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Escrito por José Joaquim

Os estaduais estão sendo concluídos deixando uma certidão de óbito para centenas de clubes, e desemprego para milhares de jogadores, e uma montanha de jogos tediosos, que representam a verdade de um modelo que está superado e vive somente para atender a cartolagem das diversas Federações.

Um reduzido número de clubes continuarão nos gramados até o final da temporada, enquanto a grande maioria irá para as cavernas para as suas hibernações.

O futebol brasileiro é autofágico, e o distanciamento cada vez maior entre os grandes e os menores alongou-se nos últimos anos, tornando as competições totalmente desequilibradas.

Na realidade os cubes que tornam-se sazonais durante a temporada dificilmente tem um trabalho de base, que é o fundamental para se tornarem perenes.

A cada ano montam uma equipe, com atletas rodados, muitos sem qualidade, dando, assim, motivação as suas fracas performances. As competições findam e ficam com nada, só débitos.

Esse é o debate que deve ser aberto, e que exige a participação de todos os segmentos, com a mobilização de empresários, prefeituras locais, profissionais capacitados, que poderão delinear o futuro dos clubes de suas cidades.

Não adianta viver três ou quatro meses e depois desaparecer, pois com isso não terão as condições necessárias de conseguir patrocinadores ou mesmo investidores, e sem tais participações tornam-se inviáveis.

O trabalho de base é fundamental, e isso requer recursos, que demanda a participação de todos os segmentos da cidade. Esse deverá ser feito à partir do sub-15, que poderá ir definindo os atletas do futuro, um bom ativo para futuras negociações.

Para que isso possa acontecer poderiam fazer convênios com as escolas locais, que forneceriam uma boa quantidade de futuros talentos, além de garimpagem nas escolas de cidades vizinhas. Para tal, necessitam de profissionais competentes e com capacidade de levarem com sucesso um projeto desse tipo. A escola é o maior celeiro não somente para o futebol, como para os outros esportes.

Sabemos que não é fácil, mas não custa tentar, saindo da mesmice que hoje existe, e se somarem o que gastaram com as suas equipes para a disputa das competições sem um retorno positivo, poderão verificar que se tivessem canalizado tais recursos para um bom trabalho de formação a situação certamente seria bem diferente.

Não pode continuar o que assistimos hoje no Brasil, onde crianças já são incorporadas a divisões de base dos clubes, com compromissos com procuradores e dirigentes, com a anuência dos responsáveis que os entregam por uma cesta básica.

Alguns desses jovens sem uma educação básica necessária, que é outro ponto fundamental do trabalho, abandonam a escola na ânsia de se tornarem estrelas, não conseguem acabando em subempregos, e até na marginalidade.

Temos a convicção de que a implantação de um trabalho de base sério, cientifico, em um clube de menor porte, o perenizará para sempre.

É duro realizar, mas não impossível.

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