Obviamente que não somos mais a chamada ¨Pátria de Chuteiras¨. Os números atestam a estagnação do futebol em nosso país, e não podem ser contestados.

Já cansamos de repetir que o nosso futebol é a cara do Brasil, que conseguiu sobreviver, apesar de todos assaltos que os seus cofres sofreram nos últimos anos. Continua vivo, sendo vilipendiado por alguns, que só visam os seus interesses e não os pretendidos pela nação. Apesar desse gente, continua sendo o mesmo Brasil.

O futebol também tem aguentado de tudo. Um verdadeiro massacre, realizado por conta da presença de segmentos nefastos, composto por aventureiros, que só desejam tirar a última gota de sangue que ainda lhe resta.

Acompanhamos esse esporte há décadas. Além de torcedores como sempre fomos, também o dirigimos no Sport e na Federação, e temos condições de afirmar que vivemos um dos piores momentos de sua história.

O respeito foi  perdido e com ele a credibilidade foi enterrada.

Estamos entregues ao abandono. No campo de jogo, nada a ser destacado, com partidas medíocres, defensivistas sem gols, sem craques, numa maré seca e sem futuro. Fora desses, os espertalhões faturando, enquanto os clubes definham.

Vivenciamos o futebol europeu, que já foi bagunçado e deu a volta por cima, e ao compararmos com o nosso, verificamos que fazemos tudo ao contrário.

Os horários dos jogos são inconvenientes. Regulamentos e tabelas são mudados ao sabor dos ventos, a violência das torcidas derrotou o torcedor do bem, arbitragens da mais baixa qualidade, uma imprensa humorística sem conteúdo, constituindo um somatório de fatos destruidores, que não conseguiram extermina-lo, por conta de sua capacidade de sobrevivência.

Os estádios ociosos refletem o desânimo que abateu no consumidor do futebol. Nada pior do que a perda da credibilidade, que provoca o distanciamento da parte boa da sociedade.

Hoje não sabemos qual a camisa dos clubes. Mudam de cores varias vezes por ano, deixando de lado a tradição que sempre serviu para chamar o seu torcedor.

Na verdade ainda não desistimos e somos um daqueles resistentes que ainda acreditam que o futebol voltará a ser o que era em outras épocas, com pessoas competentes no seu comando.

Eles não conseguiram até hoje acabar com o Brasil, os do futebol também não conseguirão acabar com esse esporte.