Alguns treinadores e jogadores, raros torcedores os mais avisados pedem mudanças no futebol brasileiro, por sentirem de perto a longa agonia que tomou conta desse esporte nos últimos anos.
O segmento mais interessado com relação ao tema é dos dirigentes, que se omitem e, com raras exceções, não pregam a necessidade de uma grande renovação no setor.
Essa gente parece que vive no modelo do ¨quanto pior, melhor¨, e que o mantém em seus cargos. Não verificamos nenhuma reação dos cartolas, mesmo com seus clubes em dificuldades financeiras, com relação ao sistema comandado pelo Circo, que é um dos mais retrógrados do mundo, comparado ao do Continente Africano.
Existe uma acomodação. Os clubes jogam três vezes em uma semana, com viagens longas, e ninguém reclama. Parece que se trata algo normal, mas os reflexos estão nos seus Departamentos Médicos, com lesões acontecendo em todos os jogos.
Os seus atletas muitas vezes são convocados para amistosos de uma seleção mequetrefe, que se intitula de brasileira, quando na realidade é cebeefiana, e a sua vaca leiteira. Todos ficam calados com medo do poder.
A arbitragem nacional afundou com o nosso futebol, e sabemos que o motivo é o da ausência de um comando com credibilidade. Há muito que esse setor deveria ser independente da Barra da Tijuca. Todos sabem e ficam calados, vendo muitos clubes perdendo pontos por erros cometidos pelos apitadores em seus jogos.
O jornalismo que poderia ser um setor para as transformações, está mais preocupado com o dedinho de Neymar do que a realidade vigente no esporte que é o seu ganha pão.
Os comentaristas dos trágicos jogos que assistimos, dão a impressão que estão em outro local. Como afirmou uma certa vez o técnico Joel Santana, esses parecem que estão comentando um desfile de escola de samba. Tudo bonito e reluzente.
Salários atrasados entre grandes e pequenos, a ociosidade nos estádios, quando as arquibancadas em muitas jogos são entregues aos fantasmas, e nenhum segmento pede mudanças. São felizes com a decadência.
Com a mudança de governo pensávamos que algo poderia acontecer, mas ao tomarmos conhecimento de que o setor do futebol da Secretaria de Esportes será dirigido por um ex-diretor do Circo, sentimos que iremos ter mais quatro anos de sofrencia.
O futebol brasileiro continua a viver no tempo da idade da pedra, não se renova, não apresenta caras novas, sérias e comprometidas com o futuro, que poderiam promover as mudanças necessárias.
Quanto pior, melhor, é o modelo que sustenta os pretensos salvadores da pátria, que aparecem como aqueles que irão resolver os problemas dos clubes, e que na verdade chegam imbuídos de outros sentimento, e de interesses pessoais.
São coisas do tempo da brilhantina, ou do matador de moscas.
Comentários
0#1RE: QUANTO PIOR, MELHOR —
RUBRO-NEGRO30-01-2019 10:46
JJ: O título do artigo já diz tudo e trata de uma realidade existente no futebol e no país, onde todos apostam no pior para as suas preservações no poder como pretensos salvadores.
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