A Lava Jato tem feito o máximo do possível no combate à corrupção no país, desbaratando quadrilhas que se apossaram do dinheiro público, Muitas prisões, muitas condenações e as cadeias recebendo a fina flor da politica brasileira.
Obvio que o asssunto ainda não está sanado, o caminho é longo, e sobretudo por ser a corrupção um problema sintomático, e como alguns dizem, melhora mas não tem cura.
O futebol brasileiro tem dentro de si esse vírus, quando denúncias são formuladas no dia a dia, apresentando os desacertos de alguns segmentos.
Antigamente se ouvia falar de árbitro esperto, goleiro na gaveta. Quantos dirigentes festejavam com afirmações que ganharam os títulos para os seus clubes com tais procedimentos? Na verdade eram pontuais e não generalizados, e faziam parte do inusitado do futebol. Não era regra geral.
Após o encerramento de uma rodada os torcedores passavam a semana discutindo os acontecimentos, sem nenhuma violência, já que não havia as famosas organizadas, e esses debates faziam parte do sistema.
A televisão acabou com as duvidas, e os erros que continuam são vistos abertamente, e posteriormente pelos vídeos. Hoje o debate não existe, pois corre-se o risco de morrer.
O futebol perdeu o encanto e a qualidade. Os dirigentes na hora do aperto tiravam dos seus bolsos. Aos poucos o esporte foi se tornando um grande negócio, atrelado muitas vezes a grandes negociatas.
Alguns jogadores, a minoria absoluta, enriquecem, as negociações envolvem milhões de reais, e em muitas delas com algo embutido de esperteza e sobretudo de corrupção.
João Havelange, Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, formaram um quarteto mágico, ao receberem comissões da FIFA (o primeiro), e os três restantes do Circo do Futebol. Até hoje não tem um processo definido contra essa turma.
O ex-presidente da FIFA levou os seus segredos para o túmulo. Deixaram de lado os princípios que norteiam a ética e dignidade.
Quando a Justiça Federal irá dar andamento ao processo contra os cartolas, que foi subsidiado com informações da CPI?
Nas entidades esportivas fica difícil de separar o público do privado. Há uma mistura total. Alguns dirigentes participam ativamente das negociações de jogadores, com interesses próprios, visto que em muitas vezes tem participações nos seus direitos econômicos, em nome de laranjas.
Nas Federações os cartolas dizem que se sacrificam pelo esporte, mas não se ouve a palavra renuncia uma única vez. Na verdade são masoquistas de plantão, desde que trabalhar com sacrifício, podendo largar os cargos, é sem duvidas algo difícil de se acreditar.
São coisas da politica, do futebol e do Brasil bem brasileiro.