,5 milhões de euros- R$ 3,9 bilhões,

CHELSEA- 882,25 milhões de euros- R$ 3,7 bilhões,

TOTTENHAM- 826,5 milhões de euros- R$ 3,5 bilhões,

MANCHESTER UNITED- 775 milhões de euros- R$ 3,2 bilhões, 

ARSENAL- R$ 604 milhões de euros, R$ 2,5 bilhões,

BENFICA- 285,2 milhões de euros- R$ 1,28 bilhões,

PORTO- 303,8 milhões de euros- R$ 1,3 bilhões.

* Fonte: Jornal o Lance

NOTA 6- A MARATONA DO NÁUTICO 

* A Copa do Nordeste tem tudo para ser um fiasco. Uma tabela fatiada, um jogo aqui, um jogo acolá, e muitas vezes passamos batido como ia acontecendo com o de hoje entre o Sergipe e Náutico.

Só tomamos conhecimento quando estávamos realizando uma revisão nas tabelas.

O time alvirrubro em 19 dias irá jogar sete partidas, o que representa a cada 2,8 dias um jogo. No meio disso as viagens cansativas.

Como um elenco com poucos dias de pré-temporada poderá suportar uma maratona como essa?

O futebol brasileiro é insano, destruidor, com um calendário grotesco, maldoso e que está matando o que resta do nosso futebol. Como se pode cobrar de um grupo que sequer teve uma preparação adequada e que é obrigado a jogar um dia assim, um dia não.

É lamentável, mas como sempre os cartolas se acovardam perante o poder e nada fazem para modificar o sistema.

Somente uma Laja Jato irá resolver, inclusive mandando muita gente para a cadeia.