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Escrito por José Joaquim

Ouvimos em um programa esportivo que analisava a queda do nosso futebol, onde foi abordado que a falta de capacidade dos treinadores refletem nos resultados.

Um equivoco total, desde que na realidade não existe a falta de capacidade dos profissionais, e sim de capacitação, o que é uma verdade e que reflete em um futebol que nos últimos tempos não apresentou nenhuma inovação, a não ser o chamado Titês que serve para encantar as nossas mídias juvenis. Vivemos na era do pragmatismo dos resultados.

Na Europa de um modo geral, existe uma preocupação do técnico em se capacitar, se formar, melhorar mais o seu conteúdo, procurando sempre aprender. Com relação ao Velho Continente existia uma preocupação da UEFA em reciclar os treinadores, sendo realizados seminários, clinicas anualmente para a melhoria da qualidade.

Há algum tempo lemos uma entrevista de Carlos Alberto Parreira, quando esse ainda pensava alto, onde afirmou que: ¨uma coisa é jogar, e outra é dirigir pessoas, administrar situações, dando um exemplo de Fabio Capello que treinou por cinco anos a base do Milan, fez curso na Federação Italiana, foi assistente de Arrigo Sachi na Seleção Italiana¨.

Um exemplo latente vem do maior técnico do mundo, Pep Guardiola, que trabalhou nas categorias de base até assumir o time principal do Barcelona.

Na verdade, no Brasil tudo é feito de forma açodada, e na maioria dos casos mal os jogadores aposentam as suas chuteiras já estão no comando de equipes, assumindo muito rapidamente compromissos sem o respaldo de uma experiência de pelo menos um ou dois anos nas categorias de base, e de estudos.

Achamos que no Brasil do futebol sempre o carro está à frente dos bois, e por conta disso, a qualidade técnica desse esporte regrediu. O Circo do Futebol Brasileiro (CBF) realiza cursos para treinadores, que não valem nada, onde faltam bons profissionais para administra-los.

Os certificados que são entregues aos participantes são iguais aos das escolas de alfabetização.

O futebol brasileiro é muito complicado, onde existe uma cultura de cobrança exagerada, que geralmente gera a instabilidade entre os treinadores. Como jogador não se aprende a lidar com tais situações.

Hoje os técnicos são levados ao patamar de deuses, mas continuam com táticas atrasadas, que mataram o que ainda tinha de beleza no esporte das chuteiras. A perda de qualidade é bem latente, e isso se dá principalmente pela ausência de bons treinadores nas categorias de base, que é a verdadeira alfabetização do futebol.

Sem uma boa preparação, os resultados do futuro serão pífios como vem acontecendo. Os craques sumiram, e hoje os jogadores tem mais marketing que futebol.

A entidade maior não tem a preocupação de formatar atividades para a melhoria do seu nível, principalmente com uma legislação que obrigaria os treinadores do futebol profissional a terem pelo menos três anos nas categorias de base.

Talvez com isso possamos melhorar. 

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