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Escrito por José Joaquim

Os hipódromos brasileiros trabalham com um sistema de grupos para formatarem as suas programações semanais.

Os animais são enturmados pelo seu ranking técnico, e competem dentro das turmas onde são alocados. Esse é feito pelo número de vitórias, de premiações, entre outras coisas do setor. É quase impossível que um animal da última turma consiga chegar à primeira, visto que os competidores dos grupos mais elevados são tecnicamente superiores, com  uma maior qualidade que desequilibra totalmente a formação dos páreos.

Com vitórias vão ascendendo, mas chega ao ponto em que não possuem patas para competir com os mais fortes, e são negociados para hipódromos menores ou para outras atividades.

O que tem as corridas de cavalos com o futebol?

Na verdade algo bem parecido, em que a desigualdade é latente quando os times são distribuídos em divisões, e aqueles que estão no nível mais elevado sempre sobrepujam os de menor capacidade. Quando sobem duram muito pouco e voltam para a sua antiga turma, e assim segue o processo.

Nas corridas aqueles de tem um maior nível técnico custam fortunas, enquanto os de menor potencialidade são mais baratos, e irão concorrer a prêmios com valores menores. No futebol, existem clubes com elencos de milhões, e numa mesma competição outros contratam os seus atletas por milhares.

Um azarão como se chama nos hipódromos, e zebra nos gramados, é um fato raro, quando um time de turma inferior ganha uma disputa com um maior, com uma larga margem de distância. Na verdade, vitórias como essas são pontuais enquanto na maioria são previsíveis, como acontece nas corridas.

Essa analogia é confirmada na formação de turmas nas classificações dos campeonatos, onde existem equipes diferenciadas, classificadas em grupos diferentes, e que lutam sem maiores objetivos.

O Palmeiras era da primeira turma e foi campeão, teve uma distancia de 37 pontos para o Vasco que foi o primeiro de fora da zona da degola na temporada passada. Os clubes estão enturmados através de suas pontuações, e jogam um campeonato paralelo entre eles.

Quando um clube ascende de uma divisão para outra sente o impacto quando torna-se um estranho no ninho. Como nos hipódromos as modificações são gritantes, e na maioria das vezes retorna à sua origem no mesmo ano.

Isso sempre irá acontecer, com divisões de turmas no futebol, mas se esse esporte fosse contemplado com uma melhor distribuição de rendas, as diferenças entre essas poderiam ser reduzidas, e as competições não teriam previsibilidade que hoje apresentam, com maior competitividade e bom retorno financeiro.

Sabemos que pelas condições econômicas nem todos poderão ser de Grupos Especiais, mas com uma melhor condição financeira, os jogos seriam mais interessantes, com os grupos mais bem equilibradas sem nenhuma zebra correndo. 

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