Patrocínio ficou uma fruta rara em nosso futebol, uma verdadeira agulha no palheiro, e quando se tem, o escondem na televisão.
No último domingo assistimos ao jogo do Palmeiras e um time que era apresentado pelo Premier, tanto no placar quanto na locução e nas analises feitas pelo comentarista como o ¨ERREBʨ. Até no seu escudo, esse era o nome apresentado de forma absurda pela emissora.
Quem não conhecia o adversário do alviverde tinha a certeza de que era algum clube internacional, e somente depois do jogo, pelas redes sociais que criticavam esse procedimento ficaram sabendo que era o Red Bull, uma equipe organizada e com boa estrutura.
O Premier, pertencente às organizações Globo, segue a mesma linha de não divulgar clubes que tenham nomes de marcas, a não ser que comprem patrocínios. Apesar disso a marca aparece pelo menos por 98 minutos de um jogo na camisa do time.
Na Fórmula 1, o fato também se repete quando a escuderia Red Bull é chamada de RBR. Tais restrições se estendem a algumas equipes de esportes olímpicos que tem patrocinadores em seus nomes.
Há algum tempo o dono da empresa Sada, que patrocina o voleibol do Cruzeiro, reclama sobre esse tema, quando observa que a sua empresa não é citada uma única vez, embora essa tenha o nome de Sada/Cruzeiro, que financia todos os seus custos.
Por outro lado para esse grupo de comunicação a Allianz Arena sequer existiu, e sim a Arena Palmeiras que na realidade não existe.
Em um país que tinha uma instituição do governo como maior patrocinadora do futebol, a Caixa Econômica, que cobria a lacuna deixada pela iniciativa privada, essa omissão as marcas é muito grave, porque tira as oportunidades de varias empresas de participar do segmento, e não o fazem por conta de um retorno inexistente, com suas marcas escondidas pela rede que transmite os eventos.
A Fonte Nova tinha a Cervejaria Itaipava como naming rigth, mas essa estava jogando dinheiro fora, desde que o seu nome jamais foi citado.
O melhor exemplo das dificuldades para a venda do naming right é sem duvida o Corinthians que luta há anos por uma negociação, e não consegue, por conta de um alto investimento, sem perspectiva de retorno, visto que durante as transmissões todos irão ouvir que o jogo está sendo realizado no Itaquerão.
Na realidade para a televisão o Red Bull não jogou, e sim o ¨Errebê¨.
São coisas de um futebol desprotegido, e sem forças para lutar pelo que é melhor.
Aí é que está...isto apenas é mais uma "estratégia" de deixar todos os Clubes sob o jugo desta emissora. Se ela não divulga nem mostra/exibe estas marcas nas transmissões, os patrocinadores fogem e os Clubes ficam sempre à sua mercê e dependentes do seu monopólio e $$$ e ainda mais com o agravante de certos jogadores que tiram a camisa do Clube quando fazem gol, será que fazem isto em protesto porque queriam um "por fora" do patrocinador do Clube?. Coisas do finado Futebol Brasileiro...
Prezado Rodolpho: A amigo mostrou algo que está entranhado nessa decisão, amarrando mais os clubes nos tentáculos da poderosa.
0#3RE: O ¨ERREBʨ —
CARLOS OLIVEIRA24-01-2019 14:34
Assisto os jogos do voleibol que são transmitidos pelo Sport TV e nenhum time que tenha o nome de uma empresa esse é citado. É bem lógico que os investidores os fazem para ter um retorno dos seus nomes serem divulgados, Em nenhum país do mundo isso acontece. Parabéns pelo lúcido artigo.
Aí é que está...isto apenas é mais uma "estratégia" de deixar todos os Clubes sob o jugo desta emissora. Se ela não divulga nem mostra/exibe estas marcas nas transmissões, os patrocinadores fogem e os Clubes ficam sempre à sua mercê e dependentes do seu monopólio e $$$ e ainda mais com o agravante de certos jogadores que tiram a camisa do Clube quando fazem gol, será que fazem isto em protesto porque queriam um "por fora" do patrocinador do Clube?. Coisas do finado Futebol Brasileiro...
0#1RE: O ¨ERREBʨ —
PLINIO ANDRADE24-01-2019 13:08
JJ: Um artigo perfeito sobre um tema tão relevante. O Red Bull tem times em alguns países e jamais uma emissora de televisão deixou de citar o nome nas suas transmissões. Só no Brasil onde o futebol tem dono.
Comentários
Prezado Rodolpho: A amigo mostrou algo que está entranhado nessa decisão, amarrando mais os clubes nos tentáculos da poderosa.
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